Capítulo 40

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Hellooo my lovers, como estão? Quero fazer um combinado com vocês, se comentarem muitooo nesse capítulo amanhã mesmo volto com outro bem cedinho pra vocês, eai topam? Me ajudem nessa vaaai assim como vocês quero muito postar o próximo capítulo que já está em produção e garanto que será no mínino, surpreendente, chega de falação e agora aproveitem a história. Beijosssss

-Como foi lá com essa amiga? Ocorreu tudo bem?-Pergunta Peter permanecendo deitado na cama.

-Sim não foi nada demais, o importante é que agora tudo isso acabou.

-Entendi, que bom pra você. Enfim, quarta feira será o dia da audiência.-Diz me deixando surpresa.

-Mas já? E-eu ainda nem tenho um advogado nem nada e também tem várias outras coisas que e-

-Acalme-se, já contratei um advogado que está ciente de tudo o que lhe ocorreu.-Diz tranquilo.

-Mas Peter, você já está fazendo coisas demais pra mim, vai descontar do meus salário né?

-Por que eu faria isso?-Pergunta me deixando estupefata.

-Porque é o lógico ué.

-Não vou descontar nada, estou pagando ele porque quero e não há nada que você possa dizer que me fará mudar de ideia. Agora vem cá, me deixa brincar com seus cachos.-Diz batendo na cama.

-Estão desarrumados, depois do banho eu deixo você finalizar ele pode ser?

-Ok, não vou esquecer ein.-Diz me dando um leve sorriso. Nos encaramos por um bom tempo, apenas sei lá, ele é um homem tão bonito, o que será que aconteceu de tão horrível em sua vida pra que ele tenha ganhado essa enorme cicatriz e essa amargura toda?

-Uma moeda pelo seu pensamento.-Diz me dando um leve sorriso, sorriso esse que não alcança seus lindos olhos.

-O que você tem? Parece meio abatido.-Pergunto me sentando em sua cama.

-Nada demais, são só alguns pensamentos e um pressentimento estranho, coisas bobas releve.-Diz sorrindo.

-Pressentimento de que exatamente?

-Não sei, somente sinto que algo muito ruim irá acontecer, deve ser bobagem. Mas eai, quem era essa tal amiga que foi encontrar?

-Promete que não vai me chamar de trouxa?

-La vem, quem é?

-A Eliza, não me olha com esse olhar julgador! Ela disse que queria dizer algo urgente e quando cheguei lá ela tentou me enrolar dizendo que estava arrependida e um monte de outras baboseiras.

-Meu deus você é muito trouxa, mas afinal, por que ela está tão fixada em você?-Pergunta curioso

-Se prepara pro babado. Sabe a mulher que me tratou muito mal, a metida dos olhos verdes? Elas são primas. E olha só isso, ela mesma insinuou que queria me usar pra poder retirar a queixa contra a priminha dela.

-Ae, fica esperta com essas duas ein, elas não me cheiram bem.

-Sim senhor capitão.-Digo sorrindo. O olhar melancólico ainda continua em sua face e meio que sem pensar, começo a falar.

-Fiquei sabendo pelos seguranças que seus pais morreram, sinto muito por isso, como morreram?-Pergunto curiosa e rapidamente me arrependo pois seu olhar muda completamente e ele parece voltar a ser o mesmo arrogante do início.

-Isso não é da sua conta.

-Nossa seu grosso, só estou curiosa, tem algum outro familiar além do seu irmão?

-Por que quer saber? Ja disse e vou repetir, isso não é da sua conta, não quero você me perguntando nada referente a minha vida pessoal de novo.-Diz em um tom tão frio que sinto como se tivesse levado uma facada.-Me entendeu Julia? Minha vida pessoal ou meu passado são coisas que NÃO são da sua conta e nunca serão porque eu e você não temos nada!-Me levanto exaltada da cama e rapidamente dou as costas afim de esconder meu rosto melancólico.

-Pensei que fôssemos amigos ou sei la, estivesse rolando algo entre nós, sinto muito pela sua dor e de certa maneira a entendo.-Digo o fazendo rir.

-Uma menininha como você nunca entenderá o que é a perda de seus dois pais! Não preciso da pena de uma menininha confusa com suas emoções.-Enxugando minhas lágrimas, me viro o olhando irada.

-E você acha mesmo que somente pelo fato de eu ser nova me impossibilita de ter passado por coisas ruins? Eu já passei por muita coisa nessa vida e não, não estou confusa com minhas emoções, elas são apenas o reflexo de todo o inferno que passei!

-Nossa deve ter sido super difícil ser sustentada pela família perfeita praticamente a vida inteira e depois se mudar pra uma cidade nova!-Diz com sarcasmo e sem me aguentar explodo.

-Você por acaso sabe alguma merda de coisa sobre minha vida pra estar falando assim?!

-Julia Cooper, 21 anos de idade, brasileira, com uma mãe e padrasto que trabalham e são muito querido por todos, começou a trabalhar bem nova como doméstica, sua mãe a padrasto gostam de sair pra festas, aparentemente sem razões nenhumas pra todos esses transtornos psicológicos.-Sinto um intenso frio na barriga ao ouvir a maneira como ele acha saber algo sobre mim.-provavelmente foi uma criança muito animada e por conta disso ganhou as cicatrizes que tem pelo corpo.

-Andou investigando sobre minha vida?

-Eu sei da vida de todos os funcionários que trabalham pra mim inocente menininha. Faça um favor a nós dois e faça somente o seu trabalho.

-Se é nisso que prefere acreditar problema é seu senhor.-Digo em um tom sarcástico.-Sabe por que todos devem te achar um cretino? Porque você é um filho da puta miserável que apenas gosta de brincar com as pessoas e depois as despreza, você é repugnante e me arrependo amargamente de ter tido algo com você nem que seja somente uma amizade!

-E sabe qual o seu grande problema? O fato de se meter onde não é chamada e dar opiniões que ninguém te perguntou.-Diz frio e arrogante. Sinto-me destroçada, lágrimas descem por minha face em disparada e rapidamente vejo seu olhar mudar, como se estivesse arrependido, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, saio correndo como uma covarde e me tranco no quarto chorando copiosamente.-Julia, Julia por favor abre a porta.-Diz Peter tentando abri-la.-Merda! Eu não quis ser tão grosso assim com você, é que droga! Eu estou confuso.-Diz em um tom sofrido.-Nunca me senti tão vulnerável como agora, como estava me sentindo quando me perguntou sobre eles, por favor perdoe minha grosseria, por favor Julia, eu estou confuso, nunca senti algo parecido com ninguém em toda a minha vida e isso me assusta, me assusta pra caralho.

-Vai se foder seu desgraçado.-Digo entre soluços.

-Droga Júlia! Abre a merda da porta, por favor.

-Me deixa em paz!-Digo chorando copiosamente. Só volto a ter noção do tempo quando meu telefone toca alertando que está na hora de eu me arrumar pra ir pro meu cursinho. Nem percebi que havia dormido no chão, destroçada, me levanto e vejo minha agenda, separo os remédios de determinados horários e os deixo em minha mesinha, chamo um Uber e vou tomar um banho rápido, rendo meu cabelo em um coque, coloco as chaves de minha casa em minha bolsa  e passo uma maquiagem leve em minhas olheiras e meus olhos inchados, anoto em um post it o recado de que fui pro curso o horário, e onde estão os remédios que é pra ele tomar. Prendo o recadinho na minha porta que fecho lentamente. Não quero me encontrar com ele, pelo menos não agora, estou muito vulnerável e me sinto como uma bomba relógio. Desço as escadas e ao sair da enorme mansão, ando rapidamente em direção ao enorme portão me forçando um sorriso, mesmo não querendo acabo olhando pra trás, mais específicamente pra janela de Peter e me assusto ao vê-lo me olhando lá de cima, apresso meu passos e ao chegar no portão, sorrio forçadamente.

-Oi meninos, infelizmente agora não posso bater muito papo porque preciso ir em casa e depois pro meu curso, tem como abrirem o portão?

-Claro Ju, boa aula.-Diz Will e eu o agradeço sorrindo. Entro no carro e dou e sorrindo aceno para o motorista. Escuto meu telefone tocar e vejo na tela o nome de Peter, desligo a chamada e melancólica, encosto a cabeça na janela e observo a visão da grande cidade de Los Angeles.

O Delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora