CARLA DIAZSegundo Arthur eu dormi quase quarenta e oito horas seguidas, mas quando acordei eu estava cercada das pessoas que amava, apesar do grande susto que vivemos Deus nos agraciou.
Lucas era o segundo bebê mais lindo que havia visto na vida, e sim também era a cara do pai. Maria Clara era um doce como irmã e até hoje nunca a vi demonstrar ciúmes do irmão.
A única coisa que me deixa ansiosa e a cirurgia da Maria Clara, de resto estou realizada. Nem o fato de acordar de três em três horas para amamentar o Lucas conseguiu me desanimar, embora fosse cansativo demais. Tinha esquecido o quanto era exaustivo, com dois bebes então. No entanto aproveitava os cochilos do Lucas para da atenção a Maria Clara também para que ela não se sentisse menos importante.
Não sei se mais alguém no mundo poderia ser tão feliz quanto eu. Talvez só Arthur. Pois vivíamos num chamego com nossos pequenos, Arthur estava radiante em cada descoberta, já que não teve essa experiência com Clarinha. Ele chegava do trabalho e vinha ansioso para nos ver. E adorava ficar a noite com o Lucas num braço e Maria Clara no outro. No início Arthur era todo sem jeito, mas agora era lindo ver aquele homão todo bobo falando baixinho com os nossos filhos.
E quando eles dormiam, nós ficávamos abraçados, conversando, nos beijando. Era quando o desejo vinha, mas eu ainda estava de resguardo. Arthur fingia até marcar os dias em uma folhinha, contando-os, o que nos fazia rir.
Dona Beatriz estava sempre em nossa casa. Praticamente todo dia ela vinha com a Dani pela manhã, ansiosa para ver os netos, acho que era a realização de seu dia. Adorava também conversar comigo e nos tornamos grandes amigas. Era uma graça vê-la, quando não era a Maria Clara era o Lucas no colo, duas gerações tão diferentes, mas sangues parecidos correndo nas veias.
Ela dizia que estava pegando Arthur no colo novamente. Outro dia ela me trouxe um álbum de fotografias de quando Arthur era bebê e realmente parecia ser a mesma criança.
Perola e Keh também vinha nos visitar sempre com Rodolffo e Theo. Mas no resto dos dias éramos nós quatro, eu, Maria Clara, minha mãe e o Lucas juntos, inseparáveis. Eu às vezes ficava horas namorando vendo os meus filhos dormirem, perguntando a mim mesma como poderia existir seres tão perfeitos.
Não tive problemas em amamentar. Eu adorava. Já tinha vivido a experiência com a Maria Clara, e era magica, e agradecia aos céus por poder viver pela segunda vez. Sentava na sombra do jardim em uma cadeira de balanço, sem pressa, só aproveitando a alegria de ser mãe, mulher, amada e amando sem reservas. E minha felicidade se completava quando Arthur chegava em casa, já sorrindo, já ansioso em estar conosco.
Teve uma noite que Lucas ficou irritado, com cólica, praticamente chorando o tempo todo acordando a casa inteira. Arthur se revezou comigo, segurando o Lucas com a barriguinha sobre seu peito, ninando-o entre os braços. Enquanto fui ver a Maria Clara, quando ela voltou a dormir, fui fazer um chá fraquinho de erva doce, para ver se aliviava a dorzinha dele, encontrei os dois na cama. Tinham pegado no sono, como se tivessem combinado, ambos na mesma posição, lado a lado, com os braços para cima.
Eu os fitei, apaixonada. Naquele momento tive certeza que tinha valido a pena tudo o que eu fiz, ter invadido o bar em que Arthur estava. E rezei com todas as minhas forças que aquela união e felicidade que estávamos sentindo sempre fizesse parte da gente. Inclusiva no futuro.
Peguei Lucas no colo, com cuidado, enquanto bocejava.
Depois de colocá-lo no bercinho e cobri-lo, fui para a cama e me deitei ao lado de Arthur, beijando suavemente seu peito, sentindo seu cheiro. Mesmo cansada, senti o desejo me invadir. E foi minha vez de contar os dias na folhinha. Deitei a seu lado e o abracei, cheia de amor.
Quando Lucas completou um mês, Matias me deu alta. Como eu já tinha passado pela experiência sabia que naquele período poderia ter um pouco de sangramento, dor vaginal e falta de libido por causa da alimentação. Mas aquele não foi nenhum dos meus casos. Eu estava ótima, saudável, cheia de vontade de ter relações com Arthur novamente. E ele, ao meu lado com Luquinhas no colo, deu um sorrisão quando o Matias me liberou para tudo e passou um anticoncepcional, explicando:
Matias: Nesse primeiro mês precisam usar preservativo, até o anticoncepcional fazer efeito. Muitas pessoas acham que, por que estão amamentando não engravidam, mas é um erro. Cuidem-se ou vem outra Maria Clara ou outro Lucas por aí.
Saímos de lá e Arthur murmurou animado perto do meu ouvido:
Arthur: É hoje Madame!
Como se soubesse que os pais estavam na seca, a Maria Clara e nem o Lucas quriam saber de dormir.
Quando Lucas pegava no sono e eu ia na ponta dos pés colocá-lo no berço ele acordava esperneando, assim acordando a irmã também. Aí voltava os dois pra nossa cama e eu e Arthur nos olhávamos, desanimados.
Por fim, Lucas apagou na cama no meio, e a Maria Clara no peito de Arthur. Ferramos no sono até de manhã. Claro que Lucas acordou primeiro, já berrando de fome. Eu e Arthur nos olhamos, exaustos e ele acabou sorrindo.
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Minha Salvação!
Любовные романыSinopse: Carla Diaz é uma atriz brasileira desde a infância e dona da marca CD que assina desde cosméticos à roupas. Uma das atrizes mais bem paga do país. Seu nome é associado a beleza e bom gosto. Através da visibilidade como Atriz assinou contrat...