Dringr- narusasu

Toques

Não bastam nem dois passos dentro de sua casa para que Naruto ataque meus lábios com ferocidade. Esfrega sua língua contra a minha, à medida que caminha, me empurrando para trás. Mesmo sem saber exatamente para onde estou indo, me agarro ao seu pescoço na esperança que ele me guie.

Inesperadamente, o loiro me pega em seu braços, me tirando do chão. Enrosco minhas pernas ao seu redor, enquanto continuo a deixar que beije e morda minha boca. A forma que me segura é tão segura que não consigo evitar de ficar ainda mais excitado.

Além do seu cheiro ser intenso pelo desejo, a sua fragrância duplica sua potência ao se misturar com o comum odor do apartamento. Ele trilha um caminho de saliva pelo meu pescoço, após me apoiar contra a porta da geladeira. Jogo minha cabeça para trás e gemo com o contato, sem nem mesmo o frio do metal conseguir diminuir minha quantidade de suor.

Finco minhas unhas nos seus ombros ainda cobertos, assim que suas presas alcançam minha clavícula e deixam uma marca profunda lá. Meu rosto avermelha-se de excitação, não só pelas mordidas que vai deixando pelo meu peito— quando, em vez de tirar minha blusa, puxa o tecido sem um mínimo de preocupação para maior acesso à pele —, mas também pela sensação do seu membro roçando contra a minha bunda.

Ele me arrasta pelo frigorífico, até que eu esteja sentado sobre o balcão da cozinha.

Depois de parados, nos afastamos por alguns centímetros, embora Naruto permaneça no meio de minhas pernas. É muito estranho. Suas mãos circundam meus joelhos para, depois, irem até minhas coxas, as quais ele aperta sem dó alguma. Ponho meus braços para trás, apoiando minhas palmas na superfície gélida e arqueando minhas coluna.

— Te acho lindo para caralho, sabia? — murmura ao subir um pouco minha blusa. — É tão bom saber que você... — geme quando termina de se desfazer da minha peça de roupa. — é meu.

Deixo que meus olhos vão de encontro aos seus. Ele se concentra no meu corpo, não como um objeto, mas com um certo tipo de carinho. Me sinto constrangido.

Desliza seus dedos pela minha costela, até apertar um de meus mamilos com o polegar. Mexo um pouco as pernas e tento trazê-lo mais para perto de mim com elas, mas Naruto me impede com a sua outra mão, me mantendo bem aberto para ele.

Quando mergulha seu nariz no meu pescoço, faço questão de deixar que o perfume amadeirado se espalhe pelo ambiente. Quero tanto quanto ele que meu cheiro esteja presente em cada pedaço de sua pele, que penetre por seus poros para que Naruto sinta. Ele é meu por dentro e por fora.

Ele chupa meu pescoço e eu encolho meu abdômen como consequência. Apesar da insistência de meu corpo em pregar minhas coxas, o alfa permanece me segurando, completamente aberto e vulnerável.

Chamo seu nome em um pranto.

Tento retirar sua camiseta, fazendo com que ele se distancie para o processo se tornar possível. Quando o alfa se reaproxima, não deixo que volte a me deixar roxos. 

Puxo seu queixo e deixo beijos longos nas marcas cravadas em suas bochechas, acariciando o local, antes de, ainda segurando seu rosto, esfregar nossos narizes. É uma das mais plenas demonstrações de afeto. O sorriso é inevitável.

Me sinto amado, mesmo que as mãos que me tocam não sejam das mais delicadas. São fortes, macias e, de algum jeito, ainda ásperas. São grandes, porque são as mãos de um alfa. Mãos que sempre quis sentir tão desesperadamente contra a minha pele.

Embora o frio na barriga e a lembrança de que algo não está certo ainda estejam comigo, uma vontade indescritível de me submeter a Naruto vaga por mim. Um anseio de me entregar por completo.