Uncomfortable dinner

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— Você não deveria ter planejado essa viagem tão cedo

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— Você não deveria ter planejado essa viagem tão cedo. – Resmunguei para o Connor que puxava a sua mala e a minha.

Por mais que eu tenha cochilado no avião, ainda não parecia o suficiente. Eu estava com tanto sono que poderia dormir andando.

Eu estava agarrada a minha almofada de vôo, e coloquei os óculos nos olhos Apenas para me esconder da claridade.

Bocejei olhando pra ele carregando aquele peso qual fez questão de carregar.

— Não seja tão dramática, mulher, tivemos um voo rápido. Você sabe que quero assistir a todas palestras.

— Eu acho que vou dormir mais um pouco.

— Claro que não, doutora. A primeira palestra começa em uma hora e você veio a trabalho.

Tinha um sorriso sinuoso aparecendo no rosto dele. Entendi perfeitamente com o que ele quis dizer a trabalho.

Não era apenas o trabalho de assistir as conferências.

Olhei para o Connor, mordiscando o lábio inferior. Ele era tão atraente no jeito simpático dele.

Não sei se era apenas comigo ou se ele era assim o tempo todo, eu pretendia descobrir. No entanto, esse jeito possivelmente o deixava ainda mais bonito. Existia algo que me fazia querer estar sempre perto dele, como eu nunca quis ficar perto de ninguém.

— Mas nós viemos a trabalho de verdade, doutor. Combinamos que não teria nenhuma outra atividade de lazer....

Eu acabei esbarrando em alguém, e parei olhando pra frente pronta para me desculpar. Mas o olhar matador daquele homem fez com que eu me contesse e me mantesse calada.

Era o meu pai. Era a droga do meu pai, quem Caleb disse que não queria me ver nem pintada de ouro e estava me olhando como se eu fosse algo desprezível. Isso me afetava dolorosamente, por eu não poder mudar a situação.

Sabia que ele me odiava e não me perdoaria nunca.

Connor nem havia percebido. Seu um passo a frente para cumprimenta-la como se já o conhecesse, entusiasmado com o momento.

— Fallon, esse cara foi meu professor na faculdade. É o doutor Frankie.... Ooouh! – ele se deu conta que tínhamos o mesmo sobrenome.

Arregalou os olhos e enfim conteve sua animação.

— Oi, papai. – olhei para baixo, mas não ouvi sua voz para falar comigo.

Ele me ignorou completamente como se eu fosse um verdadeiro inseto. Me desprezava pelo que fiz como se eu tivesse o deixado no altar.

E ele era o meu pai.

Porque meu pai estava tão ressentido pelo que eu fiz com alguém que nem tinha o sangue dele como eu?

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora