Ana Luz
Peguei uma das toalhas dentro do armário do banheiro e enxuguei meu corpo, que como sempre estava todo marcado, ele parecia sentir necessidade disso. Respirei fundo me enrolando na toalha e me olhei no espelho mais uma vez, eu estava acabada, cansada, os últimos acontecimentos embora tivessem sido bons, não retiravam o desgaste mental que eu tava enfrentando o dia inteiro, além disso eu precisava de um banho na minha casa, com as minhas coisas e depois usar um dos meus pijamas que só de vestir já me traziam conforto, pois significava que eu logo iria descansar.
Voltei pro quarto com dificuldade, minhas pernas falhavam e estavam doendo, vi ele deitado, parecia super tranquilo e relaxado, bom, pelo menos um de nós conseguia se sentir assim. Ele estava cansado também mas só pelo sexo, ele não media esforços pra que não fosse nada tediante ou sem graça, muito pelo contrário, ele se superava cada vez mais.
Caminhei calmamente na sua direção, eu não estava super confortável com ele como sempre mas de certa forma já estava me acostumando com tudo isso, com a presença dele, com o sexo e com o seu jeito.
— Você pode me dar outra roupa?— perguntei sentindo o frio do quarto fazer com que meus lábios quase batessem um no outro.
— Pode pegar qualquer coisa lá dentro— disse simples, eu não queria ficar mexendo nas suas coisas, não era acostumada a isso— tem coisas com etiqueta se você preferir— assenti.
Caminhei até o closet e me senti perdida, o lugar era enorme e não tinha ideia de onde ficavam certas coisas exceto as que já estavam expostas. Comecei a abrir as gavetas, de primeira era uma cheia de relógios, de longe se percebia que pareciam custar uma fortuna, abri outra e tinham cordões e pulseiras, tudo muito bonito e másculo de um jeito bom, esbanjando riqueza.
Depois de muitas gavetas abertas finalmente achei uma de cueca e achei uma boxer nova, também procurei por uma camisa e achei uma regata azul escura simples, iria servir bem, eu não estava preocupada em parecer bonita e ela era ainda mais longa que a que eu usei anteriormente então dessa vez iria cobrir totalmente a boxer e pelo menos ele não iria ficar reclamando de estar marcando minhas partes íntimas, eu realmente estava desgastada por hoje.
Tirei a toalha e me vesti lá mesmo, em seguida voltei pro quarto e ele estava se levantado da cama no mesmo momento. Ele me observou e não pareceu se importar com as minhas escolhas, menos mal, eu estava receosa de acabar escolhendo algo que ele gostasse demais e acabasse se incomodando de me ver usando, o único olhar mais penetrante foi pro meu seio marcado, meus mamilos estavam rígidos e eu sabia disso, era culpa do frio.
— Tá com fome?— me perguntou de repente.
— Sim, um pouco— disse assentindo levemente com a cabeça. Senti minhas bochechas esquentarem ao lembrar que precisava pedir algo a ele— é, eu preciso ligar pra minha amiga de novo, ela me pediu pra ter certeza que estava tudo bem, você pode me emprestar o celular?
— Vamos comer, eu trouxe pizza.— ele apenas caminhou para fora do quarto e mesmo sem entender muito bem e preocupada por não ter uma resposta, eu o segui.— Depois te dou o celular e você liga pra ela.
Suspirei aliviada e continuei o seguindo, parecia que tudo ficaria bem, amanhã eu estaria em casa, conversaria com a Gabriela e a manteria sob controle.
A casa estava escura mas enquanto ele andava, luzes fracas se acendiam, constatei que eram os sensores da casa, assim que desceu as escadas ele apertou em algums interruptores próximos a porta de entrada e logo as luzes fortes se acenderam, deixando a casa inteira clara, era ainda mais bonito de noite, com as luzes especiais em alguns móveis, como em uma parede de bebidas próxima da entrada por exemplo ou iluminação colorida em um pequeno jardim de inverno que tinha atrás da escada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aqueles olhos
Teen FictionQuando os olhos de Arthur Ferrari um jovem milionário, encontram os de Ana Luz uma menina mulher de coração puro, ele a quis para sí. Inicialmente para ele, não passava de desejo carnal mas depois dos primeiros contatos não queria mais deixa-lá. Já...