QUARENTA E TRÊS

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Lalisa Manoban Pov.

— Em suma, seria para os melhores interesses financeiros do conselho manter Park & Manoban. —Termino sem fôlego, olhando para Roseanne. — Como foi?

— Ótimo. Eu acho que nós temos tudo sob controle. — Ela me dá um sorriso cansado. — Como eu disse depois de nossos dois últimos ensaios.

Eu mordo meu lábio, que já tinha mordido ao longo da noite.

— Devemos ensaiar mais uma vez? Eu não sei se meus argumentos são tão convincentes quanto poderia ser. E talvez eu devesse fazer aqueles slides extras que estava falando anteriormente. Nosso argumento poderia sempre estar forte...

Roseanne estende a mão para apertar meu ombro, tanto para me interromper e para me tranquilizar.

— Gatinha. Acalme-se. Nossa
apresentação é boa. E é uma da manhã, estou exausta e tenho certeza que você também está. Neste ponto, uma boa noite de sono vai fazer mais para ajudar o nosso argumento do que uma centena de gráficos.

— Ok,ok. — Suspiro em derrota. Só a menção da palavra sono desencadeia um bocejo.

— Viu? Deixa eu te levar para a cama.

Sorrio e levanto a minha sobrancelha para ela.

— O que é esse tom? Achei que você queria dormir.

Ela sorri de volta.

— Não se preocupe, vamos dormir. O sexo pode esperar até amanhã à noite, depois que nós arrebentarmos com a nossa apresentação e salvar o mundo.

Outro bocejo interrompe minha risada quando Roseanne me leva para a cama.

[...]

Naquela noite, ainda rindo em triunfo, entramos em nossa cobertura como um casal de universitários que acabaram de se formar.

— Nós fizemos isso! Nós salvamos nossa empresa toda! — Grito em voz alta, pulando de alegria. Mesmo depois de todo o nosso trabalho duro, ainda mal posso acreditar que convencemos o conselho de deixar Park & Manoban viva. Embora com o não cumprimento da cláusula do herdeiro, nós perdemos nossas ações. Ainda temos nosso trabalho como as chefes da empresa. Nós ainda podemos viver o nosso legado, e realmente é tudo o que sempre quis.

— Isso mesmo, nós conseguimos. Estávamos implacáveis lá dentro. — Roseanne me levanta pela cintura e me gira em torno do hall de entrada, me fazendo dar um grito de surpresa e deleite. — E foi a sua ideia brilhante da festa que nos salvou, gatinha.

— Nem tente agir de forma modesta. Eu não poderia ter conseguido aquela montanha horrível de trabalho sem você. — Em jeito de brincadeira dou um tapa em seus ombros, a única parte dela que eu posso chegar nesta posição— Agora, me coloca no chão, assim você pode nos servir alguma bebida.

— Outra grande ideia. Vou abrir uma boa garrafa de champanhe. — Roseanne me coloca no chão, tira a parte de cima de seu terninho feminino, e joga-o sobre o encosto de uma cadeira.

— Você já tem uma gelada? — Pergunto, seguindo-a para a cozinha.

— Na noite passada, eu pensei que se nós ganhássemos, nós iríamos querer celebrar, e se perdêssemos, nós gostaríamos de afogar nossas dores.

— Que voto de confiança. Você deveria ter me dito que tinha certeza que ia ganhar.

Ela dá de ombros, me dando um sorriso torto.

— Sim, mas nós conseguimos, certo?

Eu pego duas taças do armário, enquanto Roseanne pega o champanhe da geladeira e tira a rolha. Há algo mágico sobre o som de uma garrafa de champanhe estourando, parece como uma mini-celebração em si. Roseanne serve ambas as nossas taças cheias até a borda.

Imperfect Love (chaelisa gp)Onde histórias criam vida. Descubra agora