Ensina-me

34. Um encontro de pais.

Nossos pais conversam a mesa e eu tento me manter calma. Primeiro porque meu pai quase teve um surto quando eu disse que estava namorando o filho do governador. Não que fossemos pobre  morávamos em um dos melhores bairros da cidade.

Acontece que o Gregório mora no Condomínio mais caro onde casas como a minha parecem humildes casabres, ele só é filho do governador, só fala três línguas diferentes e só está fazendo uma segunda graduação sabe-se lá porque.

Essa diferença de posição social é quase gritante, me sinto uma Maria do Bairro as vezes. Talvez seja exatamente assim que meus pais se sentiram quando entraram pela grande porta de madeira.

_Relaxa. - Gregui diz ao meu ouvido.

Estou apavorada! Tenho medo dos meus pais não gostarem dos pais de Gregui, medo dos meus pais não gostarem do meu namorado, medo da família do meu namorado não gostar da minha família e medo do Gregório não gostar dos meus pais. Parece um motivo idiota para sentir medo mas, não é.

_ Você está suando e tremendo.

Tendo sorrir e tudo que sai é uma careta estranha, um grande e acolhedor sorriso se abre nos lábios dele. Os olhos meigos e compreensivos causam algum sentimento em mim. É estranho e novo.

Só quero que dê certo...

...

_Você estava suando frio acho que isso não é muito normal. - Gregui dá ombros.

Tem uma semana que nossos pais se encontraram e deu tudo certo, todos se gostaram, inclusive meu pai vai fazer algum trabalho para o governo que segundo ele vai fazer a empresa crescer.

_Eu estava com medo de que algo desse errado. Não pode culpar!

Estamos deitados sobre uma espécie de tapete grosso no meio da plantação de uvas é feriado e viemos passar uns dias no Sul onde o cultivo dessa fruta é comum. Meu namorado me fez o convite desse passeio romântico e eu aceitei.

_Não deu nada errado. Somos uma família normal assim como a sua. Quer dizer minha mãe teve quatro filhos, isso não e muito normal. - ele tem essa mania de criticar a mãe pela quantidade de filhos, acho que é só puro ciúmes.

_Não é você ter três irmãos que te faz diferente, minha mãe não quis mais filhos, já a sua adora crianças! Não consigo acreditar que ela criou vocês quatro sem uma babá. Eu sou tipo uma fã dela.

_Minha mãe é um exemplo, também não sei como ela consegue fazer tantas coisas. Com quatro filhos.

_Na verdade só dois o Gui e a Agaia, você e o Guto são dois marmanjos criados já.

_Você é uma péssima namorada! - ele me crítica de brincadeira.

_Sou o melhor partido de todo estado. - devolvo. - não vai achar nada melhor do que eu.

_Com certeza você é. - tem quase cinco meses que estamos em algum tipo de paquera e apesar de viajarmos juntos cada um tem seu quarto. Porque ele respeita isso sem fazer nenhum tipo de pressão séria, acho que é mais algum tipo de brincadeira. - Você é linda de mais! Quase uma covardia...

Sinto seus beijos por meu pescoço e procuro seus lábios para beija-lo longamente. Não é algo quente ou desesperador é suave, sou eu a procurar por mais a trazê-lo para cima do meu corpo sou eu a colocar mais calor e urgência ao contato.

Uma de mãos explora preguiçosamente minha coxa direita subindo de vagar. Eu quero que ele saiba que não é mais um amasso, eu quero mais. Procuro a barra da sua camisa para tira-la.

_Samara... - ele avisa, não ligo tiro blusa e busco os botões da calça de brim. - Sam... - ele engole seco assim que eu o toco.

Não houve a pergunta do tipo "tem certeza" ou "aqui no chão?", acho que ele queria àquilo muito mais que eu porque Gregório se preocupa com sua imagem mas, dessa vez o seu corpo falou algo.

Nossos gemidos atravessam a plantação, sorte que estamos alguns equitares de distância. Não dura muito tempo mas é prazeroso.

_Voce me leva a loucura, alguém poderia ter nos visto. - ele resmunga vestindo a camisa. - Tenho um sorriso no meu rosto não tem como explicar me sinto livre de alguma forma. - Eu estou muito ferrado com você não é!? Vai me pegar pela mão e me arrastar para essas loucuras. - não respondo, ainda estou com o nosso momento na mente e repassando cada pequeno pequeno pedaço. - o problema é que eu descobri que gosto. - ele diz por fim, me fazendo sorrir ainda mais.