Many emotions

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Inspirei e expirei profundamente, olhando para o homem dormindo ai meu lado

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Inspirei e expirei profundamente, olhando para o homem dormindo ai meu lado. Ele era tão raro, alguém bom, que me respeitava e fazia de tudo para me ver feliz.

Eu não sei aonde estava com a cabeça quando disse que não poderíamos ficar juntos. E por algum momento, eu até duvidei que ele não fosse pra mim.

Mas eu não estava ouvindo o meu próprio coração. E agora, eu deveria focar no que eu sentia, para não acabar machucando nós dois.

Olhei as horas no meu celular, sabia que Connor estava de folga pela manhã, e me arrastei para fora da cama. Com os pés no chão gelado, andei com eles na ponta em busca de algo para me calçar.

Encontrei apenas o chinelo grande de Connor, para mim estava de bom tamanho.

Já estava acostumada com aquele apartamento, me sentia livre o suficiente pra andar, entrar na cozinha e mexer na geladeira.

Peguei algumas coisas na geladeira para preparar o café da manhã, e me adiantei em fazer massa para as panquecas.

Grace apareceu diante de mim. O jeito que o uniforme da escola caía nela, grávida, parecia... Diferente. Não sei como explicar.

Soltei um suspiro, fechei os olhos lembrando da minha barriga de grávida. Queria poder voltar no tempo e fazer as coisas diferentes.

— Bom dia, bela adormecida. – Grace parecia com o humor muito melhor naqueles últimos dias – Cheguei ontem e você parecia uma pedra.

Ela foi até a dispensa e pegou seu cereal preferido, Fruit Loops e a caixa de leite na geladeira.

— Seu pai me levou para o quarto? Não me lembro de ter andado até a cama dele ontem a noite.

— Acho que sim. – ela franziu a testa se servindo com o cereal na tigela e jogou um pouco de leite dentro – Quando eu cheguei, vocês estavam dormindo sem jeito no sofá. Acho que ele não quis acordar você.

— Me diz, como está se sentindo? Está se preparando para a chegada do bebê?

Ela virou os olhos e levou uma colherada na boca. Mastigou lentamente, e eu esperava ansiosa enquanto misturava a massa num recipiente.

— Você parece o meu pai, por isso se dão tão bem. Por falar em bebê, vou te mandar um convite para o chá de bebê, espero que vá.

— Se eu não tiver de plantão, posso fazer um esforço.

Quase começo a tagarelar com ela sobre a minha chefe, no entanto lembrei que Elizabeth era a mãe dela. Até aonde eu poderia falar mal e não ser punida por isso.

Não estou dizendo que Grace seja uma fofoqueira, e eu tenho certeza que poderia guardar segredo depois de eu ter feito isso por ela por meses. Mas conheço como pensa uma filha, e por mais que a minha mãe seja difícil, eu não gostava que falassem mal dela.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora