Capitulo 94 :

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CARLA DIAZ

Três anos depois.....

Arthur: Eu já disse que não gosto do jeito como ele te olha Carla. Você viu ele abriu a porta do carro pra você? — Arthur diz como se meu assistente tivesse apertado minha bunda em sua frente e eu reviro os olhos.

Carla: E o que tem demais ele abrir a porta do carro pra mim Arthur? Danilo foi apenas um cavalheiro.

Arthur: Cavalheiro... Cavalheiro de c...

Carla: Arthú! — eu intervenho antes que solte um palavrão na frente das crianças.

Maria Clara: Mamãe você e o papai estão brigando? — Maria Clara agora com seus cinco anos está na fase de perguntar tudo.

Lucas: Mamãe e papai não biga é feio né mamãe?

Carla: É sim Luquinhas muito feio brigar.

Arthur: Filha é que nos empolgamos e acabamos falando alto demais.

Carla: Sabe quando você ganha algo que queria muito e acaba falando alto demais, então... Desculpa tá, agora volte a comer seu macarrão.

Ela leva o garfo até a boca completamente suja de molho, mas para no meio do caminho parecendo ter lembrando de algo.

Maria Clara: Igual ontem a noite?

Arthur: Ontem a noite? — Arthur questiona e realmente não lembro de ter discutido com Arthur.

Maria Clara: É eu ouvi do meu quarto mamãe, você falou pro papai não parar que tava muito bom.

Arthur iniciou uma crise de tosse seguida de uma crise de risos e piscou pra mim.

Arthur: É Madame quero ver você sair dessa. — sussurrou em meu ouvido, safado!

Carla: A mamãe estava com os pés doendo filha e o papai fez uma massagem pra passar. Lembra quando sua barriguinha ficou doendo e a mamãe fez massagem? — ela acena com a cabeça — Então foi igual.

Arthur: Carla Days. — Arthur me olha balançando a cabeça.

Carla: Quietinho. —  A resposta parecia ter colado pois Maria Clara voltou a comer o macarrão com almôndegas que o pai fez, a comida preferida dos três.

Eu dei língua para o Arthur que fechou a cara enfiando uma quantidade generosa de massa na boca. Eu sei que deveria controlar meus sons mas como nenhuma empregada dormia lá e minha mãe resolveu morar com Dr. Michel (isso mesmo ela não voltou com papai), eu acabava gemendo horrores enquanto Arthur me devorava.

Arthur: Humm... Eu não entendo essa porr... porcaria, você tem braço, mão, tudo em seu devido lugar. Pra que aquele moleque tem que abrir a droga da porta do carro? Frescura...

Carla: Arthur deixa o Danilo em paz, ele é um excelente assistente, meu braço direito pra falar a verdade desde que a Keh  passou a se dedicar apenas ao estilismo. E outra coisinha ele tem 27 anos não é nenhum moleque, eu e ele não temos nem dez anos de diferença de idade.

Arthur para de beber seu suco de graviola e me olha como se pudesse atirar dardos em mim com o olhar, enquanto seca os lábios com o guardanapo.

Arthur: E desde quando você se interessa pela diferença de idade entre vocês dois?

Carla: Não é que eu me interesse, eu só fiz uma análise lógica não é porque ele é 10 anos mais novo que você que necessariamente se torna um moleque.

Arthur: Então não é ele que é novo demais, sou eu quem estou velho é isso Carla?

Carla: Ah não, eu não vou entrar nessa com você. Você quer achar cabelo em ovo e eu não vou aceitar isso, desconfiança nessa altura do campeonato.

Arthur: Não é desconfiança Carla mas olha a roupa que você está! Você saiu para um almoço e voltou quando já estávamos prestes a pôr a mesa do jantar.

Eu olho para minha roupa e não vejo nada demais, estou linda, sexy e elegante com saia e blusa da minha grife. Até parece que iria dar confiança para Arthur controlar o que eu visto.

Carla: Arthú o evento foi em uma cidade vizinha, o trajeto não é tão longo mais também não é tão perto. Você acha mesmo que eu preferia está lá do que com minha família? É meu trabalho poxa...

Encerramos o assunto e enquanto eu tirava a mesa e colocava a louça suja na máquina de lavar, já que a empregada já havia ido embora.

As crianças foram escovar os dentes e assistir Zootopia pela trigésima vez. Eu cheguei na sala e Arthur estava com duas cabecinhas em cada uma de suas pernas enquanto as acarinhava. A cena era a mais linda do mundo.

Carla: Eu vou tomar um banho e já desço para subirmos com eles.

Eu tomei um banho não muito demorado, apesar da água morna está maravilhosa e relaxante, mas as crianças logo dormiriam e eu queria deixá-las na cama e dar um beijo em cada um. Ambos dividiam o mesmo quarto, nenhum dos dois gostavam de dormir sozinhos, a decoração era neutra e funcionou super bem.

Desci as escadas com meu hobby de seda bordô com corações os cabelos presos em um coque alto.

Carla: Estão quase dormindo. — Disse quase em um sussurro enquanto Arthur examinava meu hobby imaginando o que tinha por baixo dele.

Então desliguei a TV sobre murmúrios da Maria Clara enquanto pegava o Lucas no colo. Subimos com os dois e os colocamos pra dormir.

Porém Maria Clara insistiu para que eu lesse uma história, Arthur deu um beijo nos dois e foi para o nosso quarto. Assim que os dois apagaram ao entrar no quarto notei que Arthur assistia não muito interessado ao jogo do Flamengo, obviamente algum reprise. Não entendia a graça naquilo mas enfim...

Arthur estava visivelmente fingindo não me notar mais eu com certeza não deixaria por menos... Não mesmo...

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