Minha Salvação!

Capitulo 47 :

Arthur: Tira a porra das mãos de mim antes que eu quebre seus dentes. — Ele solta o meu braço mas continua me encarando com raiva, Felipe é da quase da mesma altura que eu, mas meu corpo é maior devido ao meu treino diário.

Felipe: Está perdendo seu tempo com ela, Carla já conseguiu o que queria de você.

Arthur: É mesmo e o que ela queria de mim? Já sei os orgasmos que você nunca deu.

Felipe: Você não sabe, não é mesmo? — Ele abre um sorriso presunçoso.

Felipe: Você realmente achou que uma mulher como a Carlinha se interessaria por um delegadozinho de beira de estrada, um xucro como você? Foi tudo um plano, Ela só queria um filho seu.

As palavras dele me deixam em estado de alerta. Primeiro porque confirmam a teoria da Thais e Dona Marta e segundo porque não entendo o interesse da Carla em engravidar de um filho meu.

Arthur: O que a Carla ganharia com isso?

Felipe: Maria Clara, foi o seu esperma que a Carla usou para engravidar, você é o pai dela.

Mas do que eles está... Puta que pariu! A porrada no peito foi tão grande que cheguei a fica zonzo.

Arthur: E-eu não... — As palavras se perdem quando lembro do que fizemos à dez anos atrás.

Theodoro filho da puta!

Felipe: A Maria Clara sofre de uma doença onde a cura ocorre através do transplante de medula óssea, ela não encontrou nenhum doador compatível. Então invadiu os dados da clínica e achou você, depois invadiu os dados da polícia federal para acessar seus últimos exames e se certificar que você não tinha nenhuma doença.

Arthur: Isso é mentira, a Carla não mentiria assim dessa forma. Ela parecia estar...

Felipe: Apaixonada? Agora você está sendo simplório. Carla é atriz, ela apenas o usou até conseguir o que queria. Bastou olhar pra você e eu soube que era o pai da Maria Clara a menina é sua cópia.

Meu coração se contorce tamanha angústia e dor. E a lembrança da nossa conversa em meu carro no dia do karaokê vem com tudo.

" - Quem é o pai da menina? É o imbecil com quem você almoçou hoje?  ela dá uma risada como se eu tivesse dito algo irônico.

Carla: Maria Clara não tem pai. Ela só tem a mim e claro minha mãe, Keh e Perola."

Felipe: Se não acredita me deixe ir até ela e fique aqui. — Eu não respondi, fiquei ali inerte com meus pensamentos e com o coração galopando no peito.

E foi naquele momento pela intensidade da dor da traição que eu descobri que havia me apaixonado pela Carla.

Eu fico ali parado ouvindo cada palavra do que eles dizem e eu me sinto o maior trouxa de todos os tempos. Foi tudo mentira...A intensidade dos beijos, de como fazíamos amor, as risadas, o carinho, até nossas brigas eram gostosas...

Então eu saí eu tinha que encará-la, eu devia ovaciona-la. Carla parece ter visto um fantasma ao se deparar comigo ali lhe aplaudindo de pé.

Carla: Arthur não é da maneira como Felipe falou eu ia te contar...

Arthur: Não é Carla? Então me diz, você conviveu comigo, dormiu comigo durante a porra de três meses e nesse tempo todo eu era só o meio pra um fim. Como eu fui um otário.

Carla: Não fale assim e-eu não fingi o que senti com você, foi tudo real.

Arthur: Real? Você me escondeu que eu tinha uma filha, você engravidou de propósito, me fez de seu banco de esperma particular. Porra era por isso que nunca me permitiu conhecer a menina. Você foi fria e calculista.

Carla: Eu sou mãe!  Eu estava desesperada na verdade eu ainda estou, a Maria Clara tem anemia falciforme os sintomas estavam cada vez mais presentes. Você era um doador. E-Eu pensei que um filho a mais não faria diferença pra você. Você disse que não queria ser pai.

Arthur: Não jogue essa merda pra mim! A doação foi uma besteira que fiz há dez anos atrás na verdade eu achei que havia me livrado da amostra. Mas isso não importa agora, o que importa agora são meus filhos, e você Carla nem pense em afastá-los de mim. Você violou várias leis ao armar esse planinho sujo brincando com a vida das pessoas, se pensar em afastá-los eu não vou pensar duas vezes em tirá-los de você.

Eu não tiraria meus filhos da mãe mas era bom que pensasse que sim, eu não aceitaria passar mais um dia longe deles.

Carla: Vo-você não pode... — Carla parece abalada e vejo quando perde seu equilíbrio.

Arthur: Carla! —  eu grito a aparando antes que desabe no chão. —  Não fique parado aí olhando chama uma ambulância! Madame...

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