UM

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Roseanne Park Pov.

Um mês antes

Eu cerro meus dentes e verifico o meu relógio pela terceira vez. Isso tudo é um enorme desperdício de tempo.

— Onde ela está? — Eu lancei um olhar para o pai de Lalisa, bambam Manoban, que está sentado à cabeceira da longa mesa da sala de conferência.

— Ela vai chegar, — ele me assegurou. Então, em voz baixa, ele acrescenta, — Ela tem que chegar.

Exatamente assim que eu me sinto.

Esta reunião é um último esforço para tentar convencer Lalisa a assinar o contrato. Mas estou preocupada que hoje vai ser apenas uma repetição da última semana. Ela correu e se recusou a assinar qualquer coisa que nos coloque juntas na mesma frase e disse de jeito nenhum.

Na verdade, talvez tenha dito algo um pouquinho mais rude. Acho que houve até mesmo um vai se fuder envolvido.

Mas nós precisamos nos casar para a propriedade Park & Manoban ser transferida para nós. E com o conselho dos administradores com um prazo iminente, precisávamos ter feito isso pra ontem. Eu não vou perder a empresa de 100 bilhões de dólares que o meu pai construiu porque a rainha do gelo não quer jogar junto.

Eu possuo uma bela renda de seis dígitos, e desfruto dos melhores benefícios que o dinheiro pode comprar, e eu sei muito bem que vivo uma vida boa. Só porque eu não vejo tudo como garantido, isso não significa que eu não aproveite com gosto.

Upgrades gratuitos em todos os melhores hotéis? Absolutamente.

O melhor champanhe entregue à minha mesa, sob cortesia do sommelier? Por que não?

A salva-vidas no nosso clube de campo me deixar pegá-la no vestiário durante todo o verão? Claro.

A loira bonita anfitriã do La Chample que quer me fazer um boquete no banheiro antes do meu jantar de negócios? Claro que sim.

Ser rica e bonita tem suas vantagens.

Mas se a Lalisa não aparecer hoje, e se não pudermos chegar a um acordo com os termos deste contrato, a minha riqueza irá sofrer imensamente. Assim como prejudicar os trabalhos e as vidas de seis mil funcionários da Park & Manoban, incluindo uma das minhas pessoas favoritas no planeta, Park Jihyo. Ela é uma mãe solteira de cinco filhos. E se esse negócio for pro espaço, eu só posso imaginar o que aconteceria com alguém como Jihyo. Cristo, eu provavelmente acabaria levando ela e as crianças para a minha cobertura. O que, obviamente, iria colocar uma enorme pausa nos boquetes e champanhe, acima mencionados, que eu gosto de aproveitar regularmente.

Eu tremo só de pensar.

— Eu sei que é pouco convencional, que o contrato é.... — Bambam faz uma pausa e franze a testa. Ele bate com os dedos na mesa, parecendo envergonhado.

Pouco convencional? Porra, pra não dizer coisa pior. Se a situação não fosse tão cruel, eu poderia rir.

Ele e meu pai elaboraram seus testamentos anos atrás, delineando o que aconteceria com seu bebê de bilhões de dólares quando eles morressem. A pilha assustadora de papéis na minha frente explica no jargão jurídico completo que Lalisa e eu vamos herdar a empresa com copropriedade de cinquenta por cento..., mas somente se nós estivermos legalmente casadas.

Com a saúde debilitada de Bambam e a própria empresa sofrendo seis trimestres consecutivos no vermelho, uma reunião de emergência foi convocada na semana passada. Lalisa e eu fomos apresentadas às nossas opções.

Do meu ponto de vista, não havia opções. Havia apenas a coisa certa a fazer. Temos que nos casar para salvar não só os nossos próprios trabalhos, mas o legado de nossos pais e os postos de trabalho de seis mil pessoas em escritórios em Austrália, Seul, San Diego e Tailândia.

Imperfect Love (chaelisa gp)Onde histórias criam vida. Descubra agora