QUARENTA E TRÊS

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Aos vinte e cinco anos e ainda viva
Muito além das expectativas para um homem
Aos vinte e cinco, toda esperança morre
E o cálice das minhas intenções vira areia
E se desfaz na minha mão

Aos vinte e cinco anos e ainda vivaMuito além das expectativas para um homemAos vinte e cinco, toda esperança morreE o cálice das minhas intenções vira areiaE se desfaz na minha mão

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Mason Brock estava parado bem na sua frente.

Seu passado retornando novamente, e se ramificando com um presente destroçado. Arabella saiu dos trilhos que costumava andar quando tinha quinze anos, mas ela se enviou à caminhos que uma mimada como ela nunca se envolveria. Ela viu a morte com os próprios olhos, descobriu uma espécie de fantasia quase alucinógena que era sua guia no novo mundo que ela estava descobrindo, e piscou os olhos, ela havia se tornado uma vitíma, mas também uma das únicas que se atreveu a puxar um gatilho. Viu suas próprias mãos se tingirem de escarlate, respingando como se fossem seu prêmio. Enquanto isso, dentro de sua própria mente praticamente danificada, ela já não se entendia mais. Seu objetivo era crescer e evoluir, tudo que alguém que deseja uma tentativa de redenção deseja.

— Saia de perto de mim. Agora. — ela disse, a voz soando baixa e carregada de uma seriedade dominante.

O rapaz moreno sorriu provocativo, se fastando de seu pequeno grupo de amigos, que apenas observavam a conversa curta dos dois, Arya abaixou o olhar e o viu retirar uma faca do bolso. Ela sobre um ato de defesa, andou para trás bruscamente.

— Virou um garoto de rua mesmo? Assumiu mesmo essa posição, Mason? Você era o melhor aluno do nosso colégio... — ela lamentou, levantando suas mãos em uma tentativa de enviar uma mensagem de paz. — Você ainda pode ser.

— Veja só, galera.  — Mason virou para trás, dizendo tudo com um ar de deboche. — Já posso andar por como o dono do mundo. — Seus olhos, de um um tom castanho quase preto, encaravam ela fixamente enquanto transmitiam todo seu ódio pela garota rica que destruiu sua vida. —  Garota... eu não posso ser porra nenhuma! Eu, eu... Eu perdi a minha irmã! Seu pai é o maior responsável, ele a tornou seu rato de laboratório. Ele mentiu para nós, dizendo que seu câncer iria sarar igual um arranhão de joelho, mas ela está aqui?! Não está.   E você, a filha, poderia ser apenas a filha ignorante dele, que teve a infelicidade de ter um  diabo de pai, mas preferiu fazer a vida da minha irmã um inferno!  Então, agora você quer mesmo me dar a lição de moral de que eu deveria ser um bom garoto?  Sério garota? Você é uma puta mesmo.

Enquanto Mason Brock fazia seu pequeno discurso, Arabella buscava pela sua pistola. Ela ouvia tudo, consciente da verdade, se contorcendo dentro de si mesma, permitindo-se sentir a dor do remorso, a de uma culpa imensurável.

Ela ergueu a pistola, seu olhar não poderia estar mais duro, perante aquele garoto. Os papéis estavam mudados, ela era a porra da vitíma agora. Ele tentou matá-la. Mas ela sabia de uma coisa bem significativa de sua essência; ela não era o tipo de pessoa que se tornava uma vitíma.

REPUTATION | SPIDER MANOnde histórias criam vida. Descubra agora