Quem você é

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Acordo sentindo uma pressão estranha contra meu corpo.

Está quente...

—O quê...?— falo meio sonolento, enquanto cubro meus olhos dos raios de Sol vindos da janela.

—Acordou já? Bom dia, Suke— sinto beijos molhados serem distribuídos em minha cervical.

Ah, é mesmo. Naruto dormiu aqui...

Por favor... Só mais cinco minutos... Só cinco... Cinco e eu levanto. Levanto e...

De repente, arregalo meus olhos.

Meu Deus, ainda tenho que trabalhar hoje e não coloquei despertador!

Empurro Naruto para o outro lado da cama e me levanto. Porra, preciso ficar pronto, porque já são... Olho para o horário no celular. São 8:40. Eu deveria estar lá desde às 8. Todos vão perceber o meu deslize e vão me olhar com uma cara esquisita.

—Ei, calma, Sasuke. O que houve?—o tonto de fios loiros bagunçados pergunta como se não soubesse de nada, conseguindo me retirar da confusão de meus pensamentos frenéticos.

—Estou atrasado, caralho— corro a mão por meus cabelos. —Não quero conversar. É bom você se arrumar logo e partir. Não vou poder te deixar em lugar algum. Só vamos sair logo e ser discretos.

Visto um terno apressadamente e penteio meu cabelo, antes de escovar os dentes e lavar bem meu rosto. E, sim, só percebi depois que essa não foi a melhor ordem para me arrumar, porém agora já era.

—Naruto— aproximo-me do alfa, colocando o relógio de prata no punho. —Já estou pronto... Espera. O que você 'tá fazendo ainda sentado, merda!?

—Ai, Suke. Eu ainda não superei o trauma de ter acordado— ele leva sua mão a um dos olhos e o esfrega, ainda sonolento. —Será que é por isso que os bebês choram ao acordar?—aperto minhas mãos com força. —Ei, Sasuke... Por que sua cara 'tá tão vermelha?

—Levanta agora!— puxo a orelha de Naruto, assim como meu irmão faz comigo. —Veste suas roupas e vamos.

—Ai, ai. Me solta!— sua presença fica quase nula por conta de meus feromônios opressores. —Me solta, por favor— acabo por deixar Naruto livre.

Assisto a seus movimentos de se livrar de minhas roupas emprestadas e de se vestir com as suas, as quais ainda estão espalhadas pelo chão desde ontem à noite, enquanto minha mente divaga pelos nossos momentos juntos no dia anterior, permitindo que eu ignorasse os olhares estranhos e irritados de Naruto em minha direção.

—Estamos atrasados— empino o nariz.

—Correção: você está. E pior ainda... Seu mau-humor é contagiante— ele esfrega a orelha avermelhada, fazendo biquinho.

Saio com o alfa, sem ouvir nenhuma palavra de sua animação matinal, que parece ter voltado em um piscar de olhos para quem havia "contraído o meu mau-humor". Que pena...Devia ter puxado sua orelha com mais força ainda. Depois de me livrar do loiro, sumo de seu campo de visão e peço para um funcionário buscar meu carro.

—Bom dia, senhor... Aqui está— não respondo as palavras desnecessárias do beta, que entrega a chave do carro para mim. —Senhor...

—O que foi?—pergunto áspero.

—Seu pescoço...

—O que tem meu pescoço...?— levo a mão para o referido membro.

Abro meus olhos como um animal no meio de uma estrada prestes a ser atropelado.

Dringr- narusasu Onde histórias criam vida. Descubra agora