Arthur Ferrari
Quinta-feira, 14:20— Conta— olhei sem entender pro João e dei um gole no whisky
— O que?
— Conta o que aconteceu.
— Tá drogado? Tá falando de que?— estava sentado e deitei a cabeça no grande sofá da sala de casa e voltei meu olhar para a enorme tela de tv onde passada uma luta de UFC.
— Hoje você não reclamou de nada, nem de ter que ir na empresa pela manhã, são duas da tarde e você tá tomado whisky do nada, depois de ter acabado de chegar da empresa, a essa hora depois de tudo isso você estaria acabando com tudo que houvesse de comestível na geladeira ou dormindo, sem contar que tu tá calado demais, então fala logo, o que aconteceu.— fiquei pensativo, não tô afim de ouvir sermão, também não quero brigar.
— Tá viajando cara.
— Qual é Arthur, sei que tu é marrento mas a gente é parceiro, te conheço, fala logo.— fiquei um bom tempo calado.
— Talvez eu tenha feito uma parada ontem a noite.
— Pelo amor de Deus cara, o que tu fez? Não me di— ele iria falar mais mas parou quando viu meu olhar o encarando— beleza, beleza, fala.
— Ontem a garota me irritou pra caralho, eu nunca quis tanto uma garota só pra mim, como quero ela e depois do estresse, a gente transou mas acho que foi estranho.
— Que? Estranho como? Manda a real Arthur.
— Acho que vacilei, passei do ponto.— embora estivesse conversando com ele, eu estava perdido em pensamentos e tomando o whisky mais rápido que o normal.
— Em que sentido? Vamos combinar que isso é o que tu mais faz na vida, vivo de falando que tu não tem limite.— revirei os olhos, minha fama poderia até ser verdadeira mas não é como se eu só fizesse merda o tempo todo.
— No sexo— me limitei a falar só, não queria falar com ele sobre isso e nem com ninguém na verdade.
— Machucou ela?— ele que estava todo esse tempo em pé, caminhou e se sentou próximo só que em outro sofá— você tem essa má fama mesmo mas tá assim por que machucou muito ou o que? Tipo, isso já aconteceu com outras e tu nunca ficou assim.
— Foi mais ou menos isso que aconteceu.— ele me olhou confuso.
— Tá querendo dizer que obrigou ela?— bebi um longo gole— tá louco? Tu faz muita besteira Arthur, eu já fiz muita besteira também mas isso não, isso é...
— Não obriguei ela, ela fez as coisas— o cortei— mas no meio ela pediu pra parar, só que talvez eu tenha sentido como um desafio, charme dela, eu só...
— Para, a gente é homem, tu pega um monte de mulher o tempo todo, esse papo não cola, tu sabe muito bem quando é charme e quando é sério, a gente sabe quando uma garota quer de verdade ou não. Ela queria ou não?— eu encarava a televisão mas definitivamente não prestava atenção no que passava.
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Aqueles olhos
Genç KurguQuando os olhos de Arthur Ferrari um jovem milionário, encontram os de Ana Luz uma menina mulher de coração puro, ele a quis para sí. Inicialmente para ele, não passava de desejo carnal mas depois dos primeiros contatos não queria mais deixa-lá. Já...