Imperfect Love (chaelisa gp)

VINTE E SETE

Roseanne Park Pov.

O que aconteceu na noite passada? Eu passei horas me convencendo que seria bom um pouco de sexo, e foi a Roseanne que amarelou na hora H? Inacreditável. A mulher não para de flertar comigo nem por um minuto, não para de falar sobre o quão incrível ela é na cama, mas quando chegou a hora de usar tudo o que saiu da sua boca... nem a própria boca ela foi capaz de usar.

E eu não posso nem perguntar a Roseanne sobre isso, porque eu não consegui encontrá-la. Acordei de cara com uma cama vazia, sem nenhum sinal da minha mulher em qualquer lugar do apartamento. Ela não estava em seu escritório quando cheguei no trabalho também.

Eu passei o dia inteiro tentando pegá-la sozinha. Ela não responde a nenhuma das minhas ligações, mensagens ou e-mails, e sua secretária continua dizendo "puxa, que azar, se você passasse há 2 minutinhos atrás pegaria ela aqui" toda vez que eu passo por sua mesa.

Será que foi realmente falta de sorte minha? A sua agenda estar abarrotada hoje é só uma coincidência irritante? Ou... ela está me evitando de propósito?

Eu afasto a pequena voz na parte de trás da minha cabeça que sussurra: Ela mudou de ideia sobre você. Ela finalmente voltou a si, percebeu o grande erro que essa relação representa. Ela lamenta tudo. Ela não quer te tocar ou até mesmo falar com você. Esses pensamentos venenosos me lembram meu relacionamento com Sehun, e eu definitivamente nunca mais vou voltar ao estado sombrio que fiquei por conta daquele cara.

Mas Deus, eu ainda estou tão confusa e frustrada. Eu estava pronta pra enfrentar os meus problemas sexuais, e então ela deu pra trás no último segundo possível.

Droga, eu me recuso a deixar o meu esforço emocional ir pro lixo. Eu vou ser corajosa e transar com essa mulher nem que seja a última coisa que eu faça. Mas primeiro vou descobrir por que Roseanne de repente abandonou o barco na noite passada. E se eu não conseguir rastrear a bonita no trabalho, vou apenas encurralá-la essa noite. Ela tem que voltar pra casa em algum momento, né?

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Quando estou no escritório dobrando uma folha de papel na coisa mais parecida com um boneco de vodu que eu consigo reproduzir, e me preparando pra esfaqueá-lo repetidamente entre as pernas, Jisoo entra no meu escritório.

— Hey, e ai? Ta fazendo o que? — Pergunto quando ela desliza para a cadeira em frente à minha mesa.

— Nada demais. — Ela encolhe os ombros. — Eu queria ver se você quer sair pra almoçar mais cedo comigo.

Olho pro relógio e vejo que são apenas 11:30, mas sim, sair do prédio e fugir dessa rejeição queimando em minhas veias é exatamente o que eu preciso.

— Eu comeria cocô de cachorro agora se isso significasse que tenho uma hora de clube da luluzinha com você.

A Expressão alegre de Jisoo cai.

— Bem, eu não tô nem um pouco interessada em comer bosta de cachorro, então por que você não me conta o que aconteceu, Lis?

Eu suspiro e me levanto.

— Eu vou contar tudo durante o almoço.

E eu conto cada detalhe. Com tiras de frango e batatas fritas (nenhuma comida conforta mais do que qualquer coisa frita mergulhado em quantidades generosas de molho ranch), eu coloquei tudo sobre a mesa. Toda a minha bagagem. Toda a dor, mágoa e dúvida que Roseanne me causou na noite passada.