O Delegado

Capítulo 35

-O-oi doutor, er, já posso entrar?-Pergunto desconfortável enquanto tento me desvencilhar do braço em minha cintura colocado por Peter quando ele disse quem era. Meu rosto está queimando de vergonha e so queria ser um avestruz agora.

-Que formalidade toda pra quem já se conhece não é mesmo? Fiquei sabendo que você era o amigo misterioso que eu nunca tinha ouvido falar.-Diz Peter em um tom sarcástico enquanto sorri para o doutor a minha frente, ele me olha confuso por um momento mas algo em meu olhar o faz ficar sereno e apenas sorrir.

-É porque estou em meu ambiente de trabalho, por isso estou sendo mais formal e posso saber por que a senhorita não me ligou ontem? Fiquei esperando a tarde toda.-Diz sorrindo de maneira cúmplice para mim o que me faz confiar um pouquinho nele, talvez seja o seu jeito extrovertido e cúmplice, seus olhos sinceros ou seu sorriso de arrancar o fôlego de qualquer um.

-Ja sabe que eu estava muito ocupada sendo babá desse grandalhão aqui, desculpe, mas hoje sem falta eu ligo pra você.-Digo o dando uma piscadela até sentir o corpo de Peter tenso atrás de mim. Caralho véi, eu sou sonsa demais! O que estamos fazendo agarrados assim parecendo um casal? Olho repreendendo Peter enquanto sinalizo que é para ele me soltar mas ele me ignora totalmente.

-Que legal que sejam amigos tão próximos, me desculpe por tomar todo o tempo de sua querida amiga.-Diz amargurado enquanto fuzila o olhar do pobre doutor que apenas encara toda a situação sorridente.

-Está desculpado amigo, obrigado por cuidar dessa menininha aqui, ela realmente precisa de alguns cuidados já que costuma ser muito levada.-Diz de maneira divertida mas pra mim não foi, fez eu me lembrar da cena do carro e de tudo o que eu disse e meu rosto tá queimando pra caralho, aí que
vergonha!

-Ela realmente é uma menininha muito levada.-Diz Peter passando sua mão por minhas costas levemente fazendo meu corpo ficar arrepiado. Que droga!

-Mas enfim, me acompanhe senhorita,  estou aqui agora como seu psicólogo, me acompanhe.-Diz entrando dentro de sua enorme sala, com relutância Peter me solta enquanto me olha com cara de poucos amigos. Quando fecho a porta do consultório e me encontro sozinha com o meu novo psicologo, sinto ainda mais vergonha de toda essa situação.

-Desculpa por esse showzinho doutor, é uma longa história mas pelo que parece o universo gosta de me sacanear.-Digo o fazendo rir.

-Bom, creio eu que o homem que está lá fora além de seu chefe é algum amigo íntimo? Pelo jeito que me fuzilou com o olhar, ele parece gostar bastante de você ou a história que ele sabe é bem criativa.

-Digamos assim que em uma tentativa infantil de fazer ele parar de ser tão egocêntrico eu chutei características de uma pessoa imaginária que é meu "amigo colorido" e que agora todas essas características batam com as suas.-Digo o fazendo rir ainda mais.-Desculpa eu não sabia que o universo era um filho da mãe.

-Não se desculpe por isso, toda essa situação na verdade foi bem engraçada, melhorou 100% do meu dia.-Diz ainda rindo.-Vejo que vamos nos dar muito bem senhorita.-Diz sorrindo sereno e, por algum motivo, eu começo a confiar nele.

Peter onn...

Ainn meu amigo colorido, ainn estamos pensando em ficar sérios, ainn o beijo dele é melhor que o meu! E tudo o que passamos até agora não significou nada pra ela! Que CARALHOS! Por que logo ele tem que ser o psicologo dela? De onde que se conhecem? Por que estou tendo todos esses pensamentos homicidas enquanto ando de um lado pro outro nesse corredor! Estou ficando louco! Sinto a adrenalina em meu corpo e nem me importo com a dor que sinto em minha barriga do ferimento. Tudo o que quero é socar a cara daquele cara e pegar aquela diabinha, levar pra cama e mostrar que eu sou melhor que esse doutorzinho aí. Quem ele pensa que é pra ficar de intimidade assim com ela? E eu achando que ela era apenas uma pobre garota inocente! Parabéns conseguiu me enganar! Na certa estão fazendo alguma coisa lá dentro enquanto estou aqui pensando naquela diabinha dos infernos! Eu vou provar que eu tenho a porra do beijo mais gostoso e da foda também só pra poder tirar aquela merda de sorrisinho do rosto daquele doutorzinho de merda! Vou fazer ela engolir todas aquelas palavras que me disse junto com a minha porra! Ela vai querer porque seu corpo sente atração pelo meu, isso é óbvio! Será que isso foi antes ou depois de eu ter dado um fora nela? Na certa foi depois que ela foi procurar consolo com aquele doutorzinho. Em pensar que ele tocou nela... Em cada parte do corpo que eu almejo tocar desde a primeira vez que a vi, me deixa louco!  Eu vou faze-la minha só pra poder provar pra ambos que eu sou sim capaz!
Saio por um tempo daquela merda de clínica pra poder espairecer melhor, isso é errado, brincar com os sentimentos dos outros é uma coisa horrível de se fazer, na certa estavam mentido só pra me ferirem. Isso é uma coisa muito ruim de se fazer, ela é na certa uma boa moça que não merece isso, penso comigo mesmo e mais tranquilo volto para o corredor. O caralho que vou deixar isso pra la! Feito de trouxa por uma carinha inocente mais uma vez! Parabéns grande imbecil! Vejo ambos praticamente grudados, ele segura firmemente em sua cintura enquanto permanecem em uma troca intensa de olhares que me deixa puto da vida!

-Posso saber porque estão tão próximos assim?-Pergunto em um tom alto que os assusta e os fazem se afastar rapidamente.

-Ah oi Peter, tinha escorregado por conta do chão molhado e ele me segurou.-Diz ela rapidamente o que me deixa mais puto ainda, ela deve estar achando que eu sou um burro né?-Venha logo, tenho mais coisas pra fazer. Como por exemplo te seduzir e te levar pra minha cama.

Julia onn...

Sigo Peter apreensiva pelo enorme e vazio estacionamento, ainda abalada com toda a situação e com a intensa conversa que tive com meu novo psicologo, sobre como eu poderia controlar mais meus pesadelos, mudar minha rotina talvez? Ainda não me sinto preparada pra contar tudo mas com o caderninho que ganhei em mãos, vai ficar mais fácil, ele me deu recomendações de escrever tudo o que eu não puder dizer pra ele no caderninho e no final da consulta o entregar. Quando estou em frente ao carro de Peter, me assusto quando sou puxada pelo braço e encurralada na parede próxima ao carro. Peter prende seu corpo ao meu me impossibilitando de tentar escapar. Minhas mãos se encontram para cima de minha cabeça e esse olhar excitante dele deixa minhas pernas trêmulas. Que droga!

-Parece que a consulta foi bem interessante não é mesmo? Gostou de ver seu amigo colorido? O que sabe, tem o beijo melhor que o meu.-Diz sorrindo de lado com a voz rouca, mais livrais da tentação senhor!-Está tão quietinha sua pequena diaba, por que?-Diz enquanto seus lábios passam próximos dos meus, dando leves selinhos e pequenas mordidas o que me deixa louca.

-É-er, eu, eu euu...-Tento dizer algo mas tudo o que sai são pequenos gemidinhos.

-Como eu disse, minha menininha está merecendo uma punição, e o que melhor que deixar ela cheia de vontade.-Diz antes de atacar minha boca em um beijo quente, sua mão desprende as minhas do alto e descem ate minha bunda, a agarrando e me levantando.

-Seus pontos... Pe... Peter, seus po-

-Cala a boquinha minha menininha.-Diz atacando minha boca novamente enquanto grudo minhas pernas em seu quadril e minhas mãos tomam tudo o que podem de seu corpo. Isso é tão gostoso, sua boca, essa coisa dura entre minhas pernas que estou me esfregando com vontade. Mal nos separamos e ele novamente toma minha boca em outro intenso beijo, gemo em sua boca quando sinto um tapa forte em minha bunda e o escuto soltar uma leve risadinha. Essa coisa dura se esfrega mais entre minhas pernas e agarrando mais ainda seus ombros, gemo, sinto meu corpo em chamas enquanto uma deliciosa necessidade cresce dentro de mim, recebo outro intenso tapa na bunda que me faz gemer mais alto enquanto me esfrego nessa coisa dura e grande, sentindo muito prazer, prazer esse que só dura até Peter parar com tudo e me soltar com um sorriso canalha.

-Pra quem disse que meu beijo não era lá grandes coisas, você até que reagiu bem não é mesmo? Vem vamos.-Diz divertido enquanto sinto uma puta raiva dele neste momento, sinto minha intimidade mais que molhada

-E realmente não é, foi bom, mas já experimentei outros muito melhores e com caras mais difíceis que você, que foi na verdade, muito fácil, fica entediante.-Pago com a mesma moeda atingindo bem fundo em seu grande ego, ele entra emburrado dentro do carro e sorrindo satisfeita, entro na parte de trás. É ruim que vou ficar na frente com ele.

Oi amoressss desculpa a demora em postar um capítulo porém como pedido oficial, resolvi escrever um capítulo bem mais extenso do que costumo escrever. Me digam nos comentários o que acharam e opiniões e críticas são sempre bem vindas ok? Beijosssss