Capítulo 4 :

2.7K 96 6
                                    


Carla: Obrigada.  – Eu faço um esforço enorme para não gaguejar, qualquer vacilo e ele notaria.

Arthur: Você não é da cidade é? – Pra minha sorte ele não me reconhecera. Afinal, eu sou uma pessoa publica.

Carla: Não, sou do Rio de Janeiro, vim só curtir uma temporada em um local tranquilo com minhas amigas.

Arthur: Humm sei... Olha madame eu sou um cara muito direto, alguns veem como defeito outros como qualidade. Mas desde que pus meus olhos em você eu fiquei louco com a possibilidade de te levar para uma diversão à dois, conhecer o melhor lugar de Conduru.

Carla: É mesmo e qual seria esse lugar.

Arthur: Minha cama, quer dizer pode ser na sua também, por mim não tem problemas. E nem adianta fingir desinteresse pelo jeito que me olhou eu tenho certeza que a recíproca é verdadeira. Então o que acha de irmos a um lugar mais reservado. Não precisa temer, eu sou Arthur Picoli o delegado da cidade todos aqui me conhecem estará em boas mãos. Agora se a Madame puder se apresentar eu agradeceria.

Que cara arrogante, tudo bem que olhei pra ele vez ou outra, mas aquilo era se achar a última bolacha do pacote.

Eu lembrei do que Perola disse sobre fingir não ouvir e respondi com um sorriso sacana no rosto.

Carla: Carla Moreira. Eu topo Arthur... Desde que seja no hotel que estou hospedada, em Castelo, e que você me siga no seu carro, assim me sentirei mais segura.

Achei melhor dar o sobrenome da minha mãe eu tinha um nome a preservar.

Arthur: Se te faz se sentir mais segura por mim tudo bem.

Carla: Vou só avisar as minhas amigas e já volto.

Eu entro e vou direto a mesa bebendo as duas tequilas de uma vez.

Carla: Deu certo torçam por mim...

Me despeço indo a caminho do meu propósito, eu não poderia fraquejar, minha filha contava comigo.

~~–~~~~

Nós descemos cada um de seus respectivos carros juntos.

Carla: É só me acompanhar por favor.

Arthur: Você que manda Madame. – Eu vou andando um pouco a frente dele e pergunto:

Carla: Por que Madame? Minha roupa é comum, não uso joias, como chegou a essa conclusão?

Arthur: Eu sou policial Dona Carla eu estudo comportamentos. Sua pose, o modo como anda e fala. Os cabelos que parecem um véu de seda loiro, eu duvido que fiquem mais de uma semana sem tratamento profissional... Ah, e fora o perfume que é um dos mais caros também.

Carla: Huummm... – Nossa ele era observador.. O elevador chega e entramos.

Arthur: Só tem uma coisa que está me intrigando. O que uma mulher como você e suas amigas estariam fazendo por aqui? Eu posso estar até enganado, o que raramente acontece, mas vocês parecem ser do tipo que curte outro tipo de diversão.

O elevador para em nosso andar e se abre.

Carla: E que tipo de diversão curtimos? – Pergunto já abrindo a porta do quarto. Eu entro e ele em seguida.

Arthur: Não sei, festa em iates com jogadores de futebol ou corredores de fórmula 1. Balada na área VIP de alguma boate caríssima. Esse tipo de coisa.

Carla: Nossa então para você nossa diversão é servir de troféu pra macho? Errou feio Grosseirão. Porque nós fazemos o tipo que dá a festa e chama os caras.

Eu digo indo até o bar para me servir de uma dose da garrafa de whisky que havia pedido antes de sair da recepção, observo sua expressão pelo espelho a minha frente, e ele não para de me comer com os olhos.

Comentem

Minha Salvação! Onde histórias criam vida. Descubra agora