Bônus

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Gregório

Olho confuso para Samara. Ela dá alguns passos para trás os olhos perdidos. Eu chamei o nome dela, mas ela não respondeu. Procuro os olhos da minha mãe que tem seus olhos presos na minha noiva.

O que está acontecendo!

Samara puxa ar para dentro como se não conseguisse respirar e desaba antes que consiga chegar até ela. Só então percebo que os olhos de todos estavam em nós. Suspiros surpresos e um grito agudo soam pelo lugar.

_Samara? - me jogo no chão ao lado dela quando meu tio aparece de algum lugar se ajoelhando ao nosso lado.

_Lilan pega a maleta azul no carro, Dara liga para a ambulância. O que aconteceu? - ele me pergunta e eu tento assimilar o que ele me disse e pensar em algo. - Gregório olha aqui meu tio diz apontando para seu rosto, tem alguma coisa que possa ter causado o desmaio da sua namorada?

_Ela está grávida! - minha sogra responde ajoelhada ao lado.

Merda!

Eu desconfiei, desconfiei que ela estivesse grávida durante tinha um tempo. Até que vi uma mensagem de agendamento no celular dela. Eu não costumo nem pegar no celular da minha mulher, mesmo sabendo a senha eu não mexo.

Uma mensagem de texto com o assunto "Importante" me chamou a atenção por isso abri e fui olhar, era uma mensagem da clínica avisando do teste de BHCG, no dia posterior. Ela teria me contado se o exame desse positivo, porque Samara me esconderia uma coisa dessas?

Porque o filho pode não ser meu! - minha mente grita e eu sinto um embrulho no estômago.

_Tem uma ambulância a caminho, ela está grávida Wando. - minha mãe diz e me olha - Ela ia te esperar o enterro do seu avô...

Então tudo vem a minha mente, no dia que Samara foi fazer o exame eu liguei pela manhã contando que meu avô tinha passado mal, passamos aquela noite no hospital, no dia seguinte pela manhã ela vomitou todo o lanche e quando perguntei ela só disse alguma do tipo " vamos esperar o vovô melhorar, podemos conversar depois." Meu avô morreu...

Me sinto culpado, pelo pensando cruel que passou pela minha mente a respeito da minha noiva, enquanto ela estava sendo altruísta. Que mente covarde!

Aceno para minha mãe quando um paramédico chega.

_A pressão dela está nove por seis. Meu tio instrui o paramédico que começa a aferir a pressão da minha mulher. - ela está grávida de uns dois meses...

Eles a colocam na maca e eu acompanho. Ouço minha mãe dizendo que irá de carro. O grupo da família começa pipocar de mensagem, todos querem saber como ela está.

As horas no hospital parecem não passar, estou aflito e com medo.

_Familia da Samara...

_Sou eu. - me ergo tremendo e só então vejo que tem outras pessoas aqui.

_O que você é... vocês são!?

_Noivo.

_Mãe.

_Sogra

_Pai

_Ok. Ela está bem, o bebê está bem. - suspiros de alívio é tudo que eu ouço - Samara tem uma anemia considerável...

_Foi por isso que ela desmaiou? - pergunto sentindo o remorso me consumir.

_Pode ser... Aparentemente ela está muito cansada, vai precisar de muito repouso, sem dúvida. Pode ir vê-la se quiser, ela já está no quarto.

_Eu também? - minha sogra pergunta.

_Ela está dormindo e é melhor que fique assim... Por isso, o melhor é um de cada vez e alguém para ficar com ela durante a noite.

_Pode ir dona Zélia eu passo a noite com ela no quarto.

_Sabe que apesar de ter dito uma besteira enorme o desmaio da Samara não foi de todo sua culpa. E agora você tem que fazer tudo certo e não ficar se culpando. - minha mãe diz me olhando seria.

_Sim senhora.

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