TRINTA E SETE

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Lalisa Manoban Pov.

O baile de gala de caridade está lindo. A melhor e mais saborosa comida está posta em mesas largas ao longo de uma parede do salão de banquetes opulento. Uma banda a rigor toca jazz suave animado no palco montado na outra extremidade.

Por todo enorme salão, centenas de convidados se misturam, riem e dançam. Garçons de camisa branca passam com rapidez entre a multidão com bandejas de prata com canapés e taças de champanhe. As janelas altas para a baía estão abertas, permitindo uma brisa passar no meu vestido preto de noite e tocar minhas costas e os meus ombros descobertos.

E eu não posso desfrutar de nada disso,porque a cláusula do herdeiro ainda está cravada em minha cabeça, lançando uma sombra escura sobre tudo.

Há apenas uma semana atrás, eu teria ficado orgulhosa de passear aqui no braço de Roseanne. E, infelizmente, ela parece devastadoramente linda em seu vestido curto preto. Mas depois do que ela fez, eu não a quero perto de mim. Não quero fingir ser o jovem casal apaixonado, todos os sorrisos e imagem perfeita. Porque eu não posso simplesmente apagar o que eu vi do meu cérebro.

Com um pequeno momento no banheiro jogou fora toda a nossa relação. É quase como se estivéssemos de volta para um quadrado. Antes que eu começasse a conhecê-la, antes que eu a visse como algo mais do que uma de badgirl chata e preguiçosa. Antes que eu (quase) me apaixonasse. Tenho que decidir se posso confiar nela novamente.

E mesmo se eu confiasse nela... o que eu faria? Deixá-la me engravidar? Sacrificar o meu corpo, o meu futuro, em troca de uma empresa que pode acabar se afundando, não importando o que fizermos? Não vou ser forçada a ter um filho. Se e quando eu tiver um bebê, vai ser porque estou pronta para isso. Estou muito longe de acreditar que a pessoa ao meu lado nessas fantasias é Roseanne.

Meus pensamentos sombrios se vão quando Roseanne descansa seu braço em volta da minha cintura, a mão no lado oposto do meu quadril. Fico rígida com seu toque. A linha entre as sobrancelhas aprofunda; ela definitivamente percebeu meu vacilo.

— Meu Deus, gatinha, tenta se soltar.—murmura baixinho.

— Eu ainda estou com raiva de você. — Digo com o canto da minha boca, ainda sorrindo brilhantemente. A tensão por manter a nossa fachada feliz já está afetando meus nervos.

A expressão de Roseanne escurece, apesar de sua tentativa de reprimir a sua carranca.

— Fique com raiva o quanto quiser, só não aja como se estivesse. Temos que fazer isso parecer bem. A última coisa que a empresa precisa é que a mídia comece rumores de que nosso relacionamento é instável.

— Eu sei disso, eu só...

Roseanne me corta.

— Não olhe agora, é o CEO da Acentix Telecom. — Inclina a cabeça para um senhor de cabelos grisalhos caminhando em nossa direção. — Aja naturalmente. Entrelace seus dedos nos meus ou algo assim.

— Eu vou passar. — Sussuro, enquanto o homem cumprimenta Roseanne.

— Roseanne Park, sua filha da mãe. — Ela ri, mais alto do que o necessário, a sala não está tão barulhenta. — Como você está? Esta linda criatura é sua esposa?

Roseanne olha para mim, rápido demais para que alguém veja. Eu sei o que ela está pensando: Por agora, de qualquer maneira. Mas ela responde suavemente.

— Eu estou orgulhosa de dizer que ela é. Lalisa, você já conheceu Lee Minhyuk?

Aceno para o Sr. Lee.

— Sim, em todas as nossas reuniões com clientes com a Acentix. — E, no entanto,este idiota ainda conseguiu me esquecer.

— Ah sim, claro. Como eu poderia esquecer um rosto tão bonito? — Minhyuk pisca para mim.

Imperfect Love (chaelisa gp)Onde histórias criam vida. Descubra agora