Freedom

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— Isso aqui é um tédio

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— Isso aqui é um tédio. Quais são as chances de eu ir pra casa hoje? – minha filha resmungou pela milionésima vez, batendo impacientemente nas teclas do seu computador, e no final das palavras bufou.

Estava reclamando que a internet no hospital era uma porcaria, depois da comida. Na verdade tudo que ela fez o dia inteiro foi reclamar. E mesmo que estivéssemos nos revezando para fazer companhia, em alguns momentos estávamos fugindo do mal humor.

— Deus, eu estou morrendo de fome. – continuou resmungando – Estou grávida e vocês estão tentando me matar de fome. O que eu faço pra conseguir comida de verdade aqui dentro?

Tombei a cabeça para trás na poltrona e fechei os olhos bem apertando, pensando que imaginar um lugar distante fosse o suficiente pra me transportar.

— Não é permitido entrar comida que você julga de verdade, no hospital. – Murmurei.

— Você já ouviu falar em contrabando? – ergui uma sobrancelha de forma desconfiada.

Ela estava me orientando que eu fizesse algo errado?

— Contrabando de comida? Quem te ensinou essas coisas?

— Uma vez, quando Chase ainda estudava na Cornell comigo, eu ainda estava no primeiro ano na verdade.... Eles proibiram a entrada de comida, e servia aos alunos porcarias saudáveis – Continuei prestando atenção curioso sobre aonde isso iria chegar – Você havia cortado a mesada do Chase por causa daquela situação com a festa na van.

Me lembro vagamente de quando meu filho mais velho roubou uma van escolar que a escola mandava pra buscar as crianças do ensino fundamental, e deu uma festa dentro da van enquanto pagava alguém para dirigirá cidade toda.

Ele pagou o motorista cinquenta dólares por hora, para ele dirigir por por dez horas, gastou mais que o suficiente com gasolina e bebidas, além do dinheiro que ele pagou pra um adulto comprar as bebidas por ele. De algum lugar o dinheiro dessa conta precisaria sair, e seria da mesada dele.

E além de tudo, ainda deixou a mim e a mãe dele loucos de preocupação a noite inteira.

Acenei com a cabeça para que Grace prosseguisse com a sua explicação.

— Ele ficou falido por dois meses. Sem dinheiro pra gasolina, sem dinheiro pra sair.... Mas não foi por dois meses de verdade, por causa da situação com a escola. Ele levava lanches no porta malas e vendia discretamente no estacionamento.

— E vocês faziam isso juntos?

— Chase não deixou. – um sorriso rápido apareceu no seu rosto e sumiu – Ele disse que a minha habilidade pra fazer coisa errada é nula e eu poderia acabar com o negócio dele em dois segundos.

— E você continuou acobertando?

— Você sabe, irmãos se acobertam. Eu não sou uma traíra, papai.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora