Capítulo 41

9.3K 778 94
                                    

-Droga Júlia.-Digo amassando o papelzinho que encontrei em sua porta. Essa sensação de que algo muito ruim está por vir e ficou muito pior depois da intensa briga que tivemos, me senti vulnerável, senti medo, vergonha, medo de que ela descubra as terríveis coisas que já fui obrigado a fazer e ja passei, medo de perde-la por conta disso mas fui um idiota, acabei a afastando com palavras grosseiras, me senti um merda quando vi lágrimas escorrendo seus olhos. Me sinto como um monstro, minha teoria de que os problemas psicológicos dela tem haver com sua família se confirmaram o que me deixou ainda mais mal e impotente por não saber o que aconteceu! Quando a vi entrar naquele carro, algo em mim apitou, não consegui ficar em casa, tinha que fazer algo, me arrumei rapidamente e com dificuldade desci as enormes escadas, fui a garagem e peguei um de meus carros, os meus guardas do portão me disseram o que ela disse e saí a procura dela. Sigo em direção a sua casa, local onde ela provavelmente ainda está. Sinto uma intensa dor em meu peito, como se eu tivesse perdido alguém muito querido, uma sensação esmagadora, que me faz entrar em desespero e aumentar a velocidade do meu carro para chegar o mais rápido possível, coisa que infelizmente se torna impossível já que enfrento um intenso trânsito, demora um tempo até que finalmente consigo dirigir novamente sem o intenso engarrafamento de carros, tento ligar novamente para Julia mas ela não me atende, quando finalmente consigo chegar em sua casa, chamo por ela mas está tudo escuro, ela provavelmente ja se foi. Frustrado entro em meu carro e vago pelas ruas próximas a de sua casa, já quase sem esperança, entro em uma rua escura e meu corpo se enrijece ao ver a cena a minha frente, rapidamente ligo pra minha delegacia e em sussurros, dou instruções aos meus homens.

Julia onn...

Depois de pagar o moço pela carona, entro em casa e procuro por meus materiais, analiso algumas anotações e vendo que faltava pouco mais de meia hora pra ir pro curso que se encontra perto de minha casa, vou pra ele. Caminho rapidamente pelas ruas que se encontram vazias nesse horário, o que eu acho um pouquinho estranho ja que ainda dará 19:20. Ando rapidamente em uma rua parcialmente escura que é um atalho que quase sempre uso quando estou indo pro curso, tudo parecia ir bem até que sinto uma presença atrás de mim, olho para trás e sinto a adrenalina invadir meu corpo ao perceber que estou sendo seguida por um homem de capuz, um homem muito grande, apresso meus passos e rapidamente começo a correr, olho para trás desesperada e vejo o homem cada vez mais me alcançando, lágrimas invadem meus olhos enquanto corro o mais rápido que posso, porém sinto uma dor em minha cabeça ao ser atingida por algo e cair no chão, minha cabeça roda muito por alguns segundo antes de eu recobrar minha consciência, me sento e chorando, olho para o homem que rapidamente reconheço como o segurança que quase me prendeu naquele dia.

-Ola sua vagabunda, cadelinha do delegado.-Diz sorrindo diabólicamente. Sinto um intenso frio em minha barriga enquanto meu corpo todo treme.

-Por que está fazendo isso comigo?-Pergunto em soluços.

-Você está acabando com a minha vida! Sabe quantos empregos eu perdi por sua culpa? Muitos! Eu vou te dizer o que você vai fazer se quiser ficar viva.

-Por favor não me machuca.-Digo em lágrimas.

-Você vai retirar aquela merda de queixa contra mim entendeu sua vadia? Caso contrário vou te levar pra alguns amigos meus que garanto que não gostam nenhum pouquinho do delegado e adorariam brincar com seu brinquedinho.-Diz sorrindo diabólicamente. Escutamos seu telefone tocar e sorrindo ele atende.-Sim consegui achar a vadia Eliza, avisa pra sua priminha que ela está amedrontada e vai fazer tudo o que quisermos, não é mesmo?-Pergunta apontando uma arma pra mim. Aceno com a cabeça enquanto tento deixar as informações serem processadas. A Eliza e sua prima estão juntas com eles, tem uma arma apontada em minha cara e esse segurança está tão ocupado com o telefone que não percebeu um carro se aproximando de n-

-AAAAAAH.-Grito de dor que sinto em meu braço direito que começa a sangrar.

-Dessa vez foi de raspão mas da próxima vou atirar pra valer entendeu vadia?! Eu disse ENTENDEU VADIA?

-SIM.-Digo em lágrimas.-Eu faço qualquer coisa só por favor não me mata.-Digo chorando copiosamente enquanto tento estancar o sangramento em meu braço. Vejo uma silhueta próxima ao segurança e faço de tudo pra distrai-lo.-Por que está atirando em mim! Vocês que me fizeram mal ao serem racistas comigo! Por que eu tenho que pagar por estar procurando justiça.-Digo o fazendo rir, a intensa dor em meu braço piora mais me fazendo chorar ainda mais, me sinto humilhada novamente e com um intenso odio, meu corpo está a beira do colapso e começo a me questionar o por que de tudo isso estar acontecendo comigo, em um momento rápido no qual ele abaixa a guarda com sua arma por um momento enquanto continua rindo e me humilhando pelo telefone, a silhueta a pega de sua mão e lhe da uma coronhada, o momento a seguir é muito rápido, em um momento ambos estão brigando, reconheço Peter entre os dois e sinto medo por ele, porém logo me acalmo ao ver que ele está conseguindo lidar com toda a situação. Não demora muito para o segurança ser preso e ficar desmaiado no chão, Peter corre ate mim e ver seu olhar de desespero ao olhar o meu sangramento me destrói, choro copiosamente.

-Está tudo bem, eu estou aqui meu bem, estou aqui pra você, calma, acabou.-Diz pegando meu rosto entre suas mãos e olhando em meus olhos, não demora pra uma ambulância e um carro de polícia chegar, sou colocada na maca da ambulância e quando entramos dentro, vejo Peter vir comigo e em todo o caminho segurar minha mão, um intenso olhar de desespero em seus olhos reina enquanto me sinto ainda mais culpada, se eu não tivesse os denunciado, se eu não tivesse envolvido Peter nisso, nada disso teria acontecido.
Deitada na cama de hospital me sinto acabada, contei tudo a Peter sobre o que ele me disse e ele está no lado de fora repassando meu depoimento, meu braço se encontra enfaixado enquanto minha alma se encontra atormentada, novamente lágrimas caem em meu rosto enquanto começo a ter uma nova percepção do quão perto da morte estive e do quão curta a vida é pra arrependimentos.
Com a ajuda de Peter saio de dentro do carro, o pessoal da casa já sabe o que aconteceu e me senti ainda mais mal por conta de seus olhares de pena, me destruiu acharem que sou uma fraca. Com muita dificuldade subimos em direção ao meu quarto, minha mente está mais que clara sobre o que eu quero, a vida é muito curta pra arrependimentos e frustrações, aprendi isso hoje da pior maneira. Quando Peter me coloca na cama, me agarro a ele.

-Me faça esquecer.-Sussurro desejosa. Ele me olha sério por um momento enquanto diz.

-Você está passando por um stress pós traumático e se sentir dessa maneira é normal, sentir como se sua vida fosse muito curta, não quero que se arrependa. Eu não sou um homem de compromissos Julia, você entende isso?

-Eu entendi, eu, eu não vou, por favor Peter, me faça esquecer da noite de hoje.-Digo acariciando sua nuca.-Eu não vou me arrepender, não quero nada com você também, mas, só hoje, por favor, eu preciso, eu preciso disso. Me ajude a esquecer Peter, eu... Eu quero você.-Digo acariciando meus lábios com os seus.-Me fode Sr delegado.

Eaeeee amoressss, quero propor um desafio, 30 comentários e eu trago o cap tão esperado por todoooss. Quem leu até aqui quero que deixem nos comentários qualquer uma das 3#

#Querohot
#Posta mais um capítulo e ninguém se machuca
#chegueiateaqui.

Quando chegar a trinta comentários eu trago o capítulo, até la beijoooossssss

O Delegado Onde histórias criam vida. Descubra agora