No Control

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— Você não vai mesmo falar o que aconteceu, filha? – perguntei a Grace que estava deitada em sua cama em posição fetal

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— Você não vai mesmo falar o que aconteceu, filha? – perguntei a Grace que estava deitada em sua cama em posição fetal.

Eu já estava ali em pé na porta do seu quarto fazia trinta minutos na tentativa de roubar alguma resposta dela.

Claro que eu sabia exatamente o que tinha acontecido. Algum desgraçado havia partido o coração da minha filha, mas ninguém me falava quem havia sido.

Elizabeth disse que Grace deveria me dizer, porque da boca dela não sairia nada.

— Eu apenas tomei um pé na bunda, pai. – ela resmungou.

Eu estava com o coração partido por vê-la daquele jeito, e estava me sentindo impotente por não poder fazer nada.

Era horrível, de esmagar o coração. Grace não ficou assim nem quando um antigo namoradinho a traiu com a prima dele.

Eu precisava saber quem era, porque eu queria matar o desgraçado, nem que fosse na porrada. Mesmo que fosse apenas um adolescente.

— Quem? – eu insisti.

Ela levantou, ficando sentada na cama e agarrou uma almofada. Nem conseguia olhar no meu rosto.

— Foi.... – ela olhou em todas as direções e enxugou a bochecha com a mão – Foi apenas um cara da escola.

Eu me lembrei que depois de toda essa confusão, eu sequer dei uma satisfação a Fallon.

Nós tínhamos combinado que sairíamos pra jantar fora, mas quais eram as chances de eu poder ir a algum lugar naquele momento? Não existia chances de eu deixar a minha filha em casa daquele jeito só pra ir a um jantar.

Peguei meu celular e mandei uma mensagem explicando a situação, e por sorte ela era compreensível a ponto de dizer quer estava tudo bem e finalizar com um: "cuide da sua filha."

— Tem algo que eu possa fazer por você, filha? – Perguntei guardando o celular. Nenhuma resposta, era tão angustiante – Grace, fala comigo, pelo amor de deus.

— Você não ia sair com Fallon? Não pare a sua vida por mim.

— Eu não poderia fazer isso nem que me pagassem. Você precisa de mim aqui, e se precisar eu monto uma barraca de acampamento dentro do seu quarto.

A campainha tocou e eu corri até a porta para abri-la. Elizabeth passou por ela como um furacão, segurando uma sacola e parou ao meio do corredor.

— Lizzie, quem fez isso com a nossa filha? Ela parece tão frágil e machucada.

— Ela está.

— Eu sei. – senti algo apertar na minha garganta – E eu tenho vontade de matar. Você sabe quem foi?

— Sei. – ela comprimiu os lábios – Mas ela pediu pra que eu não contasse.

— Porque?

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora