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Continuação...

                      Arthur Ferrari
                     
Passei o dia super bem hoje, começando pelo fato de que ninguém me acordou, aí passei boa parte da tarde jogado na cama e quando foi mais tarde eu fui jogar online com uns moleques. Avisei pros meus amigos que iria pra luxus de noite e eles quiseram ir.

Só saí de casa depois de confirmar que ela já estava lá. Segui meu caminho tranquilo mesmo estando ansioso pra caralho por dentro, estacionei meu carro e avistei joão saindo do seu e ele me esperou para entrarmos juntos, Rodrigo veio mais cedo com um outro pessoal, João vai ficar com eles, eu já dei o papo que não iria ficar na balada.

Assim que entramos procuramos a galera com o olhar, pra ser sincero eu queria subir direto mas João me convenceu a pelo menos cumprimentar o pessoal. Andamos um pouco e eu me deparei com uma outra coisa, que fez o bom dia que eu estava tendo ir pra puta que pariu e me deixar com muita raiva.

Ana Luz, linda pra um cacete, dando moral pra um filho da puta, na real ela parecia meio desesperada mas eles estavam cara a cara, cruzei os braços olhando a cena, vi ele jogar os cabelos dela para trás e dar uma boa encarada nos peitos dela, o que fez meu sangue ferver, quando eu iria até lá eu a vi erguer uma mão para uma garçonete que se aproximava deles e  desvencilhar-se do cara indo em direção as escadas antes observando bem meu olhar pra ela, vagabunda, o que ela teria feito se não tivesse percebido que eu tava olhando? Na moral, eu não quero nem pensar.

— O que que foi isso?— João me encarava sem entender nada, e provavelmente se referia ao meu jeito, sinceramente eu nem lembrava que ele estava do meu lado.

— Também tô querendo saber— nem dei muito papo e segui para o elevador.

Segui meu caminho indo de elevador até o andar de cima e avistei Rebecca me olhando confusa.

— Cadê ela— disse quando cheguei perto o suficiente.

— Já foi lá pro quarto— me analisou— o que houve?

Sem lhe responder segui a diante na direção do enorme corredor parando em frete ao quarto que eu sempre escolhia, abri a porta e a vi, ela estava em pé, segurango firme uma toalha de rosto e tentando secar sua blusa, se é que podemos chamar essa merda de blusa.

— Por que está molhada?— perguntei depois de fechar a porta, me aproximando. Ela parou o que estava fazendo e me observou, seu olhar era nervoso.

—Um cara derrubou bebida em mim— abaixou seu olhar pra ver melhor como estava a situação e o meu subiu pra não ficar tendo a maravilhosa visão dos seus peitos assim e acabar me desconcentrando do papo que eu quero dar pra ela.

— Derrubou? De proposito?— ela assentiu, eu fiquei o mais próximo possível dela sem tocar, apenas encarando e tinha certeza que meu olhar não era dos melhores— quem era ele?

— Não conheço— semicerrei os meus olhos sem desvia-los dos seus, queria constatar se havia mentira neles — eu juro, ele chegou em mim há poucos minutos— é, ela parecia realmente dizer a verdade— pode ficar tranquilo, eu respeito 100% o nosso acordo.

Por mais que estivesse acreditando nas suas palavras, uma parte de mim ainda estava brava com a situação. Levei minha mão direita a sua nuca e subi os dedos por entre seus cabelos que eu tanto gostava e depois de encher a palma com seus fios escuros acabei apertando forte porém não tanto, em seguida forçando seu rosto a vir de encontro ao meu, deixando nossas bocas muito próximas, me fazendo molhar os lábios com a língua involuntariamente, com a vontade absurda de fazer o mesmo com os dela.

— É muito bom você cumprir o acordo— ela apenas me olhava nos olhos de maneira nervosa— até porque eu pago muito bem pra você ser só minha.

Aqueles olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora