Capitulo 84 :

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Mensagem do Arthur: "PRECISAMOS CONVERSAR, VENHA ATÉ A CASA DOS MEUS PAIS SEM A MARIA CLARA, POR FAVOR. ESTAREI AGUARDANDO".

ARTHUR.

Nossa, nem um iceberg seria tão frio, no mesmo momento meu coração afundou e um nó se formou em minha garganta, os meus olhos imediatamente ficam marejados.

E se Arthur fosse me pedir o divórcio? Não... Mesmo que ele tenha essa intenção tenho certeza que esperaria pelo menos o nascimento de Arthurzinho e o transplante da Maria Clara.

A ótima notícia é que através do exame eletroforese de hemoglobina não foi dectada nenhuma célula falciforme em nosso filho. Todos nós ficamos radiantes, Maria Clara agora teria 90% de chances de cura. Se no final de tudo minha filha saísse curada tudo teria sido válido, mesmo que meu coração fosse miseravelmente machucado.

Eram 18:30 e começava a escurecer então fui tomar um bom banho em seguida vesti um vestido longo coral e calcei sandálias sem salto. Maquiei-me levemente e deixei meus cabelos soltos, passei o perfume que levava meu nome e eu amava e Arthur tambem.

Quando me olhei no espelho gostei do que vi, independente de Arthur está indeciso ou não do que queria para seu futuro eu ainda era Carla Diaz. Eu me amava e mesmo grávida com 9 kg acima do peso com pés e tornozelos inchados eu ainda devia a mim mesma amor e respeito próprio.

Saí deixando avisado a minha mãe que encontraria Arthur na casa dos pais dele, assim como eu ela estranhou o convite, convite não a intimação.

Me despedi da Maria Clara com um beijo mas sem dizer que encontraria com seu pai, se o fizesse ela com certeza não sossegaria até levá-la. Dona Mara reclamou bastante não queria que eu dirigisse próximo a dar a luz, eu sabia que poderia entrar em trabalho de parto a qualquer momento mas mesmo assim resolvi ir. Eu passei pelo portão do casarão tranquilamente, assim que entrei na sala estranhei não ser recebida por nenhum empregado.

Carla: Arthur?! Cheguei. — Eu ouvi a porta sendo trancada e quando me virei me surpreendi com quem vi ali. — Mario Sérgio?

ARTHUR

Eu estava desesperado carregando o peso do mundo nas costas, vendo minha família ser ameaçada e achando que minha prioridade não era eles.

Puta que pariu!

Eu estava há quase três meses nessa porra de investigação, quando recebi uma foto da Maria Clara brincando com a Carla no quintal da chácara e as seguintes palavras eu entrei em pânico.

"ACONSELHO O DELEGADO À FAZER VISTA GROSSA EM SUA INVESTIGAÇÃO OU PODE ACABAR DESENTERRANDO COISAS ALÉM DAS QUE GOSTARIA, COMO OS CORPOS DE SUA ESPOSA E FILHA POR EXEMPLO".

E foi por isso que me tornei um workaholic eu precisava descobrir quem era o desgraçado que teve a maldita ideia de fazer contrabando em minha cidade e ameaçar minha família.

Colocar o rabo entre as pernas era algo que eu não faria, eu não negociaria com bandido, fazer isso abriria precedentes pra que as ameaças se tornassem rotineiras. Qualquer filho da puta precisava saber que mexer com a família ou amigos de Arthur Picoli seria sua sentença de morte.

A maioria das pessoas costumavam ver o Arthur cara tranquilo mas a injustiça era algo que me tirava do eixo, eu já perdi Zé Victor um amigo policial por conta de um bandido e não estava disposto a perder mais ninguém.

Isso se já não tivesse perdido... Carla estava extremamente magoada comigo e eu dava total razão a ela, eu estava perdendo o desenvolvimento de sua gestação apesar de ligar todos os dias.

Eu só queria acabar com aquela quadrilha para me ver livre dessa distância que impus visando protegê-los. O caso se tornava cada vez mais complicado, parecia que eu nunca conseguiria achar a ponta desse novelo, até que tudo passou a apontar para alguém que eu me recusava a acreditar.

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