VINTE E SEIS

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Roseanne Park Pov.

Quase uma hora depois que ela me tratou como se eu fosse uma idiota e saiu andando, Lalisa está em pé na frente da minha mesa. E por trás de seu nervosismo há um brilho malicioso nos olhos.

— Não? — Eu a provoco, fingindo estar surpresa. — Eu pensei que você tivesse dito que foi apenas um pequeno "O" antes.

Ela balança a cabeça. Há uma pequena ruga entre as sobrancelhas, e eu sei ela pensou muito a respeito de que tudo o que está prestes a propor.

Levanto e dou a volta em torno da mesa de modo que estamos de pé uma em frente a outra. Não posso deixar de pressioná-la mais um pouco.

— Excelente, porque eu posso te dar muito mais de onde veio aquilo. — Eu adoro quando ela cora. Ela é linda quando está totalmente relaxada e despreocupada. Essa é a minha versão favorita dela.

— Isso é bom, porque eu estive pensando. Talvez toda essa coisa de sermos casadas possa ser conveniente — diz Lalisa.

— Na verdade, pode e muito. Eu sei exatamente o que fazer com o seu corpo, e provamos que até você, gatinha, gosta de bons orgasmos. Temos seis horas entre a saída do trabalho e a hora de dormir... isso é mais do que tempo suficiente para fazer você gritar meu nome.

— Meu Deus, você é rude — Todo seu rosto fica pintado de vermelho.

Bingo.

— Como você prefere que me comporte, Lalisa? Como o seu cachorrinho da contabilidade, educada e dependente de cada palavra sua? Você teria que me castrar primeiro.

Lalisa levanta o queixo. Ela não pensou que eu notei o narigudo farejando o meu terreno, mas eu notei sim.

— Desculpa, gatinha, mas eu sou uma mulher decida. Eu falo o que quero, eu luto pelo que quero, e eu consigo o que quero. Eu não me curvo a ninguém. Você quer foder até cair exausta na cama? Bem. Vai ser divertido e eu tô aqui pra isso. Mas eu não vou usar uma coleira.

Ela revira os olhos.

— Só não fale e nós vamos ficar bem.

Eu rio. É tão divertido vê-la perturbada.

— Não, eu tô falando sério, não fale. Você calada é poeta.

Balançando a cabeça, eu faço a mimica de apertar meus lábios e fechá-los com chave.

Até mesmo eu sou inteligente o suficiente pra saber a hora de ficar quieta. E quando o sexo com Lalisa está em jogo, eu estou mais do que disposta a jogar pra ganhar. Todas essas brincadeiras e provocações estão amansando a minha gatinha, lentamente, mas tá acontecendo... Exatamente como eu planejei.

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— O que é tudo isso? A gente já casou, eu assinei o contrato, todo mundo sabe. Você entende isso, né? — O tom de Lalisa é divertido, talvez até um pouco arisco. Mas há um enorme sorriso em seu rosto.

Eu a convidei pra um encontro oficial essa noite. Enchi nossa cobertura com peônias num tom rosa claro do chão ao teto, cada balcão e mesa com um vaso de cristal ou uma pequena tigela de água de flores perfumadas. Eu até preparei um banho com pétalas flutuando na água morna.

— Nós não estamos namorando pra valer. Você não tinha que fazer isso. — Ela diz, seu tom de provocação. — São apenas negócios. E sexo. Ponto.

Imperfect Love (chaelisa gp)Onde histórias criam vida. Descubra agora