Imperfect Love (chaelisa gp)

QUARENTA E DOIS

Roseanne Park Pov.

Lalisa está sob uma enorme quantidade de estresse ultimamente, mais ainda do que o normal. Além de dirigir um negócio, e andar na ponta dos pés em torno de nossa frágil relação, ela foi confrontada com a saúde frágil de seu pai.

Durante muito tempo, nós fingimos que ele poderia viver para sempre. Mas a verdade é que ele não está bem. Seu prognóstico é triste, e é possível que ele não vá deixar o hospital neste momento. Desejo mais do que qualquer coisa poder corrigir isso, poder levar Lalisa para longe e protegê-la de toda a dor que está por vir.

Entre nós,já perdemos três pais; esse não é um território novo. Mas é uma coisa que você nunca se acostuma. Você nunca pode realmente preparar seu coração para esse espaço vazio que irá doer para sempre.

Eu suspiro e levanto do sofá. Lalisa vai estar em casa logo, e pretendo ter o jantar esperando por ela. Se há mesmo uma pequena maneira que eu possa melhorar o seu dia, é claro que vou fazer.

Refogo o tomate e alho com vinho branco e tem um pote de linguine fervendo, quando ouço a porta ser aberta.

— Olá? — Chama Lalisa.

— Na cozinha. — Termino de cortar um pedaço de pão e desligo o fogo, assim que Lalisa entra na cozinha.

Ela me oferece um sorriso triste. Eu sei que visitar seu pai cobra seu preço nela. Naquele momento, decido que ela não vai vê-lo novamente sem mim ao seu lado. Mesmo que ela nunca admita, talvez estar sozinha no hospital não seja tão bom. Eu deveria estar lá quando ela precisa de alguém para se apoiar, alguém para desabafar

Seus pés estão descalços, o que significa que ela está uns bons 1 centímetros mais baixa do que eu, a puxo para um abraço. Depois de viver juntas nos últimos meses, eu aprendi que ela sempre imediatamente deposita esses instrumentos de tortura que ela chama de saltos perto da porta da frente, e os leva com amor até seu armário mais tarde. Ela fica bem em saltos, mas faço uma nota mental para dar a ela uma massagem nos pés depois.

Lalisa repousa a cabeça no meu peito.

— Eu estava pensando...nós deveríamos conversar.

Concordo.

— Sim, mas primeiro, carboidratos.

Ela ri.

— Você me conhece muito bem.

Lalisa agarra pratos e guardanapos e põe na mesa, enquanto escorro a massa e coloco no molho caseiro, acrescentando um monte de queijo parmesão ralado.

Nós desfrutamos de um jantar, cada uma com uma taça de vinho branco gelado no sofá, enquanto a TV toca suavemente ao fundo. Ela se sente tão doméstica e normal.

Depois de terminar, eu assisto Lalisa levar os pratos para a cozinha. Ela fez um coque bagunçado em seu cabelo,e embora ainda esteja em suas roupas de trabalho, uma saia lápis preta elegante e blusa de seda de cor creme com pequenos botões no decote, ela parece casual e descontraída.

Enquanto a assisto nos servir com vinho, duas coisas me batem, simultaneamente, estou apaixonada por ela, e eu não posso continuar assim. Não posso tê-la em pedaços, rastejando por sua atenção, vivendo e trabalhando ao lado dela como se eu não fosse afetada, e depois transar com ela em um frenesi quando julgar conveniente. Não quero seus restos. Eu quero tudo.

Quando Lalisa se senta novamente ao meu lado,estou preparada para colocar tudo na linha. Para dizer que chegamos ao fim da estrada, e é tempo para ela decidir...tudo ou nada,a vencedora leva tudo. Mas Lalisa me olha.