Se eu estou morta para você, por que você está no velório?
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AVISO, GATILHOS: ESTE CAPÍTULO CONTERÁ CENAS COM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
Aquilo estava acontecendo de novo, pensou atordoada, enquanto tentava se apoiar em algum lugar, sentindo que o mundo parecia despencar sobre os seus olhos, enquanto as poucas pessoas que passavam por aquela rua se comportavam como se nada estivesse acontecendo em seus mundos, como se a garota louca não estivesse gritando em desespero, e sem nenhum pudor em local público. Mas para Arabella pouco importava, pois na sua mente estava acontecendo um terremoto, e sua cabeça doía como se fosse na primeira vez, assim como de novo vozes ecoavam na sua mente. Ela apenas fechou os olhos, tentando reconhecer as vozes, e deixou seu corpo amo vilecer e cair sobre o chão.
Quando tornou a abrir os olhos, já não estava mais naquela rua. Ela estava estirada no chão, de bariga para baixo, enquanto sentia a grama verde pinicar sua pele, o dia lá era particularmente nublado e frio, e não parecia em nada com nenhum lugar de Nova York. Mesmo com um pouco de tontura, ela se esforçou e conseguiu se sentar, olhando o lugar a sua volta, ela estava em uma floresta. A garota respirou fundo, engolindo seco. Estava assustada demais.
— Porquê eu estou aqui, se essa merda só funciona se eu pressionar a bússola? — perguntou-se a si mesma, confusa e se levantou, pensando que teria que explorar o lugar.
O medo de se perder era forte.
Mas aquele era um lugar silencioso, e quanto mais caminhava a procura de um motivo para estar ali, ela conseguia perceber que havia um conjunto pequeno de vozes se aproximando dela. Ficou com medo de ser obrigada a presenciar mais uma cena de assassinato, ou coisa parecisa, porquê só aquela que viveu na outra viagem foi protagonista de todos os seus pesadelos por dias. Mas quando viu, percebeu que estava em um cemitério. Uma brisa forte de frieza arrepiou o corpo de Arabella, que estava caminhando sem destino no momento em busca de um objetivo de porquê ela estava ali. Ela interrompeu seus passos quando viu duas pessoas, que fizeram seu coração pulsar dentro do seu peito.
Um senhor branco, de no minímo 70 e poucos anos consolava um jovem garoto pálido, e com rosto inchado de tanto chorar. Ele parecia tão vunerável, e ingênuo, uma alma que ainda não havia sido corrompida pelo tempo.
— Oh, Meu deus! Pai! — Arabella se obrigou a tapar sua boca com as mãos para abafar o som de sua voz.
Ela parou em frente á uma lápide aleatória e abraçou seu corpo com seus braços, tentando parecer despercebida. Mas era impossível evitar não olhar para eles. Phill estava na flor de sua idade, vestia um terno possivelmente caro, e seu cabelo liso escorrido não mudara nada conforme os anos. Mas seu semblante... Ele não era duro e frio como era acostumada a ver, era um semblante jovem e com um certo brilho, que naquele dia cinzento, parecia estar se esvaindo de seus olhos castanhos.
— Phillip, agora você está sozinho. — O tio idoso diz, pousando a mão no ombro do garoto de 17 anos. Phill olha para o velho, transtornado e se afasta abruptamente, parecendo respirar fundo em busca de fôlego.
— Como você pode ser tão frio? Minha mãe acabou de falecer! — o garoto protesta, enojado, enquanto seca os olhos marejados.
— São momentos como este, desproporcionais a realidade pueril da infância, que moldam o coração e a mente de um homem. Ou você acha que seu pai irá retornar da guerra? Você está sozinho, rapaz.
— Bem... eu tenho você como parte da minha família, e tenho Cláire. Sua teoria é furada. — Phill discorda enfiando as mãos nos bolsos da calça, e o tio ri como se tivesse ouvido uma piada muito bem construída. — Porquê diabos isso é engraçado, você é louco?
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REPUTATION | SPIDER MAN
Fanfiction❝A terceira lei de Newton, explica que o princípio da ação e reação afirma que se um determinado ponto material A, exerce uma força sobre um outro ponto material B, então B exercerá sobre A uma força de mesma intensidade, mesma direção e sentido co...