55

279 44 3
                                    

Acordei com um leve cafuné em meus cabelos, me senti tão amada e quando  finalmente  despertei, detalhes do dia anterior invadiram a minha mente.

Me afastei gentilmente  e pude ver Jiraya acordado, sorrindo, mesmo  que fizesse isso para disfarçar  a dor que estava sentindo.

- Você  está  bem ? - perguntei  acariciando seu rosto,  arrancando  um sorriso timido do sannin.

- Com dores mas feliz de te ver antes de morrer.

- Shiii, não diga bobagens. Você não  vai morrer, eu não  vou deixar - ele segurou minha mão  e me olhou  sério.

- Mãe, eu  estou gravemente  ferido - olhou para o seu braço  esquerdo que foi arrancado. - Perdi muito sangue, estou com ferimentos graves nas costas por conta dos metais que me atravessaram.

- Eu nao vou deixar que você  morra, entendeu ? Eu não  vou perder outro filho, eu nao posso te perder, nem que pra isso eu tenha que tirar meu coração  e dar ele a você.

Com muito esforço  ele se ajeitou na cama, emocionado por saber que eu nao desistiria dele. Eu me afastei, sai da cabana rapidamente  a procura de alimentos para seu cafe da manhã. Colhi algumas frutas e voltei para a cabana.

O alimentei, troquei os panos em sua testa ja que ele estava com febre até  que notei que seu estado era realmente grave. O sapo por sua vez disse algo sábio:

- Devemos levar Jiraya até  o monte  Myoboku, lá  cuidaremos dele ate que ele esteja forte, recuperado.

- Eu sei que isso vai ser bom pra ele só  que eu nao quero ficar longe dele.

- Então você  irá  conosco.

Dei a Jiraya um pouco mais do meu sangue  para que ele aguentasse a viagem. Chegando la instalamos ele num lugar aconchegante,  onde ele era cuidado por uma sapa idosa. Ela aplicava ninjutsus nele enquanto  eu o mantinha vivo.

- Criança você  precisa descansar - a sapa disse enquanto  se retirava do quarto.

- Eu não vou sair do lado dele.

- então, hmmm - ele disse com dificuldade  por conta das dores - Deite-se  ao meu lado, tem espaço.

Antes que eu pudesse responder  a sapa pegou  o pedaço de madeira que a ajudava a andar e acertou a cabeça  de Jiraya.

- Seu menino abusado, mesmo doente e quase morrendo ainda só  pensa em safadezas.

- Cof, Cof - tossi para chamar a atenção  da idosa - Com todo respeito  dona, mas Jiraya é meu filho.

A mulher avaliou minhas palavras  e depois que Jiraya confirmou a história  a mulher  ficou  mais tranquila, me permitindo  deitar ao lado dele. Me aconcheguei em seu braço  direito e desfrutei desse momento por quase uma quatro dias consecutivos.

No quinto  dia Jiraya apresentou uma pequena melhora, o que me fez tomar uma decisão  muito difícil, iríamos  voltar para Konoha.  Ele por sua vez insistiu para que eu fosse sozinha, e se estivesse tudo bem, que  voltasse  para buscá-lo.

Pensei em sua sugestão  e então  entendi que ele tinha medo da Akatsuki  ir até  Konoha.  Mesmo achando improvável  eu concordei, pois sabia que se houvesse  um ataque ele nao resistiria.

Com o coração apertado eu me despedi dele e comecei meu retorno pra konoha. Usando o sapo de Jiraya nós  fizemos a invocação reversa e notamos que estávamos  a dois dias de distância de Konoha,  na cabana de Itachi.

Segui  a trilha principal e não  parei para descansar, tinha medo de Jiraya piorar e da Akatsuki  ferir Konoha. O trajeto que levaria dois dias eu fiz em um dia e meio.

A sem clãOnde histórias criam vida. Descubra agora