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M I L E N A

Lavava a louça em pura raiva, minha mãe meio que ficou do lado do idiota do meu irmão, eu sou muito nova para "namorar", esse ano eu já faço dezessete, eles me veem sempre como uma bebê.

Tivemos meio que um bate e boca aqui em casa quando eu cheguei, eu não mereço ser tratada e nem passar vergonha daquele jeito na rua.

Renata: ta é louca que eu vou deixar ela namorar, milena é boba e inocente demais, todo homem tem maldade não é só porque ele é filho da pastora não, mal vejo esse menino indo pra a igreja. - escutava ela e meu irmão falar na sala.

Tudo que meu irmão fala, minha mãe concorda, eu não aturo isso, Deus me de muito paciência.

Tava terminando de lavas as coisas com os pensamentos tão longe que nem senti Baroni chegar ali. Estava com os olhos vermelhos, estava chapado, virei a cara

Milena: se for para falar mais no meu ouvido, muito obrigada mas eu dispenso. - falei brava, ele riu me irritando.

Baroni: eles estão certos milena, tu é novinha e inocente demais, homem só gosta de comer e iludir, eles estão te protegendo. - confesso que fiquei com vergonha por ele falando.

Milena: ele não ia fazer isso comigo, ele é diferente de vocês. - falei com um pouco de desdém na voz.

Baroni: não ia não? - debochou. : vocês já estavam se agarrando no meio da rua, quem garante que daqui a pouco não seria na cama?

Milena: Você não é meu irmão, Baroni.

Baroni: Ainda bem que eu não sou, porque se eu fosse te trancava dentro de casa e não teria historinha de namoro nenhum.

Por que eles sempre tem que se meter em tudo na minha vida? Meu deus, me irritei parando de lavar a louça e virando de frente para ele, ele era mais alto que eu, olhei triste para ele desabafando tudo.

Milena: Aquele era meu primeiro beijo!!! eu nunca nem tinha beijado um menino antes e vocês estragaram tudo. - ele ficou meio que surpreso, com a boca entre aberta apenas me olhando.

Baroni: era teu primeiro beijo? - repete quase não acreditando.

Milena: ERA! eu nem sei beijar e quando tento. - eu estava morrendo de vergonha de falar isso em alto em bom tom, que comecei a chorar, na frente dele
mesmo.

Sinto os braços forte e quentinhos dele me confortarem, olho para cima vendo seus olhos meio caidos, estava com pena de mim.

Milena: não quero que sinta pena de mim. - ele olhou para baixo, encarando seriamente meus olhos, e por uns segundos pensei que ele fosse me beijar.

Baroni me olhou por um instante, sério, com aquele olhar que eu nunca tinha visto nele antes. Sua expressão estava confusa, como se ele estivesse lutando contra algo dentro dele, e eu, naquele momento, só queria desaparecer. Não queria que ele, ou qualquer outra pessoa, me visse assim — vulnerável e ferida.

Baroni: Eu não tô com pena de você. - sua voz saiu firme, mas ainda baixa, quase como um sussurro. - Eu só... - ele parou, como se tentasse encontrar as palavras certas. - Só não quero que você se machuque.

Ele me pegou de surpresa colando nossos lábios.

Eu fiquei parada, sem reação nenhuma.

Apenas senti sua mão ir no meu cabelo enquanto a outra segurava meu rosto, nossos lábios colaram tão rápido, senti sua língua molhada e áspera brincar com a minha, mas isso não durou muito tempo.

Quando ele me largou, meus olhos foi aberto e arregalados, ele deu um sorrisinho de lado e fez uma cara de arrependido de quem deveria está pensando "puta que pariu, fiz merda".

Milena: Meu deus, oque foi isso? - coloquei minha mão na boca olhando para ele e vendo se ninguém viu.

Baroni: Só achei que você merecia um primeiro beijo digno, irmãzinha. - eu admiro isso nele, conseguir debochar em horas sérias, eu conseguia ver o quanto ele estava tenso e sem reação igual a
mim porem ele nunca iria falar. : E não seria nenhum filhinho de mamãe de merda que conseguiria te dar.

K2: O que vocês tanto estão cochichando  ai? - chegou meu irmao no mesmo comodo que estavamos. se ele chega por menos 1 minuto, tinha visto a cena. : Falando pra ela Barone, o quanto eu fiquei puto vendo ela quase se agarrando com aquele menor? Homens só querem uma coisa, e quando consegue metem o pé.

Barone: Estava falando isso com ela mesmo - riu pelo nariz me encarando.

Milena: vocês que são assim, irmão. - revirei os olhos.

Não parava de pensar no que ele tinha acabado de fazer, e ele agia normal, ou pelo menos fingia muito muito bem.

Barone: Vou ter que fazer um corre ali, vou ficar pra jantar com vocês não. - fez um toque se despedindo do meu irmão e não falou comigo.

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