Chegamos no elevador e ele finalmente se virou.
— Que porra é essa? Quem chamou vocês aqui?— Gritou com os meninos e com Gabi também.
— Larga ela, você não pode tratar ela assim— Gabi me puxou mas ele não soltou, esse puxa puxa estava maltratando os meus braços e infelizmente meu braço não o único lugar do meu corpo que estava doendo muito no momento, por conta da rapidez que eu estava sendo puxada.
— Quem você pensa que é pra dizer o que eu posso ou não fazer caralho?— ela iria falar mais e ele poderia fazer algo, eu definitivamente não sei o que ele era capaz, então me adiantei.
— Tá bom Gabriela. Está tudo bem, me espera, eu não vou demorar!— ela me olhou nos olhos e eu fiz o mesmo, até que ela me soltou, isso era como uma promessa minha de que ia ficar tudo bem mas que era pra ela ficar em alerta sobre o tempo que eu passaria a sós com ele.
Seguimos pra dentro do elevador e ele finalmente me soltou, eu pude observar meu pulso e a marca que já se formava ao redor dele.
— O que você ainda estava fazendo aqui?— seu tom não era baixo e me assustava. Chegamos no segundo andar, "o andar da putaria".
— Tenho que esperar a minha amiga pra ir embora.— saímos do elevador e ele iria me arrastar em direção aos quartos, porém eu travei, nesse corredor do elevador era bem escuro mas eu conseguia ver que já tinha poucas pessoas na parte de dentro— você disse que eu poderia ir embora, por que estamos aqui?
— Exatamente, eu deixei você ir, já era pra está na porra da tua casa.— ele me encarava de forma brava, eu me sentia muito intimidada— vamos lá pra dentro.
— Não, por favor, a gente pode conversar aqui.— implorei com o olhar.
— Não te quero mais aqui assim, quando eu mandar você ir, é pra ir embora, entendeu?— assenti, a única coisa que eu quero no momento é ir pra minha casa e terminar esse acordo o quanto antes.— e da próxima vez que deixar alguém tocar em você assim, eu vou ter que tomar outras atitudes.
Minhas sobrancelhas se juntaram em sinal de interrogação, como assim? Ele estava me ameaçando? Isso está passando de todos os limites, Marisa não me alertou de nada disso, ele não pode achar que manda em mim assim.
— Como assim? Esse tipo de coisa não estava no nosso acordo!— sua feição voltou a ficar ainda mais brava e se aproximou de mim, me fazendo dar um passo pra trás, quase encostando as costas na parece ao lado do elevador.
— Quer que outros te toquem assim?— o que esse idiota estava escutando afinal? Ele ainda por cima gritava comigo a todo momento.
— Não é isso!— eu queria manter meu tom de voz alto mas o fato de ele sempre me intimidar, especialmente quando está tão estressado comigo, acabava me fazendo falar mais baixo do que gostaria.— Mas eu não tive culpa sobre isso, e segundo, você não pode mandar em mim.— disse a última parte sem olhar nos seus olhos.
— Eu posso mandar em você, eu pago pra ter você, eu pago caro— já percebi que ele realmente gostava de me humilhar— então não posso e não vou deixar, ninguém tocar no que é meu— ele disse a parte do "meu" aproximando o seu rosto no meu.
— Eu já disse, não sou um objeto, me vendi sexualmente pra você— o encarei e ele fez o mesmo— por tempo limitado— nossos corpos estavam bem próximos e nossos rostos mais ainda, eu podia sentir o hálito de whisky sair dos seus lábios.
— Você não tem nem noção de com quem está lidando garota— sua mão direita já estava em meu rosto apertando não tão forte, porém o suficiente para manter os meus lábios entre abertos— experimenta tentar ficar com outros, experimenta.
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Aqueles olhos
Teen FictionQuando os olhos de Arthur Ferrari um jovem milionário, encontram os de Ana Luz uma menina mulher de coração puro, ele a quis para sí. Inicialmente para ele, não passava de desejo carnal mas depois dos primeiros contatos não queria mais deixa-lá. Já...