Capitulo 88 :

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Perola: Isso foi antes de vocês se encontrarem no jantar beneficente. E-Eu não quero perder a Carlinha, Arthur. Juro que não! Mas minha amiga jamais me perdoaria se a sua vontade não fosse cumprida. Ela ama tanto a Clarinha foi por ela que fez tudo que fez e sei que também ama Arthurzinho. Ela não conseguiria entende? Saber que esteve tão próxima da cura da filha e ter falhado.

Arthur: Mas ela não falhou... Fui eu quem falhei! Eu quem devia ter contado a ela, eu tive medo dela se estressar e prejudicar a gravidez... Porra eu fui um idiota minha mulher está morrendo e a culpa é minha.

Rodolfo: Arthur... Se tem algum culpado nessa história toda é Mario Sérgio e seu Tio por ter deixado as coisas chegarem a esse ponto. —  Rodolfo diz tentando amenizar minha culpa, mas porra eu estou enlouquecendo.

Arthur: Faça o que ela queria... Mas antes eu quero vê-la, e-eu preciso falar com ela. Ela consegue me ouvir?

Matias: Consegue... Mas talvez não o responda.

Arthur: Tudo bem... —  Matias me levou até a sala do pré- operatório onde Carlinha estava, o baque que senti ao vê-la tão pequena e tão debilitada,  tirou o meu ar.

Matias: Eu vou dar 5 minutos a vocês, mas Carla por favor não tente dizer uma palavra, sem esforço nenhum.

Ouço o som da porta se fechando e me aproximo da cama. Respiro fundo para que minha voz saía firme.

Arthur: Madame... —  Carla abre os olhos lentamente — E-Eu tenho que te pedir perdão... Eu errei em não ter contado o real motivo do meu afastamento. —  Eu segurei sua mão e ela apertou de leve. — Eu estava investigando um caso de contrabando e lavagem de dinheiro, eu sabia que havia gente grande no esquema, foi quando eu recebi uma mensagem ameaçando vocês, era a porra de uma foto sua com a nossa princesa na chácara. Foi por isso que insisti para que voltasse para o Rio de Janeiro, por isso me ausentei, eu precisava chegar até o cabeça para que pudéssemos ter paz. Se eu cedesse a chantagem eu ficaria refém de novas ameaças e coações.

Respiro com dificuldade tamanha dor no meu peito.

Arthur: Madame eu te amo, você nunca deixou de estar aqui. — levo a sua mão à meu peito e vejo uma lágrima rolar em cada um de seus olhos. —  E é por amar você que eu vou respeitar sua decisão mas eu tenho certeza que você vai sair daquela sala e nós vamos criar nossos filhos juntos... Michel agendou o transplante da Maria Clara para daqui à um mês, e você vai está lá pra ver nossa menininha curada.

Ela acena com a cabeça concordando.

Arthur: E eu preciso te confessar algo levou umas duas semanas após sua primeira partida de Conduru para que eu abrisse o presente que me deu antes de partir. Porra Madame uma camisa do Flamengo autografada pelo Zico, em pensar que eu quase joguei fora. Mas o presente que eu mais gostei foi essa foto. —  Eu abro a minha carteira com a mão trêmula, a foto onde Carla corujava nossa menina, ainda que seu rostinho não estivesse evidente eu me apaixonei.

Foi ali que descobri mesmo sem saber da paternidade da Maria Clara e que queria as duas pra mim.

Arthur: Eu te amei Madame não por ser a mãe dos meus filhos, foi por você, só por você. —  Eu me abaixei e selei nossos lábios, em seguida a porta foi aberta.

Matias: Arthur está na hora... Nesses casos geralmente nós não autorizamos a permanência do acompanhante. Mas se me prometer se manter tranquilo poderá acompanhar o parto. A Carla estará desacorda uma vez que não poderemos aplicar a aqui ou a peridural, apenas a geral. Você quer assistir ainda assim? Caso as coisas compliquem você terá de sair da sala sem protelar.

Arthur: Eu quero, eu quero está lá segurando a mão dela mesmo que ela não tenha consciência. Está ouvindo Madame eu vou está ao seu lado e vou ser o primeiro a segurar o nosso garotão.

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