QUATRO

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Lalisa Manoban Pov.

Me conquistar, Roseanne disse. Mulher de verdade.

Não há nada de verdadeiro nisso. Ela pode chamar de período de teste de namoro se quiser, mas meu único objetivo é garantir que daremos certo como co-CEOs. Não há necessidade de confundir as coisas misturando amor ou sexo, não importa o quão perigosamente atraente ela seja. Mas eu tenho perguntas que precisam de respostas.

Por exemplo, porque ela me levou pro departamento de correspondências hoje? Ela praticamente me arrastou lá pra baixo. Independente de qual seja o motivo, é importante pra ela. Seria pra me dar um choque de realidade e lembrar que eu não sou a única com problemas por aqui, e portanto, eu deveria parar de choramingar? Ou apenas pra me mostrar seu lado "fofa e calorosa"?

Se foi esse seu objetivo, funcionou. Tenho que admitir que Jihyo e Roseanne são adoráveis juntas. Quase como mãe e filha. A pessoa mais impassível na Terra, sorriria ao ver o afeto que existe entre elas. E não é como se eu pensasse que falta integridade ou bondade em Roseanne, falta apenas um pouco de autodisciplina. Eu tenho muitas razões para acreditar que estar próxima a ela não será tão ruim.

Mas mesmo que eu pudesse arriscar palpites durante todo o dia, quero ouvir a explicação de Roseanne com suas próprias palavras. E, de todo jeito, já passou da hora de uma mudança de assunto.

— Por que você me apresentou a Jihyo? — Pergunto.

— Para mostrar o que está em jogo.

Apesar de ter antecipado isso, seu tom angelical faz meu lábio se curvar.

— Como se eu não tivesse noção do quão grave é a nossa situação. Esse é o objetivo desse período de teste, ver se nós podemos trabalhar juntas antes de nos tornarmos oficialmente uma equipe. Estou fazendo o meu melhor para me tornar sua amiga, então...

Ela inclina a cabeça com um meio sorriso.

Amiga? Estou mirando um pouco mais alto.

Certo, eu nem imaginava! Como se ela não tentasse conduzir a conversa para sexo o tempo todo.

Eu levanto uma sobrancelha com ceticismo.

— Amizade é tudo o que precisamos para fazer isso funcionar. E nós estamos praticamente começando do zero.... Poderíamos dizer que somos conhecidas, na melhor das hipóteses. Você não acha que está sendo um pouco ambiciosa demais?

— Não —, ela responde, seu sorriso arrogante firmemente no lugar.

Eu reviro meus olhos.

— Uau. Sua arrogância realmente não tem limites.

— Quando você realmente acredita em alguma coisa. — Seu sorriso lascivo cheio de intenções. — Então não é arrogância. Apenas confiança.

— O que faz você pensar que eu iria querer algo a mais com você? Você não é exatamente o meu tipo.

Eu esperava que ela me desse um olhar descrente, ou que apenas fizesse alguma leve sugestão. O que eu definitivamente não esperava era...

Porque eu tenho um pau de vinte e dois centímetros.

Eu quase sufoco com meu Martini pela terceira vez. Eu cuspo.

— E esse número deveria me impressionar? — Será que ela, de verdade, espera que eu acredite nesse tipo de besteira de estrela pornô?

— É verdade—, ela ronrona, inclinando-se um pouco mais perto. — E eu sei como usá-lo. Juntamente com a minha língua, minhas mãos... basta perguntar a qualquer mulher com quem eu estive.

— Me poupe dos detalhes. Você fodeu metade da cidade de Nova Iorque. Estou disposta a acreditar que você aprendeu alguma coisa fazendo isso.

— Primeiro, eu não fodi metade de Nova Iorque. Acredite ou não, eu sou muito seletiva. Em segundo lugar, em vez de acreditar em mim, porque não vê por si mesma?

Dou um olhar cético.

— Você quer me mostrar seu pau?

— Se isso for ajudar a te convencer. — Ela vira as últimas gotas de seu Manhattan e se levanta. —Vem, vamos.

Eu fico olhando enquanto ela se afasta. Ela está falando sério? Ela vai simplesmente botar o pau pra fora das calças? Eu olho em volta para ver se alguém está me observando, então eu levanto e o sigo até o corredor atrás do bar, perto dos banheiros, incapaz de compreender por que diabos eu estou participando disso. Isso é ridículo.

Uma vez que estamos em segurança em um canto privado, Roseanne desfaz o botão, abre o zíper da calça... e tira uma mangueira de incêndio, porra.

Santa madre de Dios. Minhas mãos voam para a minha boca. Quero ofegar de choque, mas de jeito nenhum eu daria esse prazer

Ela estava certa. Seu pau é no mínimo enorme, e ainda nem está totalmente duro. Vinte e dois centímetros é quase modéstia da parte dela, se isso for uma prévia do tamanho que ficará quando estiver duro. Ela deve destruir os egos dos homens cada vez que entram nesse assunto. E eu não quero nem pensar no que ela destrói nas mulheres.

— Meh. Já vi maiores — Eu me forço a dizer, lutando para manter a compostura.

Roseanne ri.

— Eu acho que não, gatinha.

— Bem, e-e-esse monstro nem mesmo se aproximará do meu útero. Não, obrigada. Eu prefiro manter meus órgãos intactos.

O sorriso de Roseanne se alarga.

— Eu duvido, mas só pra garantir, eu vou bem devagar com você, ta bom? Além disso, você tem um bom seguro de saúde, certo?
                                                                                                                                                                                                    — Isso não é engraçado, Roseanne. Agora, guarde essa coisa ou eu vou arrancar fora.

Tento parecer firme, mas minha voz trêmula e minhas bochechas vermelhas certamente me entregam. Por que diabos não consigo parar de olhar?

Ela ri, oh sim, a idiota definitivamente não caiu nessa, mas ela atende ao meu pedido, colocando o animal de volta na casinha. Me surpreendo como aquilo tudo mal chama atenção em suas roupas, não importa se ela esta de calça, vestido, shorts...

Eu tento me recompor quando nós voltamos para o bar. Uma vez sentadas, tão friamente quanto eu posso, digo:

— Isso não muda minha opinião, sabe.

— Sério? Nem um pouco? — Ela levanta as sobrancelhas.

É claro que o pau dela deixou uma boa impressão. Como não deixaria? Mas eu vou ser amaldiçoada se eu acariciar seu... ego mais do que já fiz.

— Olha, toda essa coisa de namoro é só para provar que podemos viver e trabalhar juntas. Você não precisa fazer mais que isso.

— Mas e se eu quiser?

— Roseanne...

— Você estaria, pelo menos, disposta a tentar? Poderíamos começar bem devagar. Definir limites rigorosos. Como, por exemplo...— Ela acena com a mão vagamente. — Sem toques, apenas beijos.

— Uma experiência dentro do período de experiência... — Eu digo devagar, saboreando a ideia. Eu estou um pouco cética, mas acho que não faria mal me divertir um pouco. Sempre posso parar se ficar decepcionada.

— Exatamente. Vamos apenas testar o terreno. Nós podemos fingir que estamos de volta ao ensino médio ou algo assim.

Bebo um gole da minha bebida, considerando. Então eu respondo:

— Vou pensar sobre isso.

Imperfect Love (chaelisa gp)Onde histórias criam vida. Descubra agora