Dangerous woman

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Entrei no apartamento, no fim do dia e fui a caminho da sala de estar

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Entrei no apartamento, no fim do dia e fui a caminho da sala de estar.
Franzi a sobrancelha, não querendo acreditar que minha filha estava ali no meio segurando uma mala que pra mim, dizia que ela estava saindo.

Estava me deixando. Logo eu, que vinha sempre fazendo tudo por ela.

Estava cansado, abalado e decepcionado. Fallon me deixou porque não podia suportar aquilo tudo, e eu estava a semana toda me descabelando ou tentando superar na tentativa de entender.

Eu a amava, mas talvez não fosse recíproco.

Passei a mão pelo meu cabelo que já estava um desastre, sentia as minhas pálpebras pesarem e eu digo que poderia dormir. Claro, andei chorando e sentia um certo cansaço por isso.

Estava tendo os piores dias e me arrisco a dizer que nem quando Elizabeth fez o que fez comigo, me deixou tão derrotado.

— Aonde você está indo? – indaguei.

— Eu vou.... Pra casa da mamãe. Vou passar uns dias com ela.

— Porque? – Por mais que eu tivesse falando com ela ali, eu estava com a visão focada em outro lugar.

— Pai, você mal consegue me olhar. – escutei o som de sua respiração. – Porque eu deveria ficar aqui?

— Não é verdade. – por mais que eu dissesse isso, eu sabia que era.

Não conseguia encarar de frente, não conseguia porque eu não queria ver que ela já estava começando a ganhar peso e olhar pra ela tornava tudo real.

— É sim, pai. Sem falar que você nunca está em casa....

Do que ela pode falar? Não tem direito de cobrar quando ela nunca aparece.

Estava sempre enfiada no quarto, ou chorando descontroladamente ou dormindo. Era isso o que ela fazia nos últimos dias, por sorte, estava naquele recesso de fim de ano.

— Você me deixa aqui sozinha no dia inteiro e quando aparece, mal fala comigo. Estamos.... Quebrados.

— Não, filha.... Eu prometo que podemos resolver.

Ela me ignorou, olhando pro celular. Sua mão segurava a alça da mala firmemente, deveria estar achando que aquele objeto poderia sair andando.

— Acho que só podemos resolver quando.... Eu me livrar dessa situação.

— Você vai interromper?

— Porque não?

— Saiba que eu não sou a favor disso. Eu não aprovo.

Ela parecia tão exausta quanto eu, tombou a cabeça pra trás, fechou os olhos e bufou.

— Eu não preciso que você aprove nada. Esse é meu corpo e eu determino o que acontece com ele.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora