Continuação...
Ana Luz
03:00
— Amiga, eu te amo! Minha noite não poderia estar melhor, obrigada, obrigada.— Gabriela falou no meu ouvido assim que paramos de dançar um pouco. Sorri e me virei pra ela.
— Eu também te amo, você sabe disso— olhei bem pro seu rosto quando percebi que ela iria chorar, já estava bêbada e emotiva demais— agora vamos dançar!
— Meninas, aqui está, pode virar— olhei para a Luana e fiz careta— bora!— apressou, era um shot de uma bebida que eu não fazia ideia do nome mas tinha um gosto horrível, já tinha provado um tempinho atrás e estava fugindo de tomar novamente.
— Isso é horrível, chega Luana.— ela ergueu uma sobrancelha, tínhamos concordado que todos deveriam beber os shots quando fosse a hora, onde eu estava com a cabeça quando topei isso?
— É só Tequila neném, a melhor amiga de uma noitada que rende muitas histórias— certo, eu tinha tomado tequila, a bebida do mal e nem tinha percebido— tá com sorte que eu tô regrando a tua ousadia.
Ela tava certa, ousadia é pior, por ser muito doce, você nem percebe o quão forte ela é e vai bebendo, do nada só falta cair de tão bebada e nem sabe como isso aconteceu... virei com tudo o shot que Luana me deu e logo Gabi fez o mesmo.
Eu estava realmente me divertindo, estava dançando com as meninas, nem estávamos mais dentro do camarote, bom, não por completo, eu mesma estava na pequena escada entre o camarote e a pista, Gabriela estava logo em cima, mais precisamente no meio da passagem de um pro outro, tinha vários camarotes aqui, um ao lado do outro, Gabriela estava ficando com dois meninos, um do camarote ao lado e o outro que estava do outro lado da boate mais perto do bar.
Hoje eu nem poderia julgar ela, eu estava fugindo do menino que eu tinha ficado mais cedo, enrolando o Rodrigo que ainda não desistiu de ficar comigo mas que eu sabia que já tinha ficado com uma menina aqui, e ainda estou flertando com mais um, porém não vou ficar com mais ninguém, minha cota de cagada já ultrapassou por hoje, não quero morrer amanhã.
Sei que sou solteira e não estou fazendo nada de errado mas tenho que me moldar a situação, enquanto não me livrar daquele escroto, não vou poder viver do jeito que eu bem entender, infelizmente essa é a minha situação.
(...)
03:25Foda-se a minha situação, foda-se aquele filho da mãe escroto, foda-se tudo, eu vou fazer o que eu quiser!
— Posso?— Rodrigo foi aproximando o rosto do meu e eu assenti, ele estava tentando me beijar há muito tempo e eu enrolei o que pude mas a bebida já tinha causado efeito no meu organismo.
E então ele me beijou, seu beijo era bom, mas eu não sabia ao certo dizer, era como se eu tivesse beijando ele mas minha mente não estivesse 100% nisso, meu corpo estava relaxado e e meus olhos pesados.
Eu estava tentando não me reprimir, e tentei fazer tudo o que tenho vontade, se o Arthur vai surtar comigo, que ao menos eu tenha aproveitado a noite.
Senti as mãos do Rodrigo na minha bunda e a outra na lateral do meu rosto, para aprofundar o beijo. Isso me fez querer parar, não quero ir longe demais, não queria admitir mas ainda não tenho tanta vontade de transar com outros caras, acho que é porque eu ainda sou nova nisso e ainda não me sinto muito a vontade também, sem contar que simplesmente não podia fazer isso.
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Aqueles olhos
Teen FictionQuando os olhos de Arthur Ferrari um jovem milionário, encontram os de Ana Luz uma menina mulher de coração puro, ele a quis para sí. Inicialmente para ele, não passava de desejo carnal mas depois dos primeiros contatos não queria mais deixa-lá. Já...