The Lost bride

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— Eu entendo que você queira ser um pai controlador agora e colocou na sua cabeça que precisa empatar a minha vida – Grace, a minha filha mais nova, não parava de tagarelar –, mas acredito que na altura do campeonato, seja tarde pra eu vir para o ...

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— Eu entendo que você queira ser um pai controlador agora e colocou na sua cabeça que precisa empatar a minha vida – Grace, a minha filha mais nova, não parava de tagarelar –, mas acredito que na altura do campeonato, seja tarde pra eu vir para o trabalho com o papai para ficar de castigo, não?

Acontece que antes ela não me dava tanto trabalho quanto estava me dando depois que fez dezoito anos e se tornar uma adolescente rebelde. E sim, dezoito anos poderia até ser uma idade avançada para se ficar de castigo, mas ela ainda morava debaixo do meu teto, vestia a roupa que eu comprava, estudava na escola que eu pagava e comia da minha comida, então ela deveria fazer o que eu mandava.

— Pensasse bem antes de fazer uma festa na minha casa. – Respondi com rispidez. – E também antes de ser suspensa. Você tem noção do quanto pago caro na escola só pra você conseguir entrar na melhor faculdade do país? Deveria ser grata a isso, porque muitos precisam suar muito.

Olhei para o meu celular, estava esperando uma mensagem da minha ex esposa, ou ainda esposa. Estávamos tratando do divórcio, e ela parecia ser a mulher mais difícil do mundo. O fato de nada estar bom para aquela mulher exigente, estava dificultando e atrasando o divórcio, e me deixando cada vez mais preso.

Era certo que eu queria ser livre agora.

— Chase fazia festas e você sempre fechava os olhos.

— Você o acobertava, mas está em Berkley agora e ninguém precisa bagunçar a minha casa.

Eu saí do carro e fechei a porta, ainda olhava o celular com concentração e digitava mensagens me esforçando para não perder a paciência e acabar xingando a megera da mãe dos meus filhos das coisas mais sórdidas.

Elizabeth tinha uma capacidade fora do comum de conseguir me irritar.

Apertei meus passos em direção a porta do hospital, e de longe escutei Grace bater à porta do meu carro com força que também tive que me segurar para não gritar com ela. Aquilo não era de borracha.

— Você não poderia me castigar como um pai normal e me deixar em casa?

— Filha, eu não confio em você.

Ouvi ela choramingar entredentes, e guardei o meu celular no bolso. O que eu poderia fazer além de ser direto? Àquela altura do campeonato eu já havia errado o bastante com meus filhos a ponto de pegar adolescentes baderneiros pulando no meu sofá, ou quase transando na minha cama.

Eu tive que jogar todos os meus lençóis fora.

Dei mais uns passos à frente, ainda concentrado na minha filha, olhando diretamente para ela e senti meu corpo se chocar contra alguém.

Segurei o ombro da mulher morena de mais ou menos um metro e sessenta de altura, que corria pelo hospital vestida em um vestido de noiva bem grande, e a afastei para saber se estava tudo bem. Seus olhos castanhos me encararam assustada, e seu lindo rosto estava manchado de maquiagem.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora