Descoberta

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Terça-feira

Hoje acordei normalmente e fui ao banheiro. Quando fui urinar ardeu para um caralho.

Espero que nas próximas vezes isso não aconteça e eu me acostume logo. Draco aparenta gostar de transar.

Após isso coloquei meu uniforme e Luna logo levantou para se arrumar.

Quando estávamos saindo do quarto Luna me para no corredor.

- Amiga! O que aconteceu no seu pescoço? - perguntou ela.

Lembrei que Draco havia me dado um chupão então coloquei meu cabelo para frente na tentativa de esconder meu pescoço.

- Draco me deu um chupão - falei - Explico tudo mais tarde.

Ela fez cara de desconfiada e seguimos nosso caminho.

Encontramos Chase e ele teve a mesma reação ao ver o chupão no meu pescoço.

- Que droga! Acho melhor eu subir e tentar disfarçar isso - falei - Vão na frente.

Subi as escadas para voltar ao meu dormitório. Entrei e peguei meu kit de maquiagem que minha madrinha havia me dado. Passei alguns produtos e acho que consegui disfarçar.

Ao sair do quarto escutei uma conversa no corredor

- Sim! Ele pegou ela ontem - disse a primeira voz.

- Ele ganhou a aposta mesmo! - disse a segunda voz.

- Draco sempre consegue o que quer - disse a primeira voz.

- Agora os meninos vão ser obrigados a fazer tudo o que Draco quer por uma semana - disse a segunda voz.

- Aposta é aposta - disse a primeira voz e saíram do corredor.

Por um minuto fiquei paralisada... o Draco fez uma aposta?

O filho da puta fez uma aposta para transar comigo! E eu achando que ele gostasse de mim... o que ele falou ontem foi mentira? Ele mentiu?

Fiquei no meu quarto trancada pelo resto do dia. Luna e Chase vieram me ver mas pedi para eles saírem e voltarem mais tarde. Eles entenderam meu espaço e saíram.

Quebra de tempo

As luzes já haviam sido apagadas. Ao seja, alunos em seus quartos.

Decidi ir até Draco já que a essa hora não terá ninguém nos corredores para zoar de mim.

Sai do meu dormitório e atravessei os corredores até o quarto dele.

Ao chegar na porta bati até ele atender.

- Que foi porra? - ele perguntou abrindo a porta.

- Que foi? - perguntei.

- A, é você Alissa. O que quer a essa hora? - ele perguntou.

Empurrei ele para dentro do quarto e fechei a porta atrás de mim após entrar.

- Que droga de aposta é essa? - perguntei.

- Que aposta? Tá maluca? - ele perguntou.

- Eu escutei pessoas falando sobre a aposta. Você ficou comigo por uma merda de aposta! - gritei.

- Se acalma aí putinha. Você quis me dar e eu comi - ele disse se aproximando.

- Fique longe de mim - falei.

- Você que veio até mim - ele disse perto do meu rosto.

- Todas as coisas que você me disse ontem eram mentiras? - perguntei.

- Alissa, deu dessa história. Quero dormir - ele disse.

- Me fala caralho! - gritei.

- Sim porra! Era uma droga de uma aposta! Satisfeita em saber? - ele gritou e me empurrou contra a parede.

- Por que? Por que caralhos você fez isso? Você sabia que eu era virgem merda! Sabia que eu sentia... - parei de falar ao perceber o que vinha em seguida.

- Sentia o que? Se apaixonou? - ele perguntou rindo - Entenda: eu não namoro Burke, eu já comi várias e posso fazer isso a hora que eu quiser.

- Seu idiota! É por isso que você merece ficar sozinho! É por isso que ninguém te ama de verdade! E é por isso que as pessoas ao seu redor vão se afastar de você e te deixarem sozinho nessa porra de mundo! Tudo por que você é um insensível do caralho! - gritei e ele me olhava atento - Você me machucou! Não só fisicamente e eu te odeio por isso! Eu te odeio mais que tudo na minha merda de vida Draco Malfoy!

Com os olhos cheios de lágrimas me virei para sair do quarto mas Draco agarrou meu braço me puxando de volta para ele.

Malfoy me olhava atento, gravando cada expressão de ódio e nojo do meu rosto. Observando cada lágrima que escorria, cada dor que eu sentia graças a ele.

- Se ainda existe um pingo de caráter dentro do seu corpo, me deixe sair daqui - pedi.

Draco me soltou e eu saí do quarto às pressas. Tudo o que eu mais quero é voltar ao início do ano.

Não conversar com ele, não olhar para ele, não beijar ele.

Eu queria sumir. É isso. Sumir. Ou melhor, queria que ele sumisse, que ele fosse embora da minha vida.

Corri para a comunal e me encolhi no sofá próximo a lareira. Chorei baixinho olhando o fogo crescer cada vez mais.

Me acalmei depois de horas e voltei para meu quarto. Preciso dormir e esquecer tudo isso por um momentos.

Too Late Onde histórias criam vida. Descubra agora