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Assim que seguro as cinzas, misturo elas com meu sangue e então vejo diante de meus olhos as cinzas ganhar forma e se transformar em Rin, uma menina linda.

Obito por sua vez fica sem reação, enquanto se aproxima extasiado, vejo ele arrancar a máscara que cobre seu rosto para abraçar a menina que finalmente abre os olhos.

- R-rin, sou eu ...

- Obito ?

Enquanto ele chora, ela gentilmente acaricia seu rosto e sua cicatriz. Ao nosso lado, os ninjas estão tão pasmos quanto Obito ficou ao ver as cinzas se transformarem na sua amada. Mas como diz o ditado, tudo o que é bom dura pouco, bem pouco. Enquanto Rin e Obito estão se abraçando, Zetsu surge atrás deles e tenta acertar um jutsu nos dois, mas sou mais rápida e usando o jutsu de teletransporte, os tiro de perto dele e enfim, decido matá-lo.

- Quais são suas últimas palavras ?

Sorrindo Zetsu o diz ...

- Aliados, a guerra começou.

Do solo vejo clones irracionais de Zetsu avançarem em direção a aliança ninja. Volto meu foco na raiz do problema (literalmente) e pra minha surpresa Sasuke aparece a minha frente, protegendo Zetsu.

A semelhança com Itachi me assusta, os olhos letárgicos tão escuros como a noite, o sorriso apático, o brilho vermelho e profundo vindos dos seus olhos vermelhos. Vermelhos! Imediatamente mudo o padrão dos meus olhos e reproduzo um jutsu que Itachi me ensinou.

- Susanoo

Meu corpo é revestido por uma enorme concentração de chakra, me protegendo do Amaterasu que Sasuke tentou usar em mim. Ao perceber que falhou seus olhos voltam a mesma escuridão, até se prender aos meus olhos, com isso, entro em sua mente e o deixo ver através das minhas lembranças quem era o verdadeiro Itachi.

Sasuke cai de joelhos ao ver quem de fato era o irmão, ao perceber que ele não era só um criminoso que matou sua família e seus pais, mas que ele foi obrigado a tomar essa decisão. Enquanto ele permanece inofensivo, tento uma aproximação e tiro do meu pescoço o colar de Itachi, entregando a Sasuke.

O garoto fica sem reação, imóvel. Seu corpo treme de raiva talvez, meus punhos estão fechados, como se tentasse controlar o incontrolável, quando finalmente sua boca se abre, ele cospe palavras carregadas de arrependimento.

- Como você pode sua planta asquerosa, como pode me contar mentiras sobre meu irmão ?

Sem esperar por respostas ele corre em direção ao Akatsuki e começa um confronto direto com ele. Tento me aproximar mas algo retém minha atenção. Em meio aos aliados Naruto volta do monte Myoboko carregando em suas mãos traços do DNA do meu filho Jiraya. Corro em sua direção ignorando tudo ao meu redor e ao tocar nos restos mortais de Jiraya, deixo meu sangue escorrer e se misturar com o que restou dele e o mesmo processo acontece, meu filho depois de alguns minutos volta a vida.

A emoção que sinto ao abraçar meu filho é incrível, em seus braços sinto meu coração bater novamente mas, antes que pudesse aproveitar o momento em sua magnitude, ouço gemidos ao redor, vejo alguns ninjas feridos, Tsunade aplicando ninjutsu e alguns ainda lutando.

Com o olhar determinado de Jiraya, decidimos entrar na guerra, mas, com o braço ainda sangrando, Zetsu utiliza um momento de distração para colher meu sangue e misturar a cinzas de alguém, até que a nossa frente surge não só os membros da Akatsuki que morreram (Kakuzu, Sasori e Pain e Hidan) mas Madara Uchiha. Junto deles estão Deidara e Kisame, que ao me ver, tira o manto da Akatsuki e se junta a mim.

- Seu traidor, o que pensa que está fazendo?

- Cale-se Deidara. Iki sempre foi e sempre será minha parceira de alma neeeh.

O abraço mas sinto que com a presença de Madara no campo de guerra, sem falar em boa parte dos Akatsuki e no exército de clones de Zetsu, peço para Tsunade trazer "aquilo" que havia pedido para ela dias atrás.

Tsunade então ordena a Shizune que me entregue o que havia solicitado, e então recebo 5 amostras de sangue que foram retirados do setor de genética do hospital de Konoha, e misturando meu sangue nessas amostras, trago a vida meu filho Sakumo, que corre abraçar o filho, o terceiro Hokage Sarutobi, o primeiro Hokage Hashirama, O quarto Hokage Minato que também corre abraçar o filho e finalmente ele, Tobirama.

Mal tenho tempo para abraçá-lo quando um grande confronto acontece bem a nossa frente, os Hokage se unem para atacar Madara mas ele realmente é muito bom. Decidi entrar na batalha e peço pra que todos eles me deixem enfrenta-lo.

Madara faz pouco de mim, até perceber que eu carrego um infinidade de dons hereditários, o que nos deixa páreos em força e técnica. Enquanto lutamos, tento dialogar com ele, mas é impossível, sabendo isso, Hashirama que é seu melhor amigo tenta conversar com ele.

- Madara, olhe para nós agora, lutando em uma guerra, o lugar que mais temíamos, obrigando o povo que juramos proteger a lutar pelas suas vidas.

- Vocês nos obrigaram a isso. Desde o começo sabia que os Uchihas seriam mal vistos.

- Está errado Madara - decidi entrar na conversa - olhe ao seu redor, quantos Uchihas além de você, Sasuke e Obito há aqui ? Ninguém e sabe porque ? Porque a promessa que você e Hashirama fizeram ao fundar Konoha não era tão forte como pensaram. Você sempre desconfiou dele, assim como ele e Tobirama não confiaram em você.

Olho para Tobirama que esta ouvindo a conversa do outro lado do campo de batalha.

- Olhe para nós, pra todas essas vidas. Eu posso viver infinitamente pra saber que esse ciclo nunca vai ter fim, a menos que todos aqui, sem exceção se comprometa a colocar um fim nessa situação.

Madara cansado olha ao seu redor enquanto retoma o fôlego.

- Todos aqui perderam alguém importante numa batalha. Tanto desse lado, quando do outro houveram perdas que são irreparáveis. Eu não quero mais perder ninguém.

Me aproximo de Madara e estendo a mão para ele.

- Vamos colocar um fim nessa guerra, Ok?

Antes que ele pudesse responder, Naruto e Sasuke reaparecem no campo de batalha feridos mas sorrindo.

- Podamos aquela planta sebosa.

Soltando o ar e sorrio para Madara que, ao perceber que os Akatsuki estavam todos imobilizados, resolve aceitar a oferta de paz. Assim, a equipe Anbu leva os Akatsuki para a prisão, enquanto os outros prestam suporte aos feridos e eu, bem, estou desolada num canto por saber que Zetsu deu fim nos restos mortais de Itachi por medo de que eu o ressuscitar.

Enquanto tento conter as lágrimas, sinto um toque familiar me puxando para um abraço carregando de sentimentos.

- Senti sua falta.

- Eu também.

E ele permaneceu ali, me dando o apoio que precisava, até eu estar pronta para seguir adiante.

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Um ano depois acordo descabelada, abro os olhos lentamente até me deparar com um lindo homem que me puxa pela cintura, me trazendo pra cima de si.

- Bom dia.

Ele me beija enquanto suas mãos levantam a camisola de seda que estou usando.

- Amor, Sai vai ouvir a gente - digo entre beijos.

- Então você só precisa conter os gemidos.

Diz invertendo as posições, me prendendo debaixo de si com seu corpo enorme. Seus lábios deixa os meus parabéns percorrer meu corpo exposto. Prendo minhas pernas ao redor de seu quadril e inverto as posições novamente.

- Se vamos fazer amor, que seja no banho, pois tenho que preparar o café da manhã antes que Sai vá para seu turno na Anbu e você Senhor, também.

Tobirama mal espera que eu termine a frase e me leva pro chuveiro onde nós nos amamos de novo e de novo, até a eternidade.


A sem clãOnde histórias criam vida. Descubra agora