Às compras

908 104 241
                                    

ATENÇÃO: contém obidei/tobidei.

Obito

Os dias ao lado de Deidara não poderiam ser melhores, principalmente quando ele é sempre tão doce por estar carregando meu filho. E eu não me refiro só a sua aparência, mas até sua personalidade está mais fofa.

Ele está tão engraçado, ultimamente, com a sua barriga ganhando forma e ocupando cada vez mais espaço por debaixo de sua roupa. É porque ele é tão pequeno, que é inimaginável o fato daquele volume todo ser real.

Eu vou ser papai...

— Tobi! Me ajuda aqui! Hm — o grito dele nem é tão alto, contanto consigo escutar com clareza.

Ficar perto do meu ômega e do nosso filhote está fazendo meus instintos alfas aumentarem exponencialmente. Todos os cheiros e sons relacionados a Deidara estão mais fortes que o comum. Quando penso sobre isso, minha mente começa a ir além demais sobre como seria ter um vínculo oficial com ele. Mas, me sinto mal por ter esses tipos de ideias, sendo que o Dei já deixou claro que não quer que eu o marque várias vezes.

Vou até a cozinha, já que é de onde o som vem. Inclusive, acho que é o seu novo lugar preferido, porque ele sempre está com fome.

— O que houve, senpai? — me aproximo dele.

Ele está na ponta dos pés, tentando alcançar a última prateleira do armário.

— Pega isso para mim. Hm — aponta para o cereal.

Quase tenho um ataque de fofura. As bochechas dele estão tão cheinhas pelo inchaço e avermelhadas pelo esforço. Tenho vontade de puxá-las com força, mas sou impedido pela lembrança que eu, certamente, levaria um tapa. Não que fosse algo ruim apanhar do senpai, mas... é melhor evitar o estresse.

Pego a caixa de cereais com facilidade e lanço um sorriso para ele, antes de me encaminhar para encher uma tigela com uma boa quantidade do lanche. Aproveito e também ponho um pouco de leite, uma vez que Deidara tinha deixado a bebida sobre a mesa.

— Acha que estou ficando gordo demais, hm? — pergunta no instante em que já está com uma colher em mãos.

Levanto as sobrancelhas enquanto assisto ele se sentar sobre uma das cadeiras. Percorro meus olhos por toda a extensão do seu curto corpo. Nem deu tempo para que houvesse tantas mudanças, porém ainda acho que um pouco de gordura se depositou nas suas coxas nos últimos tempos.

— Acho que está ficando cada vez mais lindo — me sento em sua frente para poder observar seu rosto enquanto come. — Poderia ficar olhando para você o dia inteiro, senpai — brinco com uma mecha do seu cabelo.

Ele dá um tapa dolorido na minha mão e não diz nada. O silêncio da cozinha é quebrado, apenas pelo som do seu mastigar. Estranho não receber ofensa alguma, o que só piora, quando percebo que nem ouvi uma ameaça por tornar seu cabelo oleoso.

Nos últimos tempos, o Dei está melancólico. Não só seus feromônios denunciam isso, como também suas pinturas. Deve ser o bebê.

Eu sei que ele não está contente com a situação...

Apoia seu queixo sobre sua mão.

— Estou engordando demais, hm, e só consigo pensar em comer — seu tom de voz denota uma clara irritação. Não entendo o porquê de ele estar tão nervoso com um quilo ou outro. É lindo de qualquer maneira. —, mas minha barriga continua estranha — prossegue. — Eu acho que está pequena demais. Você acha que está do tamanho certo mesmo, hm? — põe as mãos sobre o seu abdômen.

Ele... está preocupado com o nosso bebê.

Sorrio quase inconscientemente.

— Dei-senpai, a gente está fazendo um bocado de exames. É impossível não estar tudo bem depois do tanto de checagem que nós fizemos. Eu estou cuidando de você. Não vai acontecer nada de mal. Eu prometo — durante toda minha fala, seus olhos azuis brilhantes grudam em mim, como se eu estivesse dizendo a coisa mais importante da sua vida.

Dringr- narusasu Onde histórias criam vida. Descubra agora