Ana LuzQuinta-feira, 13:49
Desde que me acordei, eu estava pensativa, a julgar pelo fato de que eu quase não dormi, eu não estava com a aparência tão cansada.
Estava me arrumando para sair, Maria estava aqui, voltou da escola já tem mais ou menos uma hora, passou na sua casa, pra ajudar a mãe com os irmãos e trouxe uma surpresinha fofa consigo, Rafaela, sua irmãzinha de 4 anos e meio, ela era uma ótima criança, lembrava o jeitinho da Bia, maria me ligou preocupada perguntando se poderia trazê-la, mal ela sabe que eu amo que meus irmãos fiquem na companhia de outras crianças e sabia que ela daria conta de cuidar dos três.
Estava com a mente bem ocupada com as crianças por parte do fim da manhã, o que eu gostei bastante pois me impedia de pensar muito na noite passada.
— Já estou indo Maria.— A olhei, enquanto ela terminava de colocar um desenho na sala, pra que as crianças assistissem.
— Tá bem, diga a sua tia que eu desejo melhoras a ela.
— Digo sim, obrigada- segui até o sofá— já vou, se comportem tá?— Beatriz assentiu e Enzo me encarou.
— Você tá saindo muito, né?— o tom de criancinha carregado de braveza, soava engraçado.
— Sim, estou indo ver a titia, não quer que eu fale nada pra ela?
— Sim, sim, diz que eu tô com muita saudade dela Luz, um tantão assim— Enzo abriu os braços o máximo que conseguiu.
— Eu também, Ana Luz fala pra ela— concordei com a cabeça dando um beijo em cada um.
— Tchau Rafa— dei um beijinho nela também que só me observava, depois ergueu a mãozinha e balançou, dando tchau.
(...)
15:13
— Como assim?— perguntei na administração do hospital, ninguém sabia me informar nada direito, minha tia já estava com a cirurgia com data e hora marcada e eu nem assinei as coisas pra operação.
— No sistema consta que já está tudo certo, documentação e tudo, com a assinatura sua tia inclusive.— eu olhava confusa para a moça mexendo no computador e tinha a atenção de outros dois funcionários, que também pareciam confusos demais.
Será que foi coisa dele? Ele disse que iria resolver mas achei que apenas me daria o dinheiro que restava. Hoje apenas tentei seguir o dia normalmente, visto que ele nem tinha me mandado mensagem ou algo do tipo. Marisa estava com problemas, eu havia ligado para ela, pra que a gente marcasse de se ver, queria muito conversar com ela sobre o que está acontecendo, queria tentar descobrir o máximo de coisas sobre ele, simplesmente queria ter certeza de com quem estou lidando, até porque ele parecia saber exatamente quem sou eu.
— Tá bem, só me dê as copias de tudo isso, pode ser?— a moça concordou, já começando a organizar as coisas para me entregar, assim que ela fez, me deu tudo e eu agradeci, logo caminhando até a sala mais afastada, onde tinha cadeiras de espera e estava praticamente vazia, o hospital é enorme, tem umas 3 salas dessa.
Olhando os documentos, tive certeza que foi ele, foi tudo pago a vista e tudo isso aconteceu poucas horas atrás, peguei meu celular, embora estivesse com raiva só de pensar em ouvir a voz dele, eu precisava ligar. Procurei seu número entre os contatos e liguei, em poucos tempo ele atendeu.
— Oi— falei primeiro quando percebi ele mudo do outro lado da linha.
— O que foi?— seu tom de voz não era grosseiro, mas a forma que ele falava era.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aqueles olhos
Teen FictionQuando os olhos de Arthur Ferrari um jovem milionário, encontram os de Ana Luz uma menina mulher de coração puro, ele a quis para sí. Inicialmente para ele, não passava de desejo carnal mas depois dos primeiros contatos não queria mais deixa-lá. Já...