Capitulo 52 :

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Acordo com o som de uma risadinha infantil. Eu tateio a cama com os olhos ainda fechados e vejo que estou sozinho. Assim que os abro vejo a Carla em pé na ponta da cama com uma menina nos braços.

Carla: Olha Clarinha o Papai preguiçoso acordou.

Eu me sento rápido parecendo ter tomado um soco no peito, tamanha a surpresa de ver as duas ali. Puta que pariu! A menina é a minha cara, é linda como eu. Ela tem um sorriso doce, cacete meu coração parece que vai sair pela boca.

Minhaaa! Ela é minha filha, meu Deus eu queria matar o Theo e o Caio mas agora eu quero agradecê-los porque Maria Clara é a coisa mais perfeita que já vi na vida.

Carla: Toma! — Ela  joga uma bolsa com roupas. — Primeira lição Papai, não se deve dormir nu quando se tem uma espoletinha em casa. Podem acontecer emergências durante a noite, e até a Maria Clara aprender que se deve bater na porta antes de entrar a menina pode se traumatizar com... você sabe. As roupas são novas acordei cedo e enquanto tomava café com a Clara dei seu tamanho e pedi para Dona Jô comprar pra mim. Também tem uma escova de dentes nova na bancada do banheiro.

Carla fala e apesar de ouvir tudo que ela diz, meus olhos não saem da menininha de cabelos com pequenos cachinhos loirinhos e olhos esverdeados que brinca com os cabelos da mãe.

Carla: Filha depois você faz um penteado bem bonito na mamãe. Arthur está ouvindo o que estou dizendo? — Carla abana a mão na minha frente tentando chamar minha atenção.

Arthur: S-Sim, estou sim.

Carla: Nós vamos te dar 20 minutos para você fazer suas higienes e já voltamos. Dá tchau para o papai Filha.

Maria Clara: Xaaauuu. — Ela abre um sorriso lindo e balança a mãozinha delicadamente.

Carla: Uaaau o papai ganhou um tchauzinho de Miss, será que ele ganha um beijo também.

Maria Clara acena com a cabeça para a mãe e joga um beijo pra mim, que devo está com cara de bobo. Eu finjo pegar o beijo e guardar no meu peito.

Maria Clara: Ele "pego" mamã! O papai "pego" o "bezo".

Ai cacete! Que sentimento louco é esse no meu peito. O papai sou eu, o Grosseirão tem um bebê, o meu bebê. De todas as palavras que já ouvi na vida nenhuma fez um efeito tão arrebatador no meu coração.

Eu estava mudo com um nó na garganta e o coração acelerado. Carla nota meu estado e opta por me dar espaço para digerir as emoções.

Carla: Já voltamos papai, vá se arrumar.

Elas saem do quarto e eu me levanto com a bolsa na mão entro no banheiro e paro diante do espelho apoiando as mãos na bancada de mármore. Olhando meu reflexo eu vejo como minha respiração está ofegante pela maneira como meu peito sobe e desce, os olhos vermelhos e pinicando por conta do suor de macho que tenta sair deles.

Então eu começo a rir.

Arthur: É Arthur Picoli você se fodeu porque aqueles três roubaram seu coração e a sua alma.

Família... Eu tenho uma família. Eles são meus e ninguém vai tirá-los de mim.

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