A sem clã

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Mal dormi depois da descoberta de Kakashi sobre minha verdadeira indentidade, mas o fato dele saber dos meus filhos me deixou vulnerável ... Filhos, nunca pensei sobre o assunto e agora que sei que os tenho não sei o que fazer e como agir.

Vejo Naruto e Sai se encararem na mesa de café da manhã mas prefiro não me intrometer nessa briga, não há espaço em minha mente pra mais problemas.

Assim que eles retiram a mesa eu tranco a casa e os guio até o campo de treinamento. No trajeto Kakashi se aproxima de mim com sua habitual calma.

- A hokage a espera em sua sala, pode ir, eu cuido dos meninos.

Aceno em concordância e vou. Nos corredores até a sala de Tsunade eu esbarro com a equipe Asuma e isso me preocupa. Na sala da Hokage estão mais alguns jounins e um monge, Asuma assim que o vê indaga:

- Qual é o problema?

- A Akatsuki invadiu o templo e levaram o corpo de Chiriku. - o monge disse aflito. - estão levando o corpo para um posto de coleta.

- Equipes, quero que parem a Akatsuki. Shikamaru estará liderando a missão e Iki, conto com sua ajuda.

Todos os olhares se viraram em minha direção, esperando minha resposta, que mesmo positiva me deixava desconfortável, pois não sabia quem ou o que encontraria naquele posto de coleta.

- Hai.

- Vocês saem em 20 minutos.

Sai da sala da Hokage e fui em direção ao campo de treinamento. Sorri ao ver Naruto conseguir cortar o fluxo de água da cachoeira, isso era realmente bom. Kakashi me vendo ali veio ao meu encontro.

- Algum problema?

- Estou saindo em missão, cuide deles por mim.

- Cuidarei, pode confiar.

Me virei para sair daquele lugar mas o mascarado completou sua frase.

- E volte pra nós.

Não me virei para respondê-lo mas sorri por saber que já estava criando laços em Konoha.

Fui em direção ao portão e assim que eu cheguei eu notei um clima tenso dos meus companheiros. Não quis saber o motivo, estava focada demais na missão.

Horas mais tarde, quando chegamos ao templo eu vi uma destruição sem fim, não havia sobrado nada, só o monge que nos avisou do ataque. Ativei meu Byakugan e sai a procura de pistas sobre quem estaria ali, mas sem nada que fosse útil Shikamaru resolveu separar grupos de equipes para fazer a varredura nas redondezas, pois segundo meus conhecimentos só haviam 2 postos de coleta próximos.

Parti junto com Ino, Chouji e Aoba para um dos postos de coleta mas foi em vão, aquele não definitivamente não era o lugar correto. Como se pudesse sentir a tensão de uma batalha se aproximando eu resolvi ir em direção ao outro posto de coleta, atrás da equipe de Shikamaru, Asuma, Izumo e Kotetsu .

Assim que chego meu coração para de bater por alguns minutos, Hidan em seu diagrama perfura o seu próprio coração, enquanto Shikamaru corre em direção ao sensei.  A poucos metros Kakuzu está segurando Izumo e Kotetsu com seu jutsu. Como fui rápida cheguei antes de todos da minha equipe neste posto de coleta, só tenho que agir mas será mesmo que consigo ir contra mais dois amigos como fiz com Sasori ?

Não tenho tempo de decidir, já que ao perfurar seu coração Hidan acabou ferindo Asuma. O grito de desespero de Shikamaru me deixa abalada, e quando dou por mim eu já estou correndo em direção a eles. O corpo de Asuma vai ao chão e eu sinto sua pulsação ficando mais e mais fraca. Shikamaru acaba caindo no chão enquanto corria para o sensei e paro instantemente de correr quando vejo Kakuzu lançar um ninja em cima de Shikamaru. Logo o céu é coberto por corvos e Aoba usa seus pássaros como distração enquanto minha equipe presta suporte aos demais. Assim que os meus ex companheiros de equipe me notam ali eles se afastam, se posicionando para um confronto.

Ativo meus olhos e pela primeira vez consigo reproduzir um jutsu que andei treinando com Obito. Em um de meus olhos eu uso o Byakugan e no outro o Sharingan. Quando começo a fazer selos com as mãos vejo Hidan e Kakuzu saírem da posição de luta e entendo o que esteja acontecendo ali, eles estão sendo chamados pela Akatsuki, isso significa que eles pegaram algum Jinchuuriki.

Planejo ir atrás deles para pará-los de uma vez por todas mas quando dou um passo para ir atrás dos dois ouço a equipe Asuma chorar. Mesmo a quilômetros de distância consigo escutar o coração de Asuma parando, então decido ajudar e desisto de ir atrás dos meus ex colegas.

Enquanto me aproximo da equipe escuto mesmo a metros de distância Asuma se despedindo das crianças.

- Ino, você é mandona mas também pode ser uma cuidadora dedicada. O Chouji e o Shikamaru são desajeitados e preguiçosos, cuide deles pra mim. E não deixe a Sakura ganhar de você, nem no ninjutsu e nem no amor.

- Sim senhor, pode deixar - ela chora.

- Chouji você é um amigo atencioso e leal, com o tempo se tornará um shinobi mais forte que qualquer outro. Tenha mais confiança em si mesmo e  mais uma coisa, tente perder um pouquinho de peso.

- Eu não sei se consigo mas eu vou tentar.

- E por fim Shikamaru com seu intelecto afiado, você tem os instintos de um grande shinobi e merece de verdade se tornar um Hokage, embora talvez, tente evitar isso, já que você acha trabalhar uma chatice. Todas as nossas partidas de Shogi e eu não ganhei nenhuma de você e por falar disso, se lembra da nossa conversa sobre o rei ? Agora eu vou dizer pra você quem é o rei, se aproxime.

Vejo Shikamaru se aproximar de Asuma mas eu o impeço.

- Você vai ter que contar em outra ocasião Asuma, deixe-me cuidar de você.

- Mas Iki, ele teve quarto órgãos vitais feridos e  - interrompi a garota.

- É por este motivo que devemos ser rápidas.

Com a kunai que Asuma decapitou Hidan eu corto minha mão e o deixo beber um pouco de meu sangue, se isso ajudou Tobirama, isso pode ajudar Asuma, assim como ajudou o Kazekage.

Na mesma hora vejo uma melhora em sua pulsação, mas ele ainda está muito debilitado. Com isso começamos o retorno pra Konoha o mais rápido possível, já que meu sangue o deixou estável mas não curado.

Assim que chegamos até os limites de Konoha uma equipe Anbu já está lá nos esperando, para internar Asuma até ele fique recuperado. Com tanto sangue perdido eu começo a sentir a exaustão me dominar, então vou pra casa.