My Best Friend

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Eu não sei aonde eu estava com a cabeça quando decidi desencadear histórias sobre o meu passado

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Eu não sei aonde eu estava com a cabeça quando decidi desencadear histórias sobre o meu passado.

Eu deveria ter deixado aquilo na parte escondida do meu cérebro para o meu próprio bem. Mas agora estava me incomodando, deixando uma angústia forte no meu peito.

Eu estava incomodada com isso há dias, e até acabei sonhando com aquele bebê. Ainda tinha a sua imagem em minha memória, mas agora eu sentia que precisava de mais, porque tudo o que eu conseguia pensar era: "Como deve estar Thomas hoje em dia?" "Será que estava sendo bem tratado?"

Apertava meu coração em pensar que ele poderia ter sido mal tratado, espancado ou seja lá o que acontece com crianças adotadas.
E se tivesse acontecido, isso era culpa minha porque não pude não ser egoísta e não ficar com meu filho e dar todo o amor incondicional que ele merecia.

E pior, tinha enterrado essa memória para nunca pensar no que fiz, e agora que lembrei não poderia mais enterrar de volta.

— Ei – a doutora Rhodes estalou os dedos na minha frente –, aonde está com a cabeça? Não escutou seu pager?

Eu afastei do balcão da enfermaria aonde estava encostada, e descruzei os braços.

— Não estou escutando tocar. – puxei o aparelho do bolso olhando em volta dele, não parecia ruim.

— Já fazem vinte minutos. Está acontecendo alguma coisa que está fazendo você desligar? Preciso de você cem por cento aqui, Price.

— O que precisa? – balancei a cabeça tentando espantar meu problema e meu passado.

— Eu disse que já fazem vinte minutos. Não preciso mais, fiz seu trabalho. – ela deu o iPad a uma enfermeira e começou a se afastar – Presta atenção que vou chamar quando precisar.

Quando ela sumiu, eu senti o vazio me invadir novamente. Estava certa de que se eu fosse pra me distrair do jeito em que eu estava, deveria ao menos ficar atenta ao meu aparelho de chamada de emergência e também sair da vista de qualquer pessoa.

O lugar secreto do Logan, talvez.

Mas acabei sendo interrompida novamente quando pensei em sair, o doutor Fuller apareceu me fazendo uma pergunta sobre o paciente em que ele esteve operando no mês passado com Elizabeth.

— Acho que vocês fizeram um bom trabalho, porque Luke não teve sequelas e está tendo uma ótima recuperação. – respondi.

— Por isso eu digo que deus trabalha em minhas mãos, se não sou o próprio. – soou convencido deixando um sorriso aparecer no canto dos seus lábios.

Desde o primeiro momento em que eu o vi, senti que ele era arrogante. Mas não imaginei que fosse nesse nível.

— Eu tenho um outro aneurisma de uma criança, o paciente veio direto para mim dessa vez, não quer participar?

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora