Just a kiss

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A porta do berçário da Juni estava aberta, e como eu precisava falar com Grace, tomei a liberdade de entrar

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A porta do berçário da Juni estava aberta, e como eu precisava falar com Grace, tomei a liberdade de entrar.
Depois da discussão que tivemos outro dia, queria me desculpar.

Eu só estava um pouco estressada e aérea, porque desde que Juni nasceu, eu não tinha ninguém pra conversar, meu melhor amigo estava dedicando metade do seu tempo em ser pai e a outra metade ao trabalho.

Logan não tinha tempo nem pra se coçar.

Enquanto Chase parecia estar contando histórias irreais a irmã dele. Pelo menos foi isso que Grace havia deixado a entender enquanto conversávamos aquele dia na sala.

Compreensível, porque eu estava tentando defender as frustrações do Chase, mesmo que ele parecesse não ter jeito. Bom, o que esperar de um cara que prefere bater o carro?

Isso tudo é pra chamar atenção?

Talvez e só precisasse verdadeiramente ser ouvido. Eu tinha esperança que era apenas isso, porque eu me recusava a acreditar que ele era uma pessoa ruim.

Me aproximei do berço. Juni parecia ter acabado de dormir, levando em conta que Grace dava leves tapinhas no bumbum dela.

— Ei, podemos conversar? – sussurrei.

— Lá fora. – ela respondeu no mesmo tom de voz, pegando a babá eletrônica.

Saímos do quarto, Grace encostou a porta, conseguindo respirar aliviada.

— Eu só vim te pedir desculpas pelo outro dia.... – comecei e fui rapidamente interrompida.

— Eu que preciso me desculpar. Eu só ando um pouco caótica, parece que está tudo desmoronando e eu sei que o problema com Chase não é culpa sua. É só o estresse....

Bom, então ele não me pintou para a irmã dele como um monstro, como imaginei.

— Você só precisa de um descanso de verdade. – sugeri – Um dia longe. Talvez um spar, ou apenas sair pra jantar sem os berros de um bebê.

— Isso parece um sonho improvável.... Outro dia eu dormi no banheiro, sabia? – resmungou, esfregando os olhos. – Tem espinhas pipocando no meu rosto, e eu não tenho tempo de fazer um tratamento pra me cuidar. Meu cabelo está opaco, dificilmente consigo lavar, imagine pensar em hidratar. E olha – ela apontou para o cabelo – Eu não sei nem o que significa pentear. Está tudo embolado, parecendo um ninho. – estava de fato, não queria nem imaginar o trabalho que daria pra desembaraçar – E os meus olhos? Bolsas de olheira. Cadê aquela história de mãe feliz com seu bebê?

— Acho que iludiram você.

— Outro dia – ela arregalou os olhos como uma psicopata – o Logan precisou me dar comida na boca, porque eu não conseguia parar pra comer. Juni não saía do meu peito, que inclusive, estão doloridos. O que eu faço?

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora