Don't be cowardly

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Entrei no quarto da Grace me encarregando de ajustar o remédio dela

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Entrei no quarto da Grace me encarregando de ajustar o remédio dela. Parece que todos de sua vida estavam mais preocupados em estarem aqui presente do que mexerem no seu receituário, mas não me custava nada.

Grace estava dormindo num sono profundo, que parecia uma pedra, porém com a respiração leve. Não apenas ela estava dormindo ali.

De um lado Elizabeth parecia um anjo de verdade, sentada numa poltrona. Olhando assim, bem parecia aquela megera disposta a fazer a vida dos residentes um inferno.
Do outro lado da cama, num sofá mais cumprindo, para dois, Connor dormia num canto e Logan em outro.

Me adiantei em deixar o quarto, mas travei os passos quando vi Connor se esticando para se espreguiçar assim que despertou e seus olhos me acertaram.

— Ei – me chamou com dificuldade entre o bocejo –, você já está aqui?

— Passei a noite toda por aqui. Como ela está?

— Apesar de ela tentar se recusar a seguir as ordens médicas, eu vou garantir que faça tudo certo e vai ficar bem.

— Você precisa que eu pegue alguma coisa em casa? Ou que eu pegue café....?

— Logan foi em casa ontem e pegou o robe preferido dela e cobertor. Não é engraçado que ele provavelmente tiraria a própria roupa do corpo por ela?

— Eu não acho que seja tão surpreendente.

É notório pra quem os visse desde o início do namoro deles, que Logan pareceu firme o suficiente pra andar pelado caso fosse preciso e Grace precisasse.

Acho que ele é exatamente esse tipo de pessoa quando está apaixonado. E pelas nossas conversas, isso foi algo que raramente aconteceu na vida dele.

— Acho que isso porque você não conheceu o Logan antes. Ele jamais ficaria pra trás, principalmente se fosse possível passar por cima de qualquer pessoa para garantir que ficasse bem.

— Logan não é ruim. Além disso, agora ele precisa colocar outra pessoa a frente das próprias necessidades. Não é isso o que faz um bom pai?

— Certo. Vamos, eu vou com você até a cafeteria.

Connor levantou esticando as costas e me acompanhou para fora do quarto até a cafeteria.

Como sempre, escolheu seu café preto, forte e doce. Achava que era o suficiente pra desperta-lo para dia, embora eu achasse que ele deveria sentar lá e ficar com Grace até ela receber alta.
Entretanto, conhecendo eles dois, eu tinha certeza que ele insistiria em ficar enquanto ela iria insistir em ficar sozinha.

No final ela ganharia, como sempre.

Nos juntamos numa das muitas mesas. Eu precisava ser rápida, ainda estava de plantão e não poderia relaxar um segundo. Da última vez que eu havia feito, acabei descansado os olhos e cochilei por mais tempo que planejava. Quando me dei conta, havia deixado de anotar a observação de uma adolescente nariz em pé, que estava sobre os meus cuidados.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora