Police Alert

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Seguindo o conselho do Connor, eu estava devagar

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Seguindo o conselho do Connor, eu estava devagar. Por sorte, Elizabeth me manteve apenas em suturas para evitar que eu fizesse alguma besteira.
Evitar deslize era a melhor solução, era o que ela dizia.

Eu não fui contra, pois concordava com ela. Estava tentando recuperar as minhas seguranças apenas suturando fazia cinco dias. Eu já estava suturando até como cirurgiã plástica, mais um pouquinho com aqueles materiais em mãos, e meus pacientes não teriam nem cicatrizes.

Estava suturando a ferida de um menino que se machucou a mão brincando com seus amigos na rua, enquanto ouvia algumas histórias que ele aprontava, todas contadas por sua mãe.

—.... Está sempre inventando uma maneira de vir parar na emergência – dizia ela, bagunçando o cabelinho dele – Há alguns meses tivemos aqui para ele colocar um gesso, porque cismou que precisava pular um muro pra pegar uma bola de futebol. Essas crianças dão muito trabalho.

— Eu posso imaginar. – sorri amigável.

— Você tem filhos?

— Eu.... – não soube exatamente que resposta dar. Se eu dissesse não eu excluiria o filho que coloquei no mundo, e se eu dissesse sim, precisaria entrar num diálogo que eu não entendia, porque eu não o criei? Pensar sobre isso era meio complicado – Não. – me limitei a isso e sorri novamente. - Prontinho. Você pode tomar um remedinho se sentir alguma dor e voltar em duas semanas para remover os pontos. Eu vou assinar a alta e voltar para liberar.

Me livrei das luvas as jogando já lixeira, me retirei da sala, correndo para o posto de enfermagem sofrendo por dentro pela conversa difícil sobre criar uma criança. Aquilo era um gatilho terrível.

— Ei, você. – Elizabeth passou ao meu lado de olho no tablet que peguei – Você vai entrar na sala de cirurgia. Não posso mais manter você aqui embaixo.

— Porque?

— Porque você é cirurgiã, e não internista. Não posso ficar desperdiçando seu talento.

Eu realmente não a entendia. Por mais que parecesse que queria me rivalizar, ela estava sempre tentando me ajudar.

Não necessariamente me ajudar, mas me colocar na sala de cirurgia e se certificar de que eu recebesse o ensinamento correto. Talvez estivesse tentando pegar alguma coisa, ou estava sendo profissional.

Eu nunca fiz nada contra ela de qualquer jeito, e acho que essa era a parte que Elizabeth entendia.

— E se eu não tiver pronta pra voltar? – indaguei.

— Então você deve procurar o RH e pedir pra mudar de residência outra vez, o que eu não ficaria surpresa. Você parece ser exatamente o tipo de pessoa que desiste. Mas enquanto tiver sob a minha supervisão, você vai trabalhar no meu departamento.

— Preciso assinar essa alta.

— Eu faço isso. – ela arrancou o iPad da minha mão, assinou na correria e entregou a uma enfermeira para que liberasse o paciente. – Vamos, não temos muito tempo.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora