Ensina-me

4. O dia D

Eu passei a sexta-feira cuidando de mim, me preparando para o que viria na quarta.  Depilação e unha, hidratação e escova, limpeza de pele... Até Kate achou engraçado toda aquela preocupação, mas, de alguma forma eu queria agradar ao Kaio. A ansiedade por fazer algo e agradar ao irmão da minha amiga chegou ao ponto de me fazer perder o sono.

_Eu não acredito que você passou maquiagem para ver o meu irmão! - Kate caçoa outra vez, ela está caçoando de mim desde de que mandei mensagem no grupo reclamando no quando foi dolorido depilar certas partes do meu corpo. - sinceramente eu não consigo entender, ele já cansou de te ver, sabe como você até sem roupa.

_Seu irmão nunca viu nua! - essa é uma reclamação e uma meia verdade.

_ Mas já viu de biquíni. A diferença é muito pouco!

_Não é não! - volto a reclamar.

_Tenho que concordar com a Sam, é bem diferente... - Tati me defende. - E não é porque ela vai transar com seu irmão que tem ficar de qualquer jeito. Ela tem que ser arrumar para agradar a si mesma e se sentir segura na hora.

_Obrigado Tati. - agradeço com um grande sorriso.

Ouvimos a buzina do lado do lado de fora da minha casa e todo o meu corpo se arrepiou junto com a geleira que se formou no meu estômago. Caminhei junto com as meninas até o carro do Kaio, as duas traidoras entraram no banco de trás me fazendo encarar os grandes olhos castanhos cedo de mais.

O trajeto até o shopping foi feito com as piadinhas das meninas, vez ou outra Júnior sorria ou me olhava de lado. Ele respondeu uma ou duas vezes, quando as meninas desceram eu pude finalmente respirar aliviada por não ter que passar por mais constrangimento.

_Tem certeza que quer continuar? - me assusto com a voz masculina ao meu lado.

_Absoluta! - respondo com convicção.

_ Você parece nervosa. - ele pontua. - pode desistir se não estiver certa disso.

_ Kaio eu tenho certeza absoluta. A menos que VOCÊ queira desistir, se não liga esse carro e vamos logo.

Ele não me responde, só liga o carro e dirige em silêncio. O rock internacional que toca baixo no carro é o único som que se ouve. Eu pensei que ele fosse me levar para um Motel até o momento em o  barulho do portão da casa dele se abre.

_Acho que um ambiente em que nós dois conhecemos é mais confortável. - Kaio se explica, eu apenas aceno e o sigo casa a dentro até que ele nos tranca em seu quarto.

É exatamente nesse momento que toda minha segurança se vai, enquanto eu tento fingir segurança.

_Você prefere que eu tire a roupa ou você quer fazer isso? - nem sei de onde tirei coragem para perguntar, também não faço a menor ideia do que fazer.

_Acho que eu posso te beijar e deixamos as coisas fluírem para ver o que acontece. - Júnior me dá o seu sorriso matador, daqueles que as garotas se derretem e as calcinhas caem, e eu? Faço igual a elas porque não sou imune ao charme dele.

O toque dos lábios dele nos meus é suave, sua língua quente pede passagem e eu dou. Permanecemos com beijos suaves e mãos delicadas que tocam a minha pele por baixo do tecido fino da camisa. Nem sei quando vim parar encostada na parede.

Mordo de leve o lábio inferior de Kaio puxando delicadamente. Sorrio divertida com o gemido que ele deixa escapar, passo meus lábios por seu queijo e pescoço deixando algumas mordidas leves, é suave e quase inocente. Pelo menos pra mim. Quando ficamos na virada alguns anos atrás tinha muito mais fogo que agora.

Os lábios de Kaio procuram os meus e agora o beijos é real. Cheio de posse e fogo. Meu corpo inteiro se aquece, é rápido em momento estou vestida em outro sem a camisa sobre a cômoda e com ele entre minhas pernas.

Só percebo que estou sem sutiã quando meus seios tocam a pele nua do Júnior. Antes de chegar a cama a saia diz adeus ao meu corpo. Rolamos algumas vezes na cama entre beijos e toques muito íntimos que estimulam uma parte intocada do meu corpo me deixando molhada e ainda mais quente.

Me ergo a tempo de ver o rosto dele se afundar entre as minhas pernas e eu perder completamente a voz.