TRINTA E QUATRO

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A verdade está escondida em seus olhos
E está na ponta da sua língua
Simplesmente fervendo no meu sangue
Mas você pensa que eu não consigo ver
Que tipo de homem você é?

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Arya franziu a testa, transtornada com que acabara de escutar da boca de Peter Parker, e se juntou completamente ao corpo de Parker, abraçando seu corpo, que parecia tão frágil naquele momento. Ela olhou novamente para o garoto, e tomou seu rosto nas mãos.

— O que foi, meu amor? Você fez o quê um Herói deve fazer, não é?

Parker engoliu seco.

Amor.

Ele se juntou mais a ela, aninhando seu rosto no conforto de seus seios. Dentro casa dos Green's se instalavam tantas questões, e ele sabia que deveria contar a verdade para ela, ela deveria saber que foi Phill que causou aquilo nele. Ele podia sentir em suas veias o parasita se retrair, mesmo que em seu corpo no momento não houvesse nenhum uniforme, só sua pele nua. Aquilo era apenas um reflexo. Mas de fato, curiosamente o uniforme nunca largava dele, Peter estava começando a perceber que aquilo não era apenas somente um parasita, tinha vida própria. E talvez, o estivesse poupando de toda a energia que ele lhe forneceu nos últimos dias. Ele então, tornou a olhar para ela, que parecia aflita e com razão, talvez. Peter sabia que naquele instante, não estava agindo como um cara normal.

— E-eu acho que preciso de ajuda.

— Não precisa se desculpar... Não imagino como deve ser viver na sua cabeça vinte horas por dia, deve ser uma merda. Mas você tem que saber que você pode contar comigo. Eu sou sua ...a pessoa que vai sempre tentar entender você! —  após confessar aquilo, ela fechou seus olhos cheia de vergonha e pôs as mãos no rosto, resmungando — Que saco, eu sou péssima nisso! Mas somos como namorados, ou o nome que você me escolher me chamar.

Peter riu, com visão de cima do rosto dela, o que deixava tudo mais engraçado.

— Eu juro que entendi tudo. — ele respondeu sorrindo para ela, numa forma de tentar tranquilizá-la. — Confesso, que não estou acostumado ainda com esse lado romântico seu. É novo para mim, sabe?

— Você sabe que eu não sou garota para você... Vive zoando meu lado romântico — ela riu, desviando seu olhar para a janela á sua frente — Mas sabe de uma coisa ? Eu estou tentando o meu melhor, Peter. Nem sempre somos a imagem construímos lá fora, somos um universo. E talvez... A gente realmente não combine.

— E nem eu pra você, não sirvo para me comprometer com alguém. Eu sempre vou ser um perigo... E seria egoísta se não me importasse com isso.

— Se te serve te consolo, eu também sou considerada um perigo. Foram tantas vezes sendo rotulada como má influéncia, que eu comecei a acreditar. Daí ao invés de continuar sendo a vítima, eu fui lá e arranjei vítimas. Me arrependo amargamente dos meus quatorze anos.

Arabella tinha as mãos encostadas no cabelo de Parker, e naquele instante tão intímo, deu um sorriso carregado de sentimentos, talvez a palavra que o descrevesse naquele momento fosse íntimo. Ela sentia a respiração quente do amante bater contra sua pele exposta, trazendo-lhe arrepios gostosos, enquanto mãos firmes apertavam sua cintura. Peter beijou seu pescoço e foi distribuindo uma linha de beijos abaixo deles, quase chegando aos peitos, e foi quando ela pediu para que ele parasse.

— A gente sempre vai ser assim, um sempre tendo o poder de causar problemas com o outro. Talvez nossa história seja guiada por essa perspectiva... — ela disse procurando pelo pulso dele,  e encontrado atrás das costas dela. Quando o pegou, um dos seus dedos finos tocou no fio vermelho delicadamente amarrado, ela sorriu. —  Nós estamos destinados a nos encontrar, somente nos encontrar Peter.

REPUTATION | SPIDER MANOnde histórias criam vida. Descubra agora