Capitulo 53 :

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Eu me recomponho, jogo uma água no corpo e faço minha higiene bucal. Até que a Madame acertou meu tamanho e a roupa não foge do padrão que costumo usar.

Assim que abro a porta do banheiro vejo a Maria Clara mexendo nos cabelos da mãe.

Carla: Olha quem voltou filha. Dá oi para o papai.

Maria Clara: Oi Papai.

Arthur: O-Oi Princesinha. — Eu me aproximo sentando no sofá ao lado das duas.

Era incrível como um homem do meu tamanho que já havia lidado com bandidos parecia tremer diante de um ser tão pequeno.

Maria Clara: "Podi? Pintia cabelo papai?" — Ela sorri e vem em minha direção.

Carla: Ela está perguntando se pode pentear seu cabelo.

Arthur: Ah sim. Você pode mas primeiro eu quero um abraço grandão e um beijão.

Maria Clara: Tá bom. — Ela pula no meu colo e eu a abraço e sinto o cheirinho suave de bebê que vai parar em um lugar dentro da minha alma. Cristo se esse não é o melhor abraço do mundo eu não sei qual é.

Eu a livro do meu aperto e recebo em troca um beijo suave na minha bochecha. Agora com ela em meus braços eu vejo os olhinhos da minha princesa esverdeados como o meu.

Carla sabia que assim meus olhos pousassem sobre Maria Clara eu teria certeza que era minha filha, ela não tem quase nada de Carla.

Arthur: Ela é a minha cara.

Carla: E eu não sei... Ela não tem nada meu, mas é linda.

Arthur: Claro que é parece comigo. — Carla revira os olhos e Maria Clara está entretida escovando minha barba. — Ela é perfeita, nem se eu tivesse planejado teria sido tão perfeito.

Carla: É verdade... Quero te mostrar uma coisa. Filha vai pegar o seu brinquedo favorito pro seu pai ver.

Maria Clara: "Tá! Pela aê papai."

Arthur: O papai vai está aqui princesa.

Maria Clara desce do meu colo e corre para porta, eu já me preparo para ir atrás dela quando Carla me detém.

Carla: Relaxa Grosseirão a porta do banheiro da suíte dela tem trava é há dois portões pequenos de segurança. O único acesso livre que ela tem e do seu quarto para o meu. — Carla sorri do meu desespero e suspira. —  Você se apaixonou não foi?

Arthur: Perdidamente.

Carla: Então talvez você agora entenda meus motivos. Eu não me orgulho Arthur, mas vou mentir se disser que me arrependi, porque se tivesse de fazer tudo de novo por Maria Clara eu faria.

Assim que Carla termina de falar Maria Clara entra arrastando um Olaf enorme.

Maria Clara: Ó Papai.

Arthur: É o boneco que dei pra ela, o mesmo que peguei no parque.

Carla: Exatamente ela não desgruda dele desde que ganhou e detalhe só dorme se estiver agarrada com ele.

Arthur: Esse é o seu boneco favorito princesinha? — Eu pergunto encantado vendo se deitar em cima do boneco que está nesse momento no tapete.

Maria Clara: Sim.

Carla: Sabe quem te deu filha? — Ela nega com a cabeça. — Quem te deu foi o papai filha. — Carla diz e Maria Clara olha para mim.

Maria Clara: Bigada.

Arthur: Princesinha esse boneco não chega a quinta parte de tudo que seu pai aqui vai te dá.

Carla: Já prevejo que Maria Clara vai fazer você de gato e sapato.

Arthur: Vai ver herdou isso da mãe.

Carla: Arthur... Não foi bem assim. Venha tem uma mesa de café pronto aqui na sacada do quarto. Coma e após conversamos.

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