Your Wife?

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— Porque você não tenta ligar pra ele? – Connor perguntou, em relação ao meu pai, enquanto servia as nossas entradas – Nunca vai saber se não tentar

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— Porque você não tenta ligar pra ele? – Connor perguntou, em relação ao meu pai, enquanto servia as nossas entradas – Nunca vai saber se não tentar.

Eu não sabia como dizer a ele que eu estava com medo da reação dele, de como ele receberia a minha ligação.

Eu tinha medo de como meu pai falaria comigo. De como ele me daria qualquer notícia sobre como as coisas estavam em casa.

Me calei, e fiquei por uns segundos com os olhos travados na taça do coquetel de camarão. Connor se sentou novamente ao meu lado, e esperou ansioso pela minha resposta.

— Em algum momento, talvez. Acho que agora não é a hora.

— Não é algo que eu deva me meter, não é? Me diga se eu estiver sendo invasivo.

— Não, você não está.

A verdade ele estava sendo ótimo comigo, desde o momento em que veio me consolar pela morte do meu paciente.

Eu nunca havia visto alguém, um chefe, que fosse tão compreensível como ele. Aonde eu trabalhava, aconteceu esse tipo de coisa com uma das minhas colegas e seu mentor quase a engoliu viva e por pouco não acabou com a carreira dela.

Mas Connor não era assim. Ele era um homem incrível, no mínimo.

Estava me encarando novamente por tempo demais, como se o cérebro dele tivesse tido algum pane no sistema, e estava sorrindo.

Peguei um camarão, afoguei um pouco no molho e levei a boca. Aquilo era maravilhoso, e acabei me deliciando com mais alguns.

Deveria aproveitar, ou quando comeria aquele tipo de comida outra vez?

— Foi você quem cozinhou? – estava prestes a lamber meus dedos.

Ele deu uma risada, achando divertido.

— Não, eu não sei fritar um ovo. Nós temos diversos panfletos de restaurante ou não sobreviveríamos aqui em casa.

— Me diz, seu filho se parece com você? – Não que fosse importante.

Eu não queria ficar sem assunto e estava entrando em conversas aleatórias apenas pra fugir do silêncio que se instalava entre nós dois. E isso já fazia meia hora desde que chegamos.

Ele sorriu olhando para o nada.

— Dizem que é uma mistura minha e da mãe dele, mas não sei de quem ele puxou o gênio rebelde.

— Se você não sabe, esse gênio certamente está em você. – concluí pegando a taça de champanhe e dei uma bebericada.

Não costumava beber champanhe por causa das bolhas, mas não me fazia mal fazer esse esforcinho.

Connor voltou a me olhar, mas dessa vez não tinha aquele sorriso de orelha a orelha. Ele lambeu os lábios, isso me deixou tensa de uma maneira boa.

When we meet // Connor RhodesOnde histórias criam vida. Descubra agora