Fazia pouco tempo desde que Arya havia entrado naquele carro a força, devia ser mais que duas horas da manhã, mas tudo parecia passar tâo lentamente enquanto encarava a janela do carro, e depois olhando de relance, percebeu seu pai tão tranquilo mesmo que tivesse o olhar dado a frieza e os lábios apertado fossem a única coisa que conseguia enxergar em Phill enquanto ele dirigia, as estradas pareciam intermináveis assim como suas dúvidas. Ela sentia que desconhecia ele, mas ao mesmo tempo algo a impedia de se impressionar.
— Porque você fez isso? — ela enfim perguntou, vendo Phill não se desprender do volante, enquanto se mantinha concentrado nas ruas, ele a olhou de relance. Parecia um momento vantajoso para ela, eles estavam próximos e poderia desfrutar dos minutos para se ter uma noção do que havia realmente acontecido. — Porquê?! — ela foi insistente, levantando um pouco a voz e erguendo seu corpo para frente de Phill, mas que quase foi atirado para fora do carro após aquela pergunta, quase determinante para que Phill repentinamente pisasse no freio.
Bela vantagem, ela pensou sarcasticamente.
— Você tem certeza de que não sabe a resposta? — Phill disse calmamente, como se não tivesse quase causado um acidente que pudesse ter custado a vida da sua filha e a dele junto. Aria negou e o viu sorrir ironicamente. — Você filha. Quem mais me motivaria tanto a tal loucura?
Ela era sua motivação. Como não havia pensado nisso? Ela pensou abismada. Phill era alguém tão preso ao status social, a imagem que ele precisava passar, o fato de que ele sempre tentava desaparecer a todo custo com os problemas que ela arranjava por aí, mas dessa vez como ele sumiria com o problema, se o afetado era ele mesmo? O enxergariam como um homem passivo que deixou a própria filha o humilhar de uma maneira completamente ridícula. Então, só arranjando outro culpado, ainda por cima, criar uma história dramática por cima disso.
-- Dessa vez você passou dos limites.
— Foi eu, eu que te fiz fazer tal coisa. — constatou ela, encarando o pai com desprezo. Ela estava enojada, nunca foi uma garota santa imaculada, fez coisas horríveis, humilhou, desprezou e principalmente, ela costumava sentir prazer em zombar dos outros, e sentir-se sobretudo acima deles. Mas só agora percebeu o quanto foi uma réplica do pai durante anos, pois o que ele fez foi pelo seu próprio benefício e era o quê ela costumava fazer no seu passado bem recente, não tinha menos que dois anos... Naquele instante ela não sabia se ficava mais enojada com ela mesma, ou com seu próprio pai.
— Não sabia que eu te importava tanto, achava que só o seu trabalho significava. Impressionada.
— Você transformou a aparência do lugar que eu mais amo na vida em algo horrendo, deseja que eu faça o quê, bata palmas?
— Então eu o afetei tanto, ao ponto de arranjar outra cabeça para culpar? Belo homem. — Arabella bateu palmas, sarcasticamente e de relance percebendo a rua que estavam era extremamente deserta. Chegava a ser assustadora. Phill não se importava nem um pouco.
— Eu fiz isso ... Porque não suporto seus mimos Arabella, você vê Norman Osborn sendo ofuscado pelo comportamento do filho? — ele a encarou, e sentiu-se satisfeito, o rosto da filha lhe respondia tudo. Não.
— Então, eu fiz o quê devia fazer.
— Transformando um inocente em culpado? — ela replicou, olhando-o friamente.
Aquilo surpreendeu Phill, a garota não se importava com quase ninguém.
Ele então riu. Um riso contido de desprezo, afetando justamente Arya, que insistia em manter sua bandeira protegendo-a de sua fragilidade.
— Isso implica com você também, Arabella? Já refletiu que possa ter feito o mesmo? — ela o encarou espantada, Phill a olhava com satisfação e prazer, pois conseguiu deixá-la sem argumentos.
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REPUTATION | SPIDER MAN
أدب الهواة❝A terceira lei de Newton, explica que o princípio da ação e reação afirma que se um determinado ponto material A, exerce uma força sobre um outro ponto material B, então B exercerá sobre A uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido co...